quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Carta de Dios al presidente de Venezuela

Laureano Márquez: La carta de Dios a Maduro

Publicado el Viernes, 23/Enero/2015
"Me calé completico tu discurso de memoria y cuenta", le dice Dios a Maduro, en una carta escrita por Laureano Márquez que compartió a través de su página web.
Foto: laureanomarquez.com
A continuación la Carta de Dios a Maduro
Mi muy querido y predilecto hijo prodigotodo:
Sabes que por ser Dios me encuentro en todas partes. Me calé completico tu discurso de memoria y cuenta, cumpliendo con mi deber ineludible de ser omnisciente. En un determinado punto – frente a las adversidades que se le avecinan al país por la crisis de los precios del petróleo- te oí decir, haciendo uso de tu libre albedrío: “Dios proveerá”.
Mi pequeña y hermosa creatura:
Yo ya proveí. ¿Es que acaso no te has dado cuenta?
Te explico, mi estimado moldeado del barro primigenio:
El día que creé a Venezuela la coloqué en la zona tropical, para que los rigores del invierno y las nieves no les acosaran y el sol brillara todo el año. Sin embargo, les puse los Andes con nieves perpetuas para que los maracuchos tuviesen donde pasar frio y usar guantes y gorritos tejidos con orejeras. Las tierras de que les doté son fértiles casi todas. Los llanos son propios para una buena ganadería. En las selvas costeras tienen el mejor Cacao del planeta y donde cultivar un excelente café. Les di tierras productivas en el sur del Lago, en los Andes, en toda la zona central. Muchos ríos les hice, para que nunca les faltara el agua. Es más, puse dos bien caudalosos uno al lado del otro, para que usaran uno para producir electricidad y el otro -navegable- para que saquen los productos de exportación mineral, que además los coloque al ladito del rio para que no hagan mucho esfuerzo en sacarlos. Les di playas maravillosas para que lleven turistas: Margarita, Los Roques, Morrocoy y la Gran Sabana con su salto Ángel para que se sintieran maravillados y orgullosos de lo que son. En el subsuelo les puse las reservas petroleras más grandes del planeta. Tienen también, oro, aluminio, bauxita, diamantes y tantas cosas más. Hijito bello: les mandé mensajes, les mande personas, les envié inspiración: Bello, Bolívar, Vargas, Miranda, Gallegos, Reverón, Picón Salas, el Maestro Abreu, Zapata, Andrés Eloy, Soublette, Convit, Cabré, Davalillo, Lauro, Simón Díaz, Dudamel… (La lista es larga y mis caracteres no son eternos) y hasta Uslar con un mensaje: transformen el petróleo en otras formas de riqueza, siémbrenlo.
Tesoro hermoso de mi corazón:
Como si lo anterior fuese poco. Les acabo de enviar 15 años de la bonanza petrolera más grande que ha conocido la historia de la humanidad. Multiplica, bebé: dos millones y medio de barriles diarios X 100 X 30 X 12 X 15. El resultado es el dinero que les envié, para que convirtieran a Venezuela en un Paraíso Terrenal de abundancia y progreso.
Les di todo, Nicolás del alma mía, hijito tierno de mi corazón: ¿Cómo te atreves a decirme que “Dios proveerá”? Mira, si en algún proyecto tenía yo esperanzas era en Venezuela. Les va a costar mucho que yo entienda cómo convirtieron una de una de mis mejores obras en esta ruina.
Lo siento, hijo, tengo que decirte que tu petición a las finanzas celestiales también ha fracasado.
Mira, te doy un consejo, así de panita: sienta en una mesa a Pedro Palma, Asdrúbal Oliveros, José Guerra, Orlando Ochoa y a Luis Vicente León al que tanto mientas y diles que te den una lista de 10 acciones urgentes para salvar al país de la debacle que le sobreviene y párales bola, que te lo digo Yo, que ya veo lo que viene y no por ser Dios, sino por puro sentido común.
A pesar de todo, te amo.
DIOS

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Discurso de posse na cooperativa de reciclagem de Cambará

"Lá vem a Nau Catrineta,
que tem muito que contar!
Ouvide, agora, senhores,
Uma história de pasmar." 

Passava mais de ano e dia,
que iam na volta do mar.
Já não tinham que comer,
nem tão pouco que manjar. "
Meus senhoras, senhores e excelentíssimo público aqui presente...As atribulações dos marinheiros da nau Catrineta dizem bem do que é passar anos e anos querendo ajudar a cidade em um ítem tão importante como é o da reciclagem...Não é porque nós fazemos um trabalho considerado simples, deixado para os menos afortunados, que ele deixa de ser imprescindível para a cidade de Cambará. Temos a certeza de que uma cidade limpa, ordenada, acolhedora, é um cartão de visitas para forasteiros e locais, que retirar e processar o lixo deixado ao deus-dará pela maioria da população é um serviço público que gera benesses incomensuráveis para toda a cidade. Queremos viver em uma cidade educada, que a sua gente seja simpática, que respeite as leis, que exerça seus direitos de cidadania, que respeite os seus trabalhadores ainda que sejam os mais simples....porque somos uma colmeia onde todos têm os seus afazeres pre-determinados, uma colméia do bem....em que a abelha-rainha não seja somente a depositadora de ovos para uma minoria selecionada....mas, sim, a vigilante estremada de toda a comunidade...
Cambará entra agora no rol das cidades que implantaram o sistema seletivo e de reciclagem. parabéns, minha cidade!...Apesar dos contratempos, de idas e vindas, do descaso de autoridades, etc, podemos dizer que atingimos a maioridade de povo civilizado!...Queremos colaborar com nosso burgo, fazer as pessoas sentirem-se bem, colaborar com a natureza, fazemos votos para que consigamos implantar, mais e mais, a consciência cidadã, e assim, continuarmos a ter uma bela cidade que seja orgulho dos seus moradores...O poema acima fez parte da minha juventude. A literatura popular, sobretudo na minha região de origem, é pródiga em cancioneiros e sabedoria  especial....
Para implantar esta obra que hoje se oficializa tivemos muitos precalços e problemas, muitas vezes gratuitos, da parte de quem nos deveria ajudar...Mas, passado é passado, estamos em que um consenso é preciso, vamos aplanar desavenças se porventura as houve, para o bem de todos...Não é porque fazemos um trabalho simples que tenha que ser menos digno...A dignidade maior do ser humano, sobretudo a de um pai ou mãe de família, é sustentar com dignidade a sua família...Senhoras, senhores e distinto público...aqui temos uma ferramenta que, para muitos de nós, vem resgatar o ser humano, como cidadão útil e prestativo para a sociedade em que se insere...Esta cooperativa não pretende ser, única e exclusivamente, "associação de catadores de lixo"  na concepção menos feliz de muita gente!...Queremos dar suporte humano, social, escolar e inserção política a pessoas que são vistas com sobranceria  por parcela importante da sociedade e integrá-las definitivamente no contexto citadino em que estamos inseridos e, talvez, encorajar outras parcelas da população a procurar exercer os seus direitos...Isso, é humano, não tem nada de revolução, minha gente! Queremos trabalhar e ser ouvidos, queremos colaborar para uma cidade melhor onde todos se sintam bem, que todos aqueles que saíram daqui se sintam com vontade de voltar e aqui produzir....Pois o maior capital não é o dinheiro nem pessoas acaudaladas que muitas vezes obtiveram suas fortunas por meios escusos...O maior capital de uma cidade é o capital humano, consciente, digno, instruído, com vontade de construir o futuro para si, e seus filhos...Gente, no que respeita à nossa cooperativa vamos fazer o possível de tornar realidade nossa vontade..e não com promessas vãs que se esvaem no decurso das dificuldades diárias...enquanto somente uma minoria consegue realmente os seus objetivos...E, pergunto eu:...E o povo? Serve somente para ver sorrisos "colgate" em época de eleição?..Com a palavra, a quem de direito!...
Já mataram o seu galo,
que tinham para cantar.
Já mataram o seu cão,
que tinham para ladrar." 
Lá vai a Nau Catrineta,
leva muito que contar.
Estava a noite a cair,
e ela em terra a varar

Pois é!...A saga que lia e ouvia em criança, nas feiras erodas de cordel teve um final feliz!..Oxalá tenhamos um cooperativa consolidada, respeitada, e que seja de verdade uma mais-valia para a comunidade cambaraense...

tenho dito!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

redações do Enem

. - Reprodução
RIO - Entre 5,9 milhões de redações corrigidas no Enem 2014, apenas 250 tiraram nota 1000. Nesse seleto grupo, pelo menos dois estudantes são cariocas: Carlos Eduardo Lopes Marciano, de 19 anos, e Maria Eduarda de Aquino Correa Ilha, de 18. Ambos fizeram o exame pela segunda vez, apesar de já terem sidos aprovados para a UFRJ com as notas do Enem 2013. Os dois enviaram ao GLOBO os comprovantes de suas notas e os rascunhos de seus textos, transcritos ao fim desta reportagem.
Aluno do 2º período de Engenharia Elétrica na UFRJ, Carlos Eduardo fez o Enem no ano passado para o caso de querer trocar sua habilitação para Engenharia Química ou da Computação. Em 2013, ele havia tirado 960 na redação. Na edição de 2014, tirou a nota máxima, sem estudar.
- Sempre tive o dom de escrever. Escrevia poemas e outros textos e gostava de redação argumentativa. Só estudei no Notre-Dame de Ipanema e tive uma professora muito boa de redação, chamada Marilene Tinoco, que me ajudou muito - conta o estudante, que chegou a cursar o primeiro semestre de Direito na Uerj no ano passado, mas não gostou do curso.
Maria Eduarda, que já havia passado pelo Enem 2013 para o curso de Direito na UFRJ, no turno da noite, fez o exame de novo para garantir uma vaga no período integral (matutino e vespertino).
- Em 2013, tirei 840 na redação. Passei para o noturno da UFRJ e na UFF, mas resolvi tentar de novo. Tenho várias amigas que passaram para esse turno e é muito complicado mudar. Conversei com meus pais, resolvi tentar de novo e deu certo. Estudei no Liceu Franco-Brasileiro, mas fiz cursinho _A_Z, a cujos professores e monitores devo 80% da minha nota. Brinco que aprendia a escrever lá.



Redação de Carlos Eduardo Lopes Marciano, 19 anos, do Rio
O verdadeiro preço de um brinquedo
É comum vermos comerciais direcionados ao público infantil. Com a existência de personagens famosos, músicas para crianças e parques temáticos, a indústria de produtos destinados a essa faixa etária cresce de forma nunca vista antes. No entanto, tendo em vista a idade desse público, surge a pergunta: as crianças estariam preparadas para o bombardeio de consumo que as propagandas veiculam?
Há quem duvide da capacidade de convencimento dos meios de comunicação. No entanto, tais artifícios já foram responsáveis por mudar o curso da História. A imprensa, no século XVIII, disseminou as ideias iluministas e foi uma das causas da queda do absolutismo. Mas não é preciso ir tão longe: no Brasil redemocratizado, as propagandas políticas e os debates eleitorais são capazes de definir o resultado de eleições. É impossível negar o impacto provocado por um anúncio ou uma retórica bem estruturada.
O problema surge quando tal discurso é direcionado ao público infantil. Comerciais para essa faixa etária seguem um certo padrão: enfeitados por músicas temáticas, as cenas mostram crianças, em grupo, utilizando o produto em questão.Tal manobra de “marketing” acaba transmitindo a mensagem de que a aceitação em seu grupo de amigos está condicionada ao fato dela possuir ou não os mesmos brinquedos que seus colegas. Uma estratégia como essa gera um ciclo interminável de consumo que abusa da pouca capacidade de discernimento infantil.
Fica clara, portanto, a necessidade de uma ampliação da legislação atual a fim de limitar, como já acontece em países como Canadá e Noruega, a propaganda para esse público, visando à proibição de técnicas abusivas e inadequadas. Além disso, é preciso focar na conscientização dessa faixa etária em escolas, com professores que abordem esse assunto de forma compreensível e responsável. Só assim construiremos um sistema que, ao mesmo tempo, consiga vender seus produtos sem obter vantagem abusiva da ingenuidade infantil.
Redação de João Pedro Maciel Schlaepfer, 19 anos, do Rio
Quem Sabe o que é Melhor Para Ela?
Desde o final de 1991, com a extinção da antiga União Soviética, o capitalismo predomina como sistema econômico. Diante disso, os variados ramos industriais pesquisam e desenvolvem novas formas e produtos que atinjam os mais variados nichos de mercado. Esse alcance, contudo, preocupa as famílias e o Estado quando se analisa a publicidade voltada às crianças em contraponto à capacidade de absorção crítica das propagandas por parte desse público-alvo.
Por ser na infância que se apreende maior quantidade de informações, a eficiência da divulgação de um bem é maior. O interesse infantil a determinados produtos é aumentado pela afirmação do desejo em meios de comunicação, sobretudo ao se articular ao anúncio algum personagem conhecido. Assim, a ânsia consumista dos mais jovens é expandida.
Além disso, o nível de criticidade em relação à propaganda é extremamente baixo. Isso se deve ao fato de estarem em fase de composição da personalidade, que é pautada nas experiências vividas e, geralmente, espelhada em um grupo de adultos-exemplo. Dessa forma, o jovem fica suscetível a aceitar como positivo quase tudo o que lhe é oferecido, sem necessariamente avaliar se é algo realmente imprescindível.
Com base nisso, o governo federal pode determinar um limite, desassociando personagens e figuras conhecidas aos comerciais, sejam televisivos, radiofônicos, por meios impressos ou quaisquer outras possibilidades. A família, por outro lado, tem o dever de acompanhar e instruir os mais novos em como administrar seus desejos, viabilizando alguns e proibindo outros.
Nesse sentido, torna-se evidente, portanto, a importância do acessoria parental e organização do Estado frente a essa questão. Não se pode atuar com descaso, tampouco ser extremista. A criança sabe o que é melhor para ela? Talvez saiba, talvez não. Até que se descubra (com sua criticidade amadurecida), cabe às entidades superiores auxiliá-la nesse trajeto.
Redação de José Querino de Macêdo Neto, 17 anos, de Maceió, Alagoas
Se o conceito censitário de publicidade entende o uso de recursos estilísticos da linguagem, a exemplo da metáfora e das frases de efeito, como atrativo na vendagem de produtos, a manipulação de instrumentos a serviço da propaganda infantil produz efeitos que dão margem mais visível ao consumo desnecessário. Com base nisso, estabelecem-se propostas de debate social acerca do limite de conteúdos designados a comerciais televisivos que se dirigem a tal público.

Faz-se preciso, no entanto, que se ressaltem as intenções das grandes empresas de comércio: o lucro é, sobretudo, ditador das regras morais e decisivo na escolha das técnicas publicitárias. Para Marx, por exemplo, o capital influencia, através do acúmulo de riquezas, os padrões que decidem a integração de um indivíduo no meio em que ele se insere — nesse caso, possuir determinados produtos é chave de aceitação social, principalmente entre crianças de cuja inocência se aproveita ao inferir importâncias na aquisição.

Em contraposição a esses avanços econômicos e aos interesses dos grandes setores nacionais de mercado infanto-juvenil, os órgãos de ativismo em proteção à criança utilizam-se do Estatuto da Criança e do Adolescente para defender os direitos legítimos da não-ludibriação, detidos por indivíduos em processo de formação ética. Não obstante, a regulamentação da propaganda tende a equilibrar os ganhos das empresas com o crescente índice de consumo desenfreado.

Cabe, portanto, ao governo, à família e aos demais segmentos sociais estimular o senso crítico a partir do debate em escolas e creches, de forma a instruir que as necessidades individuais devem se sobrepor às vontades que se possuem, a fim de coibir o abuso comercial e o superconsumo
Redação de Juan Costa da Costa, tenho 16 anos, de Belém do Pará
Muito se discute acerca dos limites que devem ser impostos à publicidade e propaganda no Brasil - sobretudo em relação ao público infantil. Com o advento do meio técnico-científico informacional, as crianças são inseridas de maneira cada vez mais precoce ao consumismo imposto por uma economia capitalista globalizada - a qual preconiza flexibilidade de produção, adequando-se às mais diversas demandas. Faz-se necessário, portanto, uma preparação específica voltada para esse jovem público, a fim de tornar tal transição saudável e gerar futuros consumidores conscientes.

Um aspecto a ser considerado remete à evolução tecnológica vivenciada nas últimas décadas. Os carrinhos e bonecas deram lugar aos "smartphones", videogames e outros aparatos que revolucionaram a infância das atuais gerações. Logo, tornou-se essencial a produção de um marketing voltado especialmente para esse consumidor mirim - objetivando cativá-lo por meio de músicas, personagens e outras estratégias persuasivas. Tal fator é corroborado com a criação de programas e até mesmo canais voltados para crianças (como Disney, Cartoon Network e Discovery Kids), expandindo o conceito de Indústria Cultural (defendido por filósofos como Theodor Adorno) - o qual aborda o uso dos meios de comunicação de massa com fins propagandísticos.

Somado a isso, o impasse entre organizações protetoras dos direitos das crianças e os grandes núcleos empresariais fomenta ainda mais essa pertinente discussão. No Brasil, vigoram os acordos isolados com o Poder Público - sem a existência de leis específicas. Recentemente, a Conanda (Comissão Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente) emitiu resolução condenando a publicidade direcionada ao público infantil, provocando o repúdio de empresários e propagandistas - que não reconhecem autoridade dessa instituição para atuar sobre o mercado. Diante desses posicionamentos antagônicos, o debate persiste.

Com o intuito de melhor adequar os "consumidores do futuro" a essa realidade, e não apenas almejar o lucro, é preciso prepará-los para absorver as muitas informações. Isso pode ser obtido por meio de campanhas promovidas pelo Poder Público nas escolas (com atividades lúdicas e conscientizadoras) e na mídia (TV, rádio, jornais impressos, internet), bem como a criação de uma legislação específica sobre marketing infantil no Brasil - fiscalizando empresas (prevenindo possíveis abusos) - além de orientação aos pais para que melhor lidem com o impulso de consumo dos filhos (tornando as crianças conscientes de suas reais necessidades). Dessa forma, os consumidores da próxima geração estarão prontos para cumprirem suas responsabilidades quanto cidadãos brasileiros (preocupados também com o próximo) e será promovido o desenvolvimento da nação.
Redação de Maria Eduarda de Aquino Correa Ilha, 18 anos, do Rio
Consumidores do futuro
De acordo com o movimento romântico literário do século XIX, a criança era um ser puro. As tendências do Romantismo influenciavam a temática poética brasileira através da idealização da infância. Indo de encontro a essa visão, a sociedade contemporânea, cada vez mais, erradica a pureza dos infantes através da influência cultural consumista presente no cotidiano. Nesse contexto, é preciso admitir que a alegação de uma sociedade conscientizada se tornou uma maneira hipócrita de esconder os descaso em relação aos efeitos da publicidade infantil no país.
Em primeiro plano, deve-se notar que o contexto brasileiro contemporâneo é baseado na lógica capitalista de busca por lucros e de incentivo ao consumo. Esse comportamento ganancioso da iniciativa privada é incentivado pelos meios de comunicação, que buscam influenciar as crianças de maneira apelativa no seu dia-a-dia. Além disso, a ausência de leis nacionais acerca dos anúncios infantis acaba por proporcionar um âmbito descontrolado e propício para o consumo. Desse modo, a má atuação do governo em relação à publicidade infantil resulta em um domínio das influências consumistas sobre a geração de infantes no Brasil.
Por trás dessa lógica existe algo mais grave: a postura passiva dos principais formadores de consciência da população. O contexto brasileiro se caracteriza pela falta de preocupação moral nas instituições de ensino, que focam sua atuação no conteúdo escolar em vez de preparar a geração infantil com um método conscientizador e engajado. Ademais, a família brasileira pouco se preocupa em controlar o fluxo de informações consumistas disponíveis na televisão e internet. Nesse sentido, o despreparo das crianças em relação ao consumo consciente e às suas responsabilidades as tornam alvos fáceis para as aquisições necessárias impostas pelos anúncios publicitários.
Torna-se evidente, portanto, que a questão da publicidade infantil exige medidas concretas, e não um belo discurso. É imperioso, nesse sentido, uma postura ativa do governo em relação à regulamentação da propaganda infantil, através da criação de leis de combate aos comerciais apelativos para as crianças. Além disso, o Estado deve estimular campanhas de alerta para o consumo moderado. Porém, uma transformação completa deve passar pelo sistema educacional, que em conjunto com o âmbito familiar pode realizar campanhas de conscientização por meio de aulas sobre ética e moral. Quem sabe, dessa forma, a sociedade possa tornar a geração infantil uma consumidora consciente do futuro, sem perder a pureza proposta pelo Movimento Romântico.
Redação de Mariana Pereira Pimenta, 17 anos, de Maricá
A publicidade vem sendo valorizada com a constante globalização, onde o marketing se apropria em atingir diferentes parcelas populacionais. A questão da publicidade infantil vem ganhando destaque no cenário mundial, sendo criticadas suas grandes demandas dirigidas à criança, persuadindo-as em favor do consumismo.
Com a crescente classe média do país, onde milhares de brasileiros são favorecidos pelos créditos governamentais, o consumismo vem afetando toda essa parcela populacional, deixando no passado a falta de eletrodomésticos e a participação social favorecida as elites. Com participação das principais mídias, agrava o abuso do imaginário infantil ao mesmo tempo em que favorece na distinção do benéfico e maléfico ao padrão de vida individual.
É cabível que a anulação da publicidade infantil põe em xeque os ideais democráticos, confrontando tanto as famílias como o mercado publicitário, discriminando tal faixa etária ao mesmo tempo prejudicando o mercado consumidor, fator que pode levar a uma crise interna e abdicar do desenvolvimento comercial de um país subdesenvolvido.
Portanto, a busca da comercialização muitas vezes abrange seu favorecimento através do imaginário infantil com os ideais seguidos por seus ídolos. Entretanto, é de responsabilidade dos pais na conscientização do bom e/ou ruim, em conjunto com a escolaridade infantil na abdicação do consumismo ao mesmo tempo em que o governo estude medidas preventivas que busquem o controle da exploração publicitária sem que atrapalhe o andar econômico do país.
Redação de Nathalia Cardozo, 19 anos, de São João de Meriti
Produtos e serviços são necessários a qualquer sociedade. Dentre eles, estão serviços de planos de saúde, financiamento de moradias, compra de roupas e alimentos, entre outros elementos presentes no âmbito social. A publicidade e a propaganda exercem papel essencial na divulgação desses bens. No entanto, é preciso atenção por parte dos consumidores para analisar e selecionar que tipos de propagandas são fidedignas, e no caso de publicidade direcionada a crianças e adolescentes, essa medida nem sempre é possível.
Em um primeiro plano, é importante constatar que as crianças não possuem capacidade de analisar os prós e contras da compra de um produto. Nesse sentido, os elementos persuasivos da propaganda têm grande influência no pensamento dos indivíduos da Primeira Idade, já que personagens infantis, brinquedos e músicas conhecidas por eles estimulam uma ideia positiva sobre o produto ou serviço anunciado, mas não uma análise do mesmo. Infere-se, assim, que a utilização desses recursos é abusiva, uma vez que vale-se do fato de a criança ser facilmente induzida e do apego às imagens de caráter infantil, considerando apenas o êxito do objetivo da propaganda: persuadir o possível consumidor.

Além disso, observa-se que as ações do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) são importantes, porém insuficientes nesse quesito. O Conar busca, entre outros aspectos, impedir a veiculação de propagandas enganosas, porém respeita o uso da persuasão. Assim, ao longo dos anos, pode-se perceber que o Conar não considera o apelo infantil abusivo e permitiu a transmissão de propagandas destinadas ao público infantil, já que essas permanecem na mídia. Diante desse raciocínio, é possível considerar a resolução do Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) válida e necessária para a contenção dos abusos propagandísticos evidenciados.

Tendo em vista a realidade abusiva da propaganda infantil, é necessário que o Conar e o Conanda trabalhem juntos para providenciar uma análise ainda mais criteriosa dos anúncios publicitários dirigidos à primeira infância, a fim de verificar as técnicas de indução utilizadas. Ademais, a família e o sistema educacional brasileiro devem proporcionar às crianças uma educação relacionada a questões analíticas e argumentativas para que, já na adolescência, possam distinguir de maneira cautelosa as intenções dos órgãos publicitários e a validez das propagandas. Dessa forma, será possível conter os abusos e estabelecer justiça nesse contexto.
Redação de Raphael Luan Carvalho de Souza, 18 anos, de Niterói
Folha em Branco
Durante o século XX, o estímulo à produção industrial, por Getúlio Vargas, e o incentivo à integração nacional, de Juscelino Kubitschek, foram fatores que possibilitaram a popularização dos meios de comunicação no Brasil. Com isso, cresceu também a publicidade infantil, que busca introduzir nas crianças, desde cedo, o princípio capitalista de consumo. No entanto, essa visão negativa pode ser significativamente minimizada, desde que acompanhada de uma forte base educacional que auxilia as crianças a discernir por meio do desenvolvimento de senso crítico próprio.
É indiscutível a presença de fatores prejudiciais nas propagandas dirigidas a essa faixa etária. Segundo o conceito de felicidade, discutido na filosofia da antiguidade por Aristóteles, a eudaimonia é alcançada com a união equilibrada entre razão e satisfação de prazeres. Contudo, evidencia-se que, na infância, o indivíduo não possui ainda discernimento racional suficiente, o que faz com que a criança, ao ter acesso a publicidades, pense que o produto divulgado é extremamente necessário. Isso acarreta, de forma negativa, a formação de jovens e adultos excessivamente consumistas.
Entretanto, essa tendência pode ser revertida se somada à instrução adequada do público-alvo do mercado publicitário infantil. Segundo a tábula rasa de John Locke, nascemos como uma folha em branco, sem conhecimento, e o adquirimos por meio da experiência. A partir desse pensamento, é possível entender que é função dos pais educar as crianças, haja vista que estas são influenciadas pelo meio em que vivem. Com o apoio da base familiar, somada à escolar, cria-se o senso crítico, que possibilita a gradativa menor influência da linguagem publicitária. Desse modo, evidencia-se que o poder de persuasão do mercado apelativo não é absoluto.
Por fim, entende-se que, embora a publicidade infantil seja preocupante, tal efeito é reduzido com o desenvolvimento do senso crítico, seja na base familiar, seja na escolar. A fim de atenuar o problema, o Estado deve implementar, no ensino de base, projetos educacionais de análise de linguagens com o auxílio do Ministério da Educação e Cultura e governos municipais, visando a evidenciar, para a faixa etária infantil, a suma relevância da consciência sobre reais necessidades de consumo. Dessa forma, a folha em branco ao nascer poderá ser preenchida, formando cidadãos, de fato, conscientes.
Redação de Rosely Costa Sousa, 28 anos, de São Luís do Maranhão
A grande preocupação hoje, nas políticas públicas, é propiciar um melhor atendimento integral à criança, principalmente no que se refere ao desenvolvimento moral, social, político e cultural enquanto sujeito ativo e participante dos plenos direitos e deveres na sociedade, conforme as normas declaradas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Sabe-se que a educação, tanto nas escolas quanto no lar, é a melhor opção para se chegar a um objetivo promissor, além de promover o desenvolvimento integral da criança, porém tal fato tem sofrido mudanças ultimamente decorrentes do avanço tecnológico e de inovações ideológicas quanto à forma de aprimorar e preparar a criança, desde o nascimento, para receber as informações que há no mundo exterior. Diante disso, as escolas e os pais devem preocupar-se em desenvolver na criança, o seu lado consumidor, através de situações do dia a dia, auxiliando-a e orientando-a a se tornar um bom consumidor, sendo necessário e importante para se obter uma aprendizagem significativa da sua realidade.
Em relação à publicidade infantil, percebe-se que a tendência das empresas e fabricantes de produtos infantis é aumentar seus negócios e divulgar seus produtos infantis tendo como alvo, o universo infantil, o que isso, sobretudo, recai nas responsabilidades dos adultos que acabam cedendo-a a adquirir, de forma compulsiva, o produto anunciado.
No Brasil, a publicidade infantil é comum, principalmente em datas comemorativas tais como Dia das Crianças e Natal, porém defende e apoia a legislação que controla e evita abusos do setor que realiza tal publicidade.
No entanto, espera-se que a publicidade infantil assuma um caráter educativo, apesar de ser persuasivo, não afetando os direitos e os deveres da criança, dentro das normas contidas na legislação do país. As escolas e, sobretudo os pais, devem orientar as crianças a tornarem-se bons consumidores, realizando a escolha certa do produto, conscientes de suas atitudes na sociedade em adquirir tal produto a fim de não tornarem-se consumidoras compulsivas.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/enem-e-vestibular/enem-2014-leia-exemplos-redacao-nota-1000-15050154#ixzz3PTE0lyHN 
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segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

...O andarilho que era pastor...

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Pastor se disfarça de mendigo antes de pregação e veja o que aconteceu
O pastor Joao Luiz Gimenes Reis Caminhou ao redor da igreja por 30 minutos enquanto ela se enchia de pessoas para o culto. Somente 3 de cada 7 das 10.000 pessoas diziam "oi" para ele.
O pastor Joao Luiz Gimenes Reis se disfarçou de mendigo e foi a igreja de 10 mil membros onde ia ser apresentado como pastor principal pela manhã. Caminhou ao redor da igreja por 30 minutos enquanto ela se enchia de pessoas para o culto. Somente 3 de cada 7 das 10.000 pessoas diziam "oi" para ele. Para algumas pessoas, ele pediu moedas para comprar comida. Ninguém na Igreja lhe deu algo. Entrou no templo e tentou sentar-se na parte da frente, mas os diáconos o pediram que ele se sentasse na parte de trás da igreja. Ele cumprimentava as pessoas que o devolviam olhares sujos e de julgamento ao olhá-lo de cima à baixo.
Enquanto estava sentado na parte de trás da igreja, escutou os anuncios do culto e logo em seguida a liderança subiu ao altar e anunciaram que se sentiam emocionados em apresentar o novo pastor da congreação: "Gostariamos de apresentar à vocês o Pastor Joao Luiz Gimenes Reis". As pessoas olharam ao redor aplaudindo com alegria e ansiedade. Foi quando o homem sem lar, o mendigo que se sentava nos últimos bancos, se colocou em pé e começou a caminhar pelo corredor. Os aplausos pararam. E todos o olhavam. Ele se aproximou do altar e pegou o microfone. Conteve-se por um momento e falou:
“Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Venham, benditos de meu Pai! Recebam como herança o Reino que foi preparado para vocês desde a criação do mundo. Pois eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram; necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso, e vocês me visitaram’. “Então os justos lhe responderão: ‘Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? Quando te vimos como estrangeiro e te acolhemos, ou necessitado de roupas e te vestimos? Quando te vimos enfermo ou preso e fomos te visitar?’ “O Rei responderá: ‘Digo a verdade: O que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram’."
Depois de haver recitado o texto de Mateus 25:34-40, olhou a congregação e lhes contou tudo que havia experimentado aquela manhã. Muitos começaram a chorar, muitas cabeças se inclinaram pela vergonha. O pastor disse então: "Hoje vejo uma reunião de pessoas, não a Igreja de Jesus Cristo. O mundo tem pessoas suficientes, mas não suficientes discípulos. Quando vocês se tornarão discípulos?". Logo depois, encerrou o culto e despediu-se: "Até semana que vem"! Ser cristão é mais que algo que você defende. É algo que vive e compartilha com outras pessoas.