domingo, 31 de julho de 2011

O povo é manso!...

tende-se um fórum constructivo e de reflexăo, năo um cenário de ataques aos pensamentos contrários.
1
updown

Com as minhas desculpas para o autor do artigo. Mas não resisto.

Oh! Povo de alegre mansidão e estupidez retinta. Por que continuas a acreditar … Para continuar sempre enganado, com constantes fintas? Não resisti. Não resisto, por sempre actual. Na verdade, Portugal desde que se tornou Nação, espelha imagens vivas do povo que de si, só reflectem a alegre mansidão, a estupidez retinta e o contínuo crédito nos corruptos que de si se utilizam, vilipendiam e mal tratam. Primeiro utilizados nos pântanos das gândaras e dos vales dos rios em terrenos prometidos, mas que, depois de aráveis e rentáveis, às mãos dos aristocratas e de algum clero foi parar. Seguiu-se-lhe as lutas intestinas da nobreza onde, em 1385, interveio, com afinco e com sangue, para a independência do País defender. E assim voltou a acontecer em 1640, já fartos de perfilhar um poder que nunca tiveram e uma boa vida que nunca usufruíram. Entretanto, durante quase dois séculos, servindo de lacaios, com promessas de riqueza e de prazer, não passou de carne para canhão, para tubarão e agrilhoada nos fortes, em prisão. O tempo decorreu com tantas outras vãs promessas. O marfim de África, o tráfico negreiro, o seu ouro e o do Brasil, só serviram de ostentação e à Bolsa de Londres sempre vil. Primeiro de canga às costas, secundado pela cruz e lança, depois de leme e cordas de vela, seguiu-se a picareta e a pá nas mãos, culminou na arma como apetrecho para a sua morte em desilusão. Nem mesmo as utópicas revoluções, sociologicamente repletas de perfumes inertes, lhe trouxeram a honra e a glória. Pelo contrário, o seu eterno purgatório. O caminho do constante inferno conquistado pelas lágrimas de sangue, carpidas, lá longe e perto, pelo amor saudoso de quem sempre esperou o incerto. E assim se cumprem os dias, os meses, os ciclos, as vidas e os anos, que sem resposta para os subsequentes, lhes mantêm os enganos. Outrora, como agora. Mas será que este “povo nunca se revolta?”. Como eu, questionam os novos anos “espantados”. Os anos velhos vão respondendo: “Ás vezes por conta alheia”. Aplaudem e sustentam a revolta de quem se enche repentino e se afasta como o vento. Nunca “por conta própria”. E como Eça de Queirós, de Portugal, venho aqui apregoar ao mundo. O ano passado de bom nada deixa. Só a corrupção, a morte lenta, após ter passado por moribundo. Nem os pregões dos políticos da moda, por parcos e sovinas, lhe dão algum sustento. Quanto mais as suas rezas, pagas a preço de oiro, também aos ministros que, das suas vãs promessas, não governam, governam-se, e só lhes retiram o já corroído coiro, perante inúmeros deputados sem glória e sem formação, a que legislar para o Povo e em nome do Povo, dizem não. Primeiro está o seu interesse. A sua pequena razão de encher o alqueire, a arca do seu tesouro, ali sempre à mão. Paga tudo, para mentiras e para verdades. Até para padres, contra si sempre a rezar, não vá a recompensa e a mistela política acabar. Até pagas portagens nas estradas que ajudaste a construir, para teres longas filas de espera e aparelho controlador, por corja de vilões inventado, que de chapéu na mão vais pagar, se pela justiça deles não queres ser entalado. E eu, bem-mandado Povo, por cansado de apregoar, por pouco ter meu, mas alguma coisa para dar, te entrego este último pregão para aliviar o teu cansar: Sacode a canga. Salta, ri, pateia. Fica alegre sem a estúpida e retinta mansidão. Acredita em ti, na tua luta, e não no engano. Guarda, fecha, tranca o teu voto. É essa a tua arma; o teu sucesso; a única flor do desengano. Se assim não fizeres continuas diariamente, pelo Estado (que também és tu) esbulhado, e também pelos “reis da piolheira”. Sem esquecer os patrocinadores da medalha olímpica, para quem mais rápido corrompe, esbulha e rouba, não vá a talha esvaziar com tanta concorrência e sem ninguém, nem a Douta Justiça, a controlar. Muito menos a comunicação social, apregoadora da vitória e do sucesso, suportada a preço de ouro, vencimentos sem míngua, duvidosos impostos e sem retrocesso