terça-feira, 30 de agosto de 2011

As forças do mal....

ALBERTO JOÃO JARDIM «As forças do mal não prevalecerão»
Agora que se aproximam eleições regionais, é natural que os situacionistas de Lisboa afiem garras e dentes, queiram mostrar «poder» e «ajustar contas» com os «mal educados» na versão deles, porque os confrontamos na respectiva dogmática histórica de domínio e de guerra que, desde o início de um Império que eles não souberam conduzir nem acabar bem, teve sempre a antipatia dos povos dominados.
A Opinião Pública do Continente, nomeadamente os meios da centralizante Lisboa, se calhar, nos próximos tempos, vão ter a Madeira mais à baila. Em Outubro decorrerão eleições para o Parlamento da Região Autónoma, e da maioria apurada sairá o novo Governo Regional. Noutro qualquer País europeu, onde existam regiões com Poder Legislativo - «Estados regionais» na terminologia do Conselho da Europa – o facto seria de mero acompanhamento noticioso, sem grandes emotividades. Em Portugal onde tudo é «dramático», menos aquilo que pela sua verdade o é, isto da existência de territórios longe do Continente, dotados de Poder Legislativo e órgãos de governo próprios, que procuram sobreviver e trabalhar apesar das contrariedades permanentes a que a Natureza os constrange, choca com o carácter centralista que sempre marcou o Estado português desde a sua Fundação em 1143. Como se, no Continente, também não existissem duas realidades diferentes. Uma, a Lisboa culturalmente incaracterizada na miscelânea de gentes que não lhe conseguiram forjar uma identidade coerente, mas que é sede dos principais poderes políticos e económicos, quase monopólio da actividade e difusão cultural geralmente estrangeiradas, profundamente centralista, sobretudo de concepções mais comerciantes do que produtivas, clara herança fenícia. E o restante Portugal, nas suas sub-regiões. Aliás, as grandes revoluções em Portugal, ou se fizeram contra Lisboa, ou foram impostas de Lisboa ao País. No caso da Madeira, não se trata apenas de a evolução da Autonomia, nestes trinta e cinco anos, ter acabado por produzir um choque civilizacional com o que dominante em Lisboa. É a oposição ao sistema político-constitucional deste regime, é a independência dos seus responsáveis políticos em relação a todas as formas diversas de poder sitas em Lisboa, são os caminhos desenvolvimentistas ao arrepio das ideias dominantes, etc., que provocam difusão de hostilidades através dos meios de influência sobre a Opinião Pública. Nuns casos, hostilidade orquestrada e até paga, noutros mera ignorância, e até noutros sem qualquer convicção, mas para cumprir a agenda rapidamente, em termos de «politicamente correcto». Agora que se aproximam eleições regionais, é natural que os situacionistas de Lisboa afiem garras e dentes, queiram mostrar «poder» e «ajustar contas» com os «mal educados» na versão deles, porque os confrontamos na respectiva dogmática histórica de domínio e de guerra que, desde o início de um Império que eles não souberam conduzir nem acabar bem, teve sempre a antipatia dos povos dominados. Ora, em Lisboa e julgando que têm uns «cérebros» aqui na Oposição madeirense, ou mesmo sabendo que não têm, mas confortados com o controlo da comunicação «social» para fazer «sangue», ei-los a querer intervir e a ajustar contas com os «rebeldes» da Madeira. Peças desse xadrez são também os cá «correspondentes» de alguns meios de comunicação social de Lisboa, RDP/RTP e alguns semanários e jornais diários. É sempre a mesma coisa, quando há eleições na Madeira. Porque, em Lisboa, até nisto as coisas não são feitas com rigor. A começar por sustentarem uma Oposição regional que, caso único em Portugal e nas Democracias europeias, farta-se de perder eleições mas não deixam entrar novos dirigentes nos seus Partidos, são sempre os mesmos, não querem perder os lugarzinhos profissionalizantes que o método de Hondt lhes vai deparando. Depois esquecem que, dada a pequenez do território, aqui praticamente todos se conhecem. Sabe-se quem é quem, qual a respectiva militância político-partidária mesmo que refugiada numa carteira profissional de «jornalista», sobretudo quais os «interesses» económicos, mas também de outras naturezas, que estão por detrás dos meios de comunicação social. Esquecem que grande parte do pessoal que vota na Madeira, sabe o que está por detrás de cada órgão de «informação» do Continente. Muito poucos compram tal imprensa escrita e, quando vêm ou ouvem audiovisuais, já estão «de pé atrás», porque sabem «o que a casa gasta» lá por Lisboa. Isto explica porque é que a «política de Lisboa», gastando o dinheiro que tem gasto ao longo de todos estes anos a hostilizar a política madeirense – em vez de um diálogo democrático que respeite o Direito à diferença – nunca conseguiu os seus intentos. O que é de ficarem raivosos, até temos a Caridade cristã de o compreender. E, se Deus quiser – como bufam os «laicos» em relação a esta expressão!... – se Deus quiser, também desta vez «as forças do mal não prevalecerão».

As forças do mal....


ALBERTO JOÃO JARDIM «As forças do mal não prevalecerão»


Agora que se aproximam eleições regionais, é natural que os situacionistas de Lisboa afiem garras e dentes, queiram mostrar «poder» e «ajustar contas» com os «mal educados» na versão deles, porque os confrontamos na respectiva dogmática histórica de domínio e de guerra que, desde o início de um Império que eles não souberam conduzir nem acabar bem, teve sempre a antipatia dos povos dominados.
A Opinião Pública do Continente, nomeadamente os meios da centralizante Lisboa, se calhar, nos próximos tempos, vão ter a Madeira mais à baila. Em Outubro decorrerão eleições para o Parlamento da Região Autónoma, e da maioria apurada sairá o novo Governo Regional. Noutro qualquer País europeu, onde existam regiões com Poder Legislativo - «Estados regionais» na terminologia do Conselho da Europa – o facto seria de mero acompanhamento noticioso, sem grandes emotividades. Em Portugal onde tudo é «dramático», menos aquilo que pela sua verdade o é, isto da existência de territórios longe do Continente, dotados de Poder Legislativo e órgãos de governo próprios, que procuram sobreviver e trabalhar apesar das contrariedades permanentes a que a Natureza os constrange, choca com o carácter centralista que sempre marcou o Estado português desde a sua Fundação em 1143. Como se, no Continente, também não existissem duas realidades diferentes. Uma, a Lisboa culturalmente incaracterizada na miscelânea de gentes que não lhe conseguiram forjar uma identidade coerente, mas que é sede dos principais poderes políticos e económicos, quase monopólio da actividade e difusão cultural geralmente estrangeiradas, profundamente centralista, sobretudo de concepções mais comerciantes do que produtivas, clara herança fenícia. E o restante Portugal, nas suas sub-regiões. Aliás, as grandes revoluções em Portugal, ou se fizeram contra Lisboa, ou foram impostas de Lisboa ao País. No caso da Madeira, não se trata apenas de a evolução da Autonomia, nestes trinta e cinco anos, ter acabado por produzir um choque civilizacional com o que dominante em Lisboa. É a oposição ao sistema político-constitucional deste regime, é a independência dos seus responsáveis políticos em relação a todas as formas diversas de poder sitas em Lisboa, são os caminhos desenvolvimentistas ao arrepio das ideias dominantes, etc., que provocam difusão de hostilidades através dos meios de influência sobre a Opinião Pública. Nuns casos, hostilidade orquestrada e até paga, noutros mera ignorância, e até noutros sem qualquer convicção, mas para cumprir a agenda rapidamente, em termos de «politicamente correcto». Agora que se aproximam eleições regionais, é natural que os situacionistas de Lisboa afiem garras e dentes, queiram mostrar «poder» e «ajustar contas» com os «mal educados» na versão deles, porque os confrontamos na respectiva dogmática histórica de domínio e de guerra que, desde o início de um Império que eles não souberam conduzir nem acabar bem, teve sempre a antipatia dos povos dominados. Ora, em Lisboa e julgando que têm uns «cérebros» aqui na Oposição madeirense, ou mesmo sabendo que não têm, mas confortados com o controlo da comunicação «social» para fazer «sangue», ei-los a querer intervir e a ajustar contas com os «rebeldes» da Madeira. Peças desse xadrez são também os cá «correspondentes» de alguns meios de comunicação social de Lisboa, RDP/RTP e alguns semanários e jornais diários. É sempre a mesma coisa, quando há eleições na Madeira. Porque, em Lisboa, até nisto as coisas não são feitas com rigor. A começar por sustentarem uma Oposição regional que, caso único em Portugal e nas Democracias europeias, farta-se de perder eleições mas não deixam entrar novos dirigentes nos seus Partidos, são sempre os mesmos, não querem perder os lugarzinhos profissionalizantes que o método de Hondt lhes vai deparando. Depois esquecem que, dada a pequenez do território, aqui praticamente todos se conhecem. Sabe-se quem é quem, qual a respectiva militância político-partidária mesmo que refugiada numa carteira profissional de «jornalista», sobretudo quais os «interesses» económicos, mas também de outras naturezas, que estão por detrás dos meios de comunicação social. Esquecem que grande parte do pessoal que vota na Madeira, sabe o que está por detrás de cada órgão de «informação» do Continente. Muito poucos compram tal imprensa escrita e, quando vêm ou ouvem audiovisuais, já estão «de pé atrás», porque sabem «o que a casa gasta» lá por Lisboa. Isto explica porque é que a «política de Lisboa», gastando o dinheiro que tem gasto ao longo de todos estes anos a hostilizar a política madeirense – em vez de um diálogo democrático que respeite o Direito à diferença – nunca conseguiu os seus intentos. O que é de ficarem raivosos, até temos a Caridade cristã de o compreender. E, se Deus quiser – como bufam os «laicos» em relação a esta expressão!... – se Deus quiser, também desta vez «as forças do mal não prevalecerão».

O medo não pode ter tudo

O medo não pode ter tudo

Tantos fios atam a vítima de violência doméstica. Que dirá a família? Que dirão os vizinhos?

Ana Cristina Pereira, Jornalista do Público

Houve quem arregalasse os olhos e abanasse a cabeça, incrédulo. Mas era evidente que a violência há muito se infiltrara naquela família. Havia um senhor e uma serva. E a serva, às vezes, produzia frases duras: "Quero cortar o cabelo, aquele cachorro não deixa."

Fiquei com esta frase na cabeça ao visitá-la uma tarde, em Brighton, no Sul de Inglaterra, já lá vão uns doze anos. Lembro-me de fazer a viagem de regresso a Londres absorta. Que diabo era aquilo? O que a mantinha unida àquele homem? Porque não o deixava?

Tantos fios atam uma vítima de violência doméstica. Que dirá a família? Que dirão os vizinhos? Um casamento é para a vida. Cada um tem a sua cruz. Ele vai mudar. Ele não é sempre assim. Ele é o pai dos meus filhos. Vou mandar prendê-lo? Fugir para onde? Viver de quê? Que será dos meus filhos? E se ele vem atrás de mim? E se ele me mata?

No ano passado, a notícia chegou-me por telefone. Ele ameaçara-a e ela pegara nos filhos e saíra porta fora. Fora à esquadra apresentar queixa e instalara-se em casa dos pais. Sim: a situação alterara-se. Ela regressara à ilha, tinha emprego e retaguarda familiar. Celebrei a libertação dela com vinho e com queijo. E, como todos em redor, temi pela sua segurança.

Os familiares ouviam com espanto o relato do que fora aquele casamento de 17 anos. Alguns culpavam-se por de nada terem desconfiado - choravam com ela, choravam por ela. Todos pareciam querer apoiá-la. E ela bem precisava - ele recusava-se a dar um cêntimo aos filhos.

Há pouco, nova notícia. Decretado o divórcio, o Tribunal de São Vicente decidiu que ela e os miúdos têm direito de morar na casa construída pelo casal até o imóvel ser vendido. Eles pediram para ir. E ela quis fazer-lhes a vontade. Imaginei-o furioso. E tornei a temer pela segurança dela. Agora, soube que ele rugiu. E que ela e os miúdos recuaram.

Não sei quem foi o juiz que tomou esta decisão, mas gostaria de cumprimentá-lo neste 25 de Novembro, Dia Internacional da Eliminação da Violência Contra as Mulheres. Por todo o país, mulheres fogem de casa desesperadas. Eles, os agressores, tendem a beneficiar dos bens do casal, enquanto elas, as vítimas, andam às aranhas, a pedir favores, com os filhos atrás. É preciso inverter isso. Se não pelas mulheres, pelas crianças.

Quantas terão ainda de mudar de escola, de se separar dos seus amigos, de perder as suas coisas? O medo não pode ter tudo - o medo já teve demasiado. Mas para o medo deixar de ter tudo é preciso o sistema garantir uma efectiva protecção às vítimas.

domingo, 28 de agosto de 2011

Bonito espectáculo el de Madrid invadido por cientos de miles de jóvenes procedentes de los cinco continentes para asistir a la Jornada Mundial de la Juventud que presidió Benedicto XVI y que convirtió a la capital española por varios días en una multitudinaria Torre de Babel. Todas las razas, lenguas, culturas, tradiciones, se mezclaban en una gigantesca fiesta de muchachas y muchachos adolescentes, estudiantes, jóvenes profesionales venidos de todos los rincones del mundo a cantar, bailar, rezar y proclamar su adhesión a la Iglesia católica y su "adicción" al Papa ("Somos adictos a Benedicto" fue uno de los estribillos más coreados).

La noticia en otros webs

Ninguna iglesia podría ser democrática sin renunciar a sí misma y desaparecer

La cultura no ha podido reemplazar a la religión ni podrá hacerlo, salvo para pequeñas minorías

Salvo el millar de personas que, en el aeródromo de Cuatro Vientos, sufrieron desmayos por culpa del despiadado calor y debieron ser atendidas, no hubo accidentes ni mayores problemas. Todo transcurrió en paz, alegría y convivencia simpática. Los madrileños tomaron con espíritu deportivo las molestias que causaron las gigantescas concentraciones que paralizaron Cibeles, la Gran Vía, Alcalá, la Puerta del Sol, la Plaza de España y la Plaza de Oriente, y las pequeñas manifestaciones de laicos, anarquistas, ateos y católicos insumisos contra el Papa provocaron incidentes menores, aunque algunos grotescos, como el grupo de energúmenos al que se vio arrojando condones a unas niñas que, animadas por lo que Rubén Darío llamaba "un blanco horror de Belcebú", rezaban el rosario con los ojos cerrados.

Hay dos lecturas posibles de este acontecimiento, que EL PAÍS ha llamado "la mayor concentración de católicos en la historia de España". La primera ve en él un festival más de superficie que de entraña religiosa, en el que jóvenes de medio mundo han aprovechado la ocasión para viajar, hacer turismo, divertirse, conocer gente, vivir alguna aventura, la experiencia intensa pero pasajera de unas vacaciones de verano. La segunda la interpreta como un rotundo mentís a las predicciones de una retracción del catolicismo en el mundo de hoy, la prueba de que la Iglesia de Cristo mantiene su pujanza y su vitalidad, de que la nave de San Pedro sortea sin peligro las tempestades que quisieran hundirla.

Una de estas tempestades tiene como escenario a España, donde Roma y el gobierno de Rodríguez Zapatero han tenido varios encontrones en los últimos años y mantienen una tensa relación. Por eso, no es casual que Benedicto XVI haya venido ya varias veces a este país, y dos de ellas durante su pontificado. Porque resulta que la "católica España" ya no lo es tanto como lo era. Las estadísticas son bastante explícitas. En julio del año pasado, un 80% de los españoles se declaraba católico; un año después, solo 70%. Entre los jóvenes, 51% dicen serlo, pero solo 12% aseguran practicar su religión de manera consecuente, en tanto que el resto lo hace solo de manera esporádica y social (bodas, bautizos, etcétera). Las críticas de los jóvenes creyentes -practicantes o no- a la Iglesia se centran, sobre todo, en la oposición de ésta al uso de anticonceptivos y a la píldora del día siguiente, a la ordenación de mujeres, al aborto, al homosexualismo.

Mi impresión es que estas cifras no han sido manipuladas, que ellas reflejan una realidad que, porcentajes más o menos, desborda lo español y es indicativo de lo que pasa también con el catolicismo en el resto del mundo. Ahora bien, desde mi punto de vista esta paulatina declinación del número de fieles de la Iglesia católica, en vez de ser un síntoma de su inevitable ruina y extinción es, más bien, fermento de la vitalidad y energía que lo que queda de ella -decenas de millones de personas- ha venido mostrando, sobre todo bajo los pontificados de Juan Pablo II y de Benedicto XVI.

Es difícil imaginar dos personalidades más distintas que las de los dos últimos Papas. El anterior era un líder carismático, un agitador de multitudes, un extraordinario orador, un pontífice en el que la emoción, la pasión, los sentimientos prevalecían sobre la pura razón. El actual es un hombre de ideas, un intelectual, alguien cuyo entorno natural son la biblioteca, el aula universitaria, el salón de conferencias. Su timidez ante las muchedumbres aflora de modo invencible en esa manera casi avergonzada y como disculpándose que tiene de dirigirse a las masas. Pero esa fragilidad es engañosa pues se trata probablemente del Papa más culto e inteligente que haya tenido la Iglesia en mucho tiempo, uno de los raros pontífices cuyas encíclicas o libros un agnóstico como yo puede leer sin bostezar (su breve autobiografía es hechicera y sus dos volúmenes sobre Jesús más que sugerentes). Su trayectoria es bastante curiosa. Fue, en su juventud, un partidario de la modernización de la Iglesia y colaboró con el reformista Concilio Vaticano II convocado por Juan XXIII.

Pero, luego, se movió hacia las posiciones conservadoras de Juan Pablo II, en las que ha perseverado hasta hoy. Probablemente, la razón de ello sea la sospecha o convicción de que, si continuaba haciendo las concesiones que le pedían los fieles, pastores y teólogos progresistas, la Iglesia terminaría por desintegrarse desde adentro, por convertirse en una comunidad caótica, desbrujulada, a causa de las luchas intestinas y las querellas sectarias. El sueño de los católicos progresistas de hacer de la Iglesia una institución democrática es eso, nada más: un sueño. Ninguna iglesia podría serlo sin renunciar a sí misma y desaparecer. En todo caso, prescindiendo del contexto teológico, atendiendo únicamente a su dimensión social y política, la verdad es que, aunque pierda fieles y se encoja, el catolicismo está hoy día más unido, activo y beligerante que en los años en que parecía a punto de desgarrarse y dividirse por las luchas ideológicas internas.

¿Es esto bueno o malo para la cultura de la libertad? Mientras el Estado sea laico y mantenga su independencia frente a todas las iglesias, a las que, claro está, debe respetar y permitir que actúen libremente, es bueno, porque una sociedad democrática no puede combatir eficazmente a sus enemigos -empezando por la corrupción- si sus instituciones no están firmemente respaldadas por valores éticos, si una rica vida espiritual no florece en su seno como un antídoto permanente a las fuerzas destructivas, disociadoras y anárquicas que suelen guiar la conducta individual cuando el ser humano se siente libre de toda responsabilidad.

Durante mucho tiempo se creyó que con el avance de los conocimientos y de la cultura democrática, la religión, esa forma elevada de superstición, se iría deshaciendo, y que la ciencia y la cultura la sustituirían con creces. Ahora sabemos que esa era otra superstición que la realidad ha ido haciendo trizas. Y sabemos, también, que aquella función que los librepensadores decimonónicos, con tanta generosidad como ingenuidad, atribuían a la cultura, esta es incapaz de cumplirla, sobre todo ahora. Porque, en nuestro tiempo, la cultura ha dejado de ser esa respuesta seria y profunda a las grandes preguntas del ser humano sobre la vida, la muerte, el destino, la historia, que intentó ser en el pasado, y se ha transformado, de un lado, en un divertimento ligero y sin consecuencias, y, en otro, en una cábala de especialistas incomprensibles y arrogantes, confinados en fortines de jerga y jerigonza y a años luz del común de los mortales.

La cultura no ha podido reemplazar a la religión ni podrá hacerlo, salvo para pequeñas minorías, marginales al gran público. La mayoría de seres humanos solo encuentra aquellas respuestas, o, por lo menos, la sensación de que existe un orden superior del que forma parte y que da sentido y sosiego a su existencia, a través de una trascendencia que ni la filosofía, ni la literatura, ni la ciencia, han conseguido justificar racionalmente. Y, por más que tantos brillantísimos intelectuales traten de convencernos de que el ateísmo es la única consecuencia lógica y racional del conocimiento y la experiencia acumuladas por la historia de la civilización, la idea de la extinción definitiva seguirá siendo intolerable para el ser humano común y corriente, que seguirá encontrando en la fe aquella esperanza de una supervivencia más allá de la muerte a la que nunca ha podido renunciar. Mientras no tome el poder político y este sepa preservar su independencia y neutralidad frente a ella, la religión no sólo es lícita, sino indispensable en una sociedad democrática.

Creyentes y no creyentes debemos alegrarnos por eso de lo ocurrido en Madrid en estos días en que Dios parecía existir, el catolicismo ser la religión única y verdadera, y todos como buenos chicos marchábamos de la mano del Santo Padre hacia el reino de los cielos.

© Derechos mundiales de prensa en todas las lenguas reservados a Ediciones EL PAÍS, SL, 2011. © Mario Vargas Llosa, 2011.

Provérbios

  1. O futuro à Deus pertence
  2. Serás próspero se guardares para o futuro
  3. A vida trará coisas boas se tiveres paciência.
  4. O cão não ladra por valentia, mas sim por medo.
  5. Terás boa fortuna se olhares para o futuro com cautela.
  6. Farás boa figura se não aparentares ser mais do que és.
  7. Demonstre amor e alegria em todas as oportunidades e verás que a paz nasce dentro de você.
  8. Não compense na ira o que lhe falta na razão.
  9. Defeitos e virtudes são apenas dois lados da mesma moeda.
  10. A maior de todas as torres começa no solo.
  11. Não há que ser forte. Há que ser flexível
  12. O Grande homem é aquele que não perdeu a candura de sua infância.
  13. Gente todo dia arruma os cabelos, por que não o coração?
  14. Seja forte e corajoso. Reaja com firmeza porque o auxílio lhe chegará na hora oportuna.
  15. Há três coisas que jamais voltam; a flecha lançada, a palavra dita e a oportunidade perdida.
  16. Se em vez de enchermos o bolso, enchermos a cabeça, jamais seremos roubados.
  17. Você tem uma boca e dois ouvidos! Use-os nesta proporção.
  18. Não invente uma regra para depois ter problemas com ela.
  19. A juventude não é uma época da vida, é um estado de espírito.
  20. Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colher o que plantamos.
  21. Palavras ríspidas e argumentos pobres nunca resolveram nada.
  22. Dê toda a atenção para a formação dos teus filhos, sobretudo por exemplos de tua própria vida.
  23. Siga os bons e aprenda com eles.
  24. Não importa o tamanho da montanha, ela não pode tapar o sol.
  25. O bom-senso vai mais longe do que muito conhecimento.
  26. Quem quer colher rosas deve suportar os espinhos.
  27. São os nossos amigos que nos ensinam as mais valiosas lições.
  28. Uma iniciativa mal-sucedida não significa o final de tudo. Sempre existe uma nova oportunidade.
  29. Aquele que se importa com o sentimento dos outros, não é um tolo.
  30. Não tente consertar com um único golpe.
  31. Por trás de acusações maldosas há sempre um argumento fraco.
  32. A adversidade é um espelho que reflete o verdadeiro eu.
  33. Para viver bem e por muito tempo, seja moderado.
  34. As más companhias são como um mercado de peixe; acabam se acostumando com o mau cheiro.
  35. Cada pessoa é um grão de areia, mas uma multidão é como uma pedra de ouro.
  36. Melhor ser muito cético do muito crédulo.
  37. Lamentar aquilo que não temos é desperdiçar aquilo que já possuímos.
  38. Uma bela flor é incompleta sem suas folhas.
  39. Se houver um general forte, não haverá soldados fracos.
  40. Quer a faca caia no melão, ou o melão na faca, o melão vai sofrer.
  41. Sem o fogo do entusiasmo, não há o calor da vitória.
  42. O amor por uma pessoa deve incluir os corvos de seu telhado.
  43. Seja forte e corajoso. Reaja com firmeza porque o auxílio lhe chegará na hora oportuna.
  44. Uma única árvore não faz uma floresta.
  45. Não há melhor negócio que a vida. A gente há obtém a troco de nada.
  46. O riso é a menor distância entre duas pessoas.
  47. Você é jovem apenas uma vez. Depois precisa inventar outra desculpa.
  48. O maior perigo pode ser a sua estupidez.
  49. Se você vai fazer alguma coisa, faça certo.
  50. É mais fácil conseguir o perdão do que a permissão.
  51. Os defeitos são mais fortes quando o amor é fraco.
  52. É bom pensar bem em suas proposições,pois você será o único responsável pelas consequências.
  53. Amizade e Amor são coisas que podem virar uma só num piscar de olhos.
  54. Surpreender e ser surpreendido é o segredo do amor.
  55. Resistir à tentação é mais fácil quando você acha que terá outra chance mais tarde.
  56. Faça pequenas coisas agora e maiores coisas lhe serão confiadas cada dia.
  57. Todo mundo é capaz de denominar uma dor, exceto quem a sente.
  58. A paciência na adversidade é o sinal de um coração sensível.
  59. A sorte favorece a mente bem preparada.
  60. A noite promete mais do que o dia.
  61. Sua visão se tornará clara apenas quando você puder olhar dentro de seu coração.
  62. Quem olha para fora sonha; quem olha para dentro acorda.
  63. As pessoas se esquecerão do que você disse e do que você fez… mas nunca se esquecerão de como você as fez sentir.
  64. Espere pelo mais sábio dos conselhos: o tempo.
  65. Todas as coisas são difíceis antes de se tornarem fáceis.
  66. Você pode encontrar a si mesmo fazendo ou dizendo coisas que você nunca imaginou possíveis.
  67. Se você se sente só é porque construiu muros ao invés de pontes.
  68. Vencer é 90 por cento suor e 40 por cento técnica.
  69. O amor está mais próximo do que você imagina.
  70. O tempo destrói apenas o que é real.
  71. A vida coloca em nossa frente opções.
  72. A escolha é livre, mas uma vez feita, cessa nossa liberdade e somos forçados a recolher as conseqüências.
  73. Você é do tamanho do seu sonho.

Papai, quero me casar...

Papai eu quero me casar Pois minha filha você diga com quem Eu quero me casar com o padeiro Com o padeiro você não casa bem Porquê papai? O padeiro mete muito a mão na massa e depois vai amassar você também Ah quero não Papai eu quero me casar Pois minha filha você diga com quem Eu quero me casar com o motorista Com o motorista você não casa bem Porquê papai? O motorista aperta muito a buzina e depois vai buzinar você também Ah quero não Papai eu quero me casar Pois minha filha você diga com quem Eu quero me casar com o vaqueiro Com o vaqueiro você não casa bem Porquê papai? O vaqueiro tira o leite da vaca e depois vai desleistar você também Ah quero não Papai eu quero me casar Pois minha filha ocê diga com quem Eu quero me casar com o economista Com o economista ocê não casa bem Por quê papai? O economista mexe muito com poupança e depois vai mexe na sua também Na minha não Papai eu quero me casar Pois minha filha ocê diga com quem Eu quero me casar com o Ney Matogrosso Ney matogrosso aí se casa bem Heim papai Ney Matogrosso vira homem lobisomem Que loucura Mas quando é homem não faz mal pra ninguém
http://toptvz.com.br/os-trapalhoes/papai-eu-quero-me-casar

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Crédito

A presidenta Dilma Rousseff lançou ontem (24/8) a expansão do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo e Orientado, com o apoio da Caixa Econômica Federal. O programa vai incentivar a geração de trabalho e renda de trabalhadores autônomos, disponibilizando recursos com taxas de juros reduzidas. Até 2013, cerca de 3,4 milhões de empreendedores – com faturamento anual até R$ 120 mil – devem ser atendidos. O evento desta quarta-feira, no Palácio do Planalto, contou com a presença do presidente da Caixa, Jorge Hereda. A Caixa, inicialmente, atuará nas capitais, regiões metropolitanas e demais centros urbanos, expandido gradualmente suas operações para o resto do país. A atuação da Caixa contará com importantes parcerias, como a atuação dos bancos comunitários, organizações sociais e prefeituras, num esforço concentrado para atingir, no Programa de Microcrédito, resultados semelhantes aos alcançados com o Minha Casa, Minha Vida. O microcrédito produtivo orientado pode chegar a R$ 15 mil, com prazo de até 24 meses, e taxas de juros de 0,66% ao mês. A Taxa de Abertura de Crédito (TAC) será de 1,0%. Os empreendedores poderão obter crédito nas modalidades Capital de Giro e Investimento. A estimativa do Governo Federal é que o prazo médio no Capital de Giro será de quatro a seis meses. Já no microcrédito para investimento, o prazo médio deve ficar entre 12 e 24 meses. Criado para atender às necessidades financeiras dos cidadãos que tocam um pequeno negócio, o microcrédito produtivo orientado tem como metodologia o relacionamento direto com os empreendedores nas suas localidades. Além disso, o programa prevê assistência e orientação técnica no planejamento do negócio. Serão realizadas avaliações da atividade e da capacidade de endividamento de cada cliente, e os empreendedores serão acompanhados por assessores de crédito, com levantamento socioeconômico e orientação educativa. Os contatos serão mantidos durante o período de contrato, para acompanhamento e orientação. Inicialmente, o programa será operado por bancos públicos, que poderão alcançar, na carteira ativa, cerca de R$ 3 bilhões. O s recursos para os empréstimos virão dos depósitos à vista destinados ao microcrédito, de acordo com a Lei 11.110/2005. O governo federal deve alterar o mínimo de recursos obrigatórios aplicados para o microcrédito produtivo orientado, regulamentado pela resolução do Conselho Monetário Nacional 3.422/06. A partir de 1º de janeiro de 2012, no mínimo de 10% do saldo da carteira de microcrédito deverá ser destinado ao produtivo orientado. Em 1º de julho de 2012, o mínimo passa a ser de 40%. A partir de 1º de janeiro de2013, a exigência alcança 60% do saldo da carteira e. Depois de 1 de julho de 2013, no mínimo de 80% dos recursos de exigibilidade deverão ser aplicados em microcrédito produtivo orientado. Oportunidades Para as mulheres: A Caixa terá uma atenção muito especial às mulheres autônomas. Essas empreendedoras contarão com microcrédito, serviços e o apoio da Caixa para a solução de suas necessidades. Um exemplo: várias mulheres que trabalham por conta própria poderão formar um grupo e, assim, receber a visita de um assessor de crédito, que dará as orientações necessárias para realização de seus sonhos e projetos. Para os empreendedores: A Caixa, em seu modelo de atuação, estimulará a formalização dos trabalhadores autônomos, a partir do Empreendedor Individual, que transforma pequenos negócios em empresas com CNPJ, mesmo que o único empregado seja o próprio dono. Com uma contribuição mensal reduzida de 5% do salário mínimo, ou seja, R$ 27,25 por mês, o empreendedor e sua família terão a possibilidade de acesso a todos os benefícios da Previdência. Atualmente, a instituição possui aproximadamente de 500 mil empreendedores individuais como clientes. Também merecerá atenção especial da Caixa o público beneficiado pelo Bolsa-Família, que conta com 1,2 milhão de famílias com perfil empreendedor. Para os jovens: A atuação da Caixa no programa terá um elemento inovador: a atuação nas comunidades dos grandes centros urbanos, com assessores de crédito contratados entre os jovens das próprias localidades atendidas. Até o fim deste ano, a Caixa irá contratar mil jovens do Programa Jovem Aprendiz. Depois, com mais 1.500 contratações, serão 2.500 jovens, com idades entre 18 e 22 anos, trabalhando na prospecção e orientação dos potenciais tomadores de crédito, com a supervisão direta de funcionários da Caixa dedicados exclusivamente a esta tarefa.
LUÍS FILIPE MALHEIRO Diferenças regionais
Podíamos ir mais longe, perguntando a Berta Cabral o que acha das SCUTs que foram instituídas nos Açores, do facto do governo socialista dos Açores pretender passar a efectuar pagamentos a fornecedores no prazo de 120 dias, de ter introduzido taxas moderadoras, fazendo com que cada cidadão pague 6 euros se for às urgências hospitalares, etc?
Foi recentemente noticiado ter a presidente do PSD/Açores, Berta Cabral, afirmado que os Açores e a Madeira "são regiões distintas e devem ser tratadas de forma diferente”, escusando-se a comentar o desvio de 277 milhões de euros no orçamento madeirense. Segundo a Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, "são duas regiões distintas, até têm estatutos autónomos distintos e bem diferentes", naquilo que foi visto como uma aparente concordância com recentes posições do governo socialista dos Açores sobre a necessidade de as duas regiões serem tratadas de forma diferente pelo Estado, tendo em atenção o cumprimento as obrigações orçamentais de cada uma. Segundo foi noticiado, Berta Cabral acha que "as duas regiões têm que ser tratadas cada uma no seu plano e não devem ser confundidas", frisando que essa distinção não se deve limitar apenas á área financeira. “Em todos os aspectos somos diferentes, até culturalmente". O meu primeiro comentário é que longe vão os tempos em que entre social-democratas da Madeira e dos Açores existiam uma efectiva solidariedade que nem o oportunismo saloio de Berta Cabral, mais apostada nas regionais de 2012, consegue contrariar. Aliás, penso que os problemas para as autonomias regionais e a sua perda de persuasão em Lisboa começaram quando o PSD nos Açores perdeu as eleições regionais e entrou numa espiral de declínio e de descrédito, da qual ainda não saiu, mesmo que corra o risco de ganhar as regionais do próximo ano, mais por demérito dos socialistas que por mérito do PSD local. Em segundo lugar, parece-.me evidente que Berta Cabral comporta-se como uma bailarina que não tem a noção do seu lugar no palco, nem consegue afinar os passes de dança com a música de fundo. Como é que uma pessoa fala da forma que fala – embora tenha razão quanto à diferença entre as duas regiões – quando ainda há poucos meses atrás exigia "o apuramento integral da verdadeira situação do quadro financeiro regional” e defendia a necessidade de "ser conhecida toda a verdade sobre os incumprimentos silenciados do Governo da República para com a região". Segundo ela, "não é possível continuarmos a viver numa situação de faz-de-conta. Os açorianos têm o direito de conhecer a verdade das contas públicas. Em nome da transparência e em defesa do rigor, o PSD/Açores exige o apuramento integral da verdadeira situação do quadro financeiro regional". Lembro que o PSD dos Açores tem insistido numa dívida regional da ordem dos 3.000 a 4.000 milhões de euros, valor que o governo socialista açoriano situa entre os 1.750 e os 2.000 milhões de euros, mas nenhuma das partes consegue fundamentar os montantes que revela. Berta Cabral sublinhou nestas declarações que venho citando, feitas em Julho deste ano, que se "impõe conhecer toda a verdade sobre a situação não revelada das finanças públicas regionais", acusando o executivo regional socialista de "tal como o Governo de José Sócrates fazer a política dos 3D's: desemprego, dívida e défice". Berta acusou também o Carlos César de se ter “rendido a Sócrates” acusando-o de “se preparar para a guerrilha política por mero interesse partidário". Podíamos ir mais longe, perguntando a Berta Cabral o que acha das SCUTs que foram instituídas nos Açores, do facto do governo socialista dos Açores pretender passar a efectuar pagamentos a fornecedores no prazo de 120 dias, de ter introduzido taxas moderadoras, fazendo com que cada cidadão pague 6 euros se for às urgências hospitalares, etc? Mas ficamos por uma questão essencial já que Berta Cabral insiste em diferenciar, e fez bem, a Madeira dos Açores, ao mesmo tempo que apregoa a seriedade: como é possível que depois de anos marcados pelo derramar de milhares de milhões de euros da União Europeia e do Estado, nos últimos anos reforçados com verbas roubadas por Lisboa à Madeira a coberto de uma lei de finanças regionais que fala por si e dispensa comentários, que os Açores continuem a ser, vergonhosamente uma das regiões portuguesas mais pobres, com um valor do PIB dos mais baixos e que continue misteriosamente a integrar o lote das regiões europeias mais pobres, com a cautela cirúrgica suficiente para não chegar a um PIB regional da ordem dos 75% que a afastaria do lote das regiões “objectivo 1”? Isto é que seria interessante saber, não com respostas políticas vazias, sem qualquer seriedade científica e técnica, mas com base em estudos e dados concretos, para assim aquilatarmos se de facto, também em questões de seriedade junto da Europa, o grau de seriedade das regiões é diferente ou não. E nem falo no facto, estranho e paradoxal, de que apesar dos milhares de milhões que os Açores recebem da União Europeia, esta região portuguesa é aquela que mais elevada abstenção registada nas eleições europeias (69,1% em 1999, 69,3% em 2004 e 78,3% em 2009, contra 59,8% na Madeira que foi sempre a região portuguesa com menor abstenção nas europeias, apenas superada por Braga em 2009). 1 http://ultraperiferias.blogspot.com P.S. Como o candidato socialista proposto e auto-imposto, Maximiano, parece andar a sofrer de amnésia súbita ou insistir em ser um “extraterrestre” feito à pressão, aqui fica mais um exemplo do “sucesso” da governação socialista escorraçada do poder em 5 de Junho passado: “Em cada cinco crianças, duas vivem em situação de pobreza, refere um estudo encomendado pelo ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. No total, cerca de 40% das crianças portuguesas vivem numa “situação de pobreza”. As crianças até aos 17 anos são o grupo mais vulnerável à pobreza, tendo já ultrapassado o dos idosos. O estudo revela ainda que não há nenhuma criança que por razões económicas esteja privada de televisão. Da realidade portuguesa, 23% vivem em alojamentos sobrelotados e 5% estão integradas num agregado que não faz uma refeição de carne ou peixe, pelo menos de dois em dois dias. Como refere o estudo, “o momento presente deixa-nos algumas interrogações adicionais. Os recentes cortes nos apoios sociais não permitem antever um futuro promissor para estas crianças…”. De todas, as crianças pertencentes a famílias de maior dimensão também foram particularmente penalizadas, 29,5%, passavam em 2009 por pobreza e privaçã

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Alberto João Jardim O respeito pela Resistência
Aliás, a Madeira possui mais uma originalidade. É a única zona do País, para não falar da Europa democrática, onde, nos Partidos da Oposição, os que perdem eleições há trinta anos nunca se demitem.
Entre alguns que se dizem democratas, existe uma tendência para serem enganados pelas intrujices do «politicamente correcto». E, pior, gente que se diz de Direita ou do Centro, nada querendo ter a ver com a Esquerda. Ou então aqueles para quem o conceito de «independente» não se limita à não pertença a um Partido político, mas se traduz numa posição de «dar para tudo», conforme o mapa das marés. Como se alguém pudesse ser «independente», indiferente aos Valores que fazem a vida e constroem uma sociedade! Ora, o «politicamente correcto» é uma maneira de se manter à tona de água, não tomar posições que acarretem adversários ou hostilidades acentuadas...mesmo da parte dos que são efectivamente adversários e, se calhar, nem estão preocupados em ser «politicamente correctos». É, até, um medo da solidão. O receio de estar só nas suas convicções ou apenas inserido num grupo pequeno. É o conforto dos grandes grupos, a terapêutica para a insegurança pessoal. No fundo, conclui-se, uma certa forma de abdicação, de auto-desarme. Ora, uma das intrujices habituais que são enfiadas pelos «politicamente correctos», é a de que o conceito de Resistência apenas deve referir comportamentos tidos por «de esquerda», escandalosamente mesmo quando visam objectivos totalitários, anti-democráticos, contra os Direitos, Liberdades e Garantias individuais. Como se ao Centro e à Direita, não houvesse Resistência!... Esta intrujice anda a par com outra tontaria nesses mesmos meios do Centro e da Direita que, às vezes, vão ao ponto de se preocupar em se dizer «de esquerda», ou em demonstrar que algumas suas atitudes, vá lá, têm algo «de esquerda»!... Pobres complexos!... Ao longo de todos estes anos, a Maioria que governou a Região Autónoma da Madeira foi Resistência. Apesar de uma Reforma Agrária que entregou a terra a quem a trabalha, apesar do maior número «per capita» de habitação social, apesar de uma efectiva concertação e paz sociais durante decénios, apesar da Saúde, dos equipamentos culturais e sociais, da educação, das acessibilidades, etc., tudo generalizado ao nível autárquico mais pequeno, etc. Por aí fora, nunca foi preciso se dizer «de esquerda». Engraçado é que, pacificamente, se destruiu a velha sociedade feudal, herarquizada socialmente, pobre, rural, do arquipélago, acarretando o PSD, como em nenhuma outra área do País, o ódio militante de certa Direita, da extrema-direita e dos antigos senhorios das ilhas. E compreende-se que a Esquerda também não tenha gostado. Porque foi a política que a Esquerda gostaria de ter podido fazer, mas que o radicalismo do seu discurso não permitia sócio-culturalmente, e que a incompetência pessoal das suas figurinhas locais tornava absolutamente impossível. Aliás, a Madeira possui mais uma originalidade. É a única zona do País, para não falar da Europa democrática, onde, nos Partidos da Oposição, os que perdem eleições há trinta anos nunca se demitem. Com o engraçadíssimo de exigir, sim, a demissão dos que vêm ganhando sempre as eleições, e com o argumento de que...já estão há muito tempo! Obviamente que ninguém estranhará o PSD da Madeira muito agradecer esta nunca regeneração dos Partidos da Oposição. Mas, neste quadro, é igualmente possível demonstrar que a Maioria madeirense foi simultaneamente Resistência. E nisto se identificou mais com uma importante percentagem do Povo português, do que propriamente com os dirigentes dos Partidos do Sistema. É Resistência ao próprio Sistema político-constitucional, não só quanto ao conteúdo, mas mantendo o discurso da ilegitimidade deste por falta de referendo soberano e da proibição sobre o Povo de referendar qualquer norma constitucional, e ainda defendendo um regime democrático mais puro. É Resistência às situações de não transparência do regime, contra poderes ocultos, dependências inadmissíveis, subordinações a oligarquias. Independência que tem pago bem caro. Foi sempre Resistência efectiva e militante contra a Esquerda, sempre que esta no Governo da República, mesmo quando cedências estranhas ou abdicações incompreensíveis pululavam em Lisboa. Preço que também pagou duramente. Resiste, defendendo a descentralização política do território do Continente, em solidariedade com todos os Portugueses lesados pelo centralismo tradicional. É Resistência quando defende os Valores civilizacionais que evolutivamente os Portugueses acumularam culturalmente durante séculos, contra o Relativismo irracional que vem fracturando em termos de decadência. Creio que esta Resistência merece mais respeito. Primeiro, pela coragem de o ser, como outras quaisquer, mas, no caso, por um Portugal e uma Democracia melhores. Segundo, por parte dos Portugueses que não são trocas-tintas e que ainda acreditam em Princípios. Terceiro, por todos aqueles que, Companheiros de percurso político, ou que dizem sê-lo, nos viram sempre, sem falsos pudores, na primeira linha de luta.

Artigo de Opinião de : Alberto João Jardim

Carta Aberta

CARTA ABERTA DE ELIANE SINHASIQUE (jornalista e publicitária)
PARA RENATO ARAGÃO (o Didi da REDE GLOBO DE TELEVISÃO) . . . . . !!!
Nota DEZ para essa mulher ! Parabéns !
R E P A S S E M . . . . . .
Querido Didi,
Há alguns meses você vem me escrevendo pedindo uma doação mensal para enfrentar alguns problemas que comprometem o presente e o futuro de muitas crianças brasileiras. Eu não respondi aos seus apelos (apesar de ter gostado do lápis e das etiquetas com meu nome para colar nas correspondências) ..........
Achei que as cartas não deveriam ser endereçadas a mim. Agora, novamente, você me escreve preocupado por eu não ter atendido às suas solicitações.
Diante de sua insistência, me senti na obrigação de parar tudo e escrever uma resposta.
Não foi por " algum motivo " que não fiz a doação em dinheiro solicitada por você. São vários os motivos que me levam a não participar de sua campanha altruísta (se eu quisesse poderia escrever umas dez páginas sobre esses motivos).
Você diz, em sua última carta, que enquanto eu a estivesse lendo, uma criança estaria perdendo a chance de se desenvolver e aprender pela falta de investimentos em sua formação !
Didi, não tente me fazer sentir culpada. Essa jogada publicitária eu conheço muito bem. Êsse tipo de texto apelativo pode funcionar com muitas pessoas mas, comigo não.
Eu não sou ministra da educação. Não ordeno e nem priorizo as despesas das escolas e nem posso obrigar o filho do vizinho a freqüentar as salas de aula.
A minha parte eu já venho fazendo desde os 11 anos de idade, quando comecei a trabalhar na roça para ajudar meus pais no sustento da família.
Trabalhei muito e, te garanto, TRABALHO NÃO MATA NINGUEM ! Muito pelo contrário, faz bem !
Estudei na escola da zona rural, fiz Supletivo, estudei à distância e muito antes de ser jornalista e publicitária eu já era uma micro- empresária.
Didi, talvez você não tenha noção do quanto o GOVERNO FEDERAL tira do nosso suor para manter a saúde, a educação, a segurança e tudo o mais que o povo brasileiro precisa.
Os impostos são muito altos ! Sem falar dos Impostos embutidos em cada alimento e em cada produto ou serviço que preciso comprar para o sustento e sobrevivência da minha família.
Eu pago pela educação duas vezes : pago pela educação na escola pública, através dos impostos, e na escola particular, mensalmente, PORQUE SOMENTE A ESCOLA PÚBLICA NÃO ATENDE COM ENSINO DE QUALIDADE QUE, ACREDITO, MEUS DOIS FILHOS MERECEM !!!
Não acho louvável recorrer à sociedade para resolver um problema que nem deveria existir, pelo volume de dinheiro arrecadado em nome da educação e de tantos outros problemas sociais !
O que está acontecendo, meu caro Didi, é que os administradores dessa dinheirama toda não veêm aeducação como prioridade !
PARA ÊLES, A EDUCAÇÃO LHES RETIRA A SUBSERVIÊNCIA E ÊSSE FATO, POR SI SÓ, NÃO INTERESSA AOS POLÍTICOS QUE ESTÃO NO PODER. POR ISSO, O DINHEIRO ESTÁ SAINDO PELO RALO; ESTÃO JOGANDO FORA , OU APLICANDO MUITO MAL !!!
Para você ter uma idéia, na minha cidade cada alimentação de um presidiário custa para os cofres públicos R$ 8,82 (oito reais e oitenta e dois centavos), enquanto que a merenda de uma criança na escola pública custa R$ 0,20 (vinte centavos) !!! O governo precisa rever suas prioridades, você não concorda ? Você pode ajudar a mudar isso ! Não acha ?
Você diz em sua carta que não dá para aceitar que um brasileiro se torne adulto sem compreender um texto simples ou conseguir fazer uma conta de matemática. Concordo com você !
É por isso que sua carta não deveria ser endereçada à minha pessoa. Deveria ser endereçada a Presidente da República !!!
Ela é " a cara " !!! Êla é quem tem a chave do cofre e a vontade política para aplicar os recursos !
Eu e mais milhares de pessoas só colocamos o dinheiro lá para que ele faça o que for correto e necessário para melhorar a qualidade de vida das pessoas do país, sem nenhum tipo de distinção ou discriminação. MAS, NÃO É O QUE ACONTECE !!!
No último parágrafo da sua carta, você joga, mais uma vez, a responsabilidade para cima de mim, dizendo que as crianças precisam da "minha doação" e que a "minha doação" faz toda a diferença...
Lamento discordar de você, Didi !!! Com o valor da doação mínima de R$ 15,00(quinze reais) eu posso comprar 12 quilos de arroz para alimentar minha família por um mês, ou posso comprar pão para o café da manhã para 10 dias..... !!!
Didi, você pode até me chamar de muquirana, não me importo, mas, R$ 15,00(quinze reais) eu não vou doar ! Minha doação mensal já é muito grande. Se você não sabe, eu faço doações mensais de 27,5% de tudo o que ganho !!!
Isso significa que o governo leva mais de um terço de tudo que eu recebo e posso te garantir que essa grana, se ficasse comigo, seria muito melhor aplicada na qualidade de vida da minha família !
Você sabia que para pagar os impostos eu tenho que dizer NÃO para quase tudo que meus filhos querem ou precisam ? Meu filho de 12 anos quer praticar tênis e eu não posso pagar as aulas que são caras demais para nosso padrão de vida. Você acha isso justo ? Acredito que não. Você é um homem de bom-senso e saberá entender os meus motivos para não colaborar com sua campanha pela educação brasileira.
Outra coisa Didi, MANDE UMA CARTA PARA A PRESIDENTE "DILMA" pedindo para ela selecionar melhor os ministros e também os professores das escolas públicas ! Só escolher quem, de fato, tem vocação para ser ministro e para o ensino.
Melhorar os salários daqueles profissionais também funciona para que êles tomem gosto pela profissão e vistam, de fato, a camisa da educação ! Peça para êle, também, fazer escolas de horário integral, escolas em que as crianças possam, além de ler, escrever e fazer contas, possam desenvolver dons artísticos, esportivos e habilidades profissionais. Dinheiro para isso está sobrando sim ! Diga para êle priorizar a educação e utilizar melhor os recursos.
Bem, você assina suas cartas com o pomposo título de Embaixador Especial do Unicef para Crianças Brasileiras e eu vou me despedindo assinando... Eliane Sinhasique - Mantenedora Principal dos Dois Filhos que Pari !!!
P.S.: Não me mande outra carta pedindo dinheiro. Se você mandar, serei obrigada a ser mal-educada: vou rasgá-la antes de abrir.
PS2* Aos otários que doaram para o criança esperança, fiquem sabendo : AS ORGANIZAÇÕES GLOBO ENTREGAM TODO O DINHEIRO ARRECADADO À UNICEF E RECEBEM UM RECIBO DO VALOR PARA DEDUÇÃO DO SEU IMPOSTO DE RENDA !!!
Para vocês a Rede Globo anuncia: essa doação não poderá ser deduzida do seu imposto de renda !
PORQUÊ É ELA QUEM O FAZ !!!
PS3* E O DINHEIRO DA CPMF QUE PAGAMOS DURANTE 11(ONZE) ANOS?
MELHOROU ALGUMA COISA NA EDUCAÇÃO E NA SAÚDE DURANTE ESSES ANOS?
BRASILEIROS PATRIOTAS (e feitos de idiotas) !!!DIVULGUEM ESSA REVOLTA....
isto deveria chegar a Brasilia, não acha ???

domingo, 21 de agosto de 2011

Brasil derrota Portugal por 3-2 e conquista o Mundial Sub-20 (AFP) – Há 16 horas BOGOTÁ — O Brasil conquistou no início da madrugada deste domingo o pentacampeonato mundial da categoria Sub-20 de futebol ao derrotar no estádio El Campín de Bogotá a seleção portuguesa por 3-2 em um grande jogo, que teve como grande herói brasileiro o atacante Oscar, autor dos três gols do título. No confronto, que terminou empatado em 2-2 nos 90 minutos regulamentares, o jogador do Internacional de Porto Alegre marcou aos 5 do primeiro tempo, aos 33 da segunda etapa e aos 6 do segundo tempo da prorrogação, enquanto que os portugueses Alex e Nelson Oliveira marcaram os gols dos vice-campeões aos 9 de jogo e aos 14 do segundo tempo, respectivamente. O Brasil soma a conquista na Colômbia aos seus títulos em México-1983, União Soviética-1985, Austrália-1993 e Emirados Árabes Unidos-2003. Portugal, campeão na Arábia Saudita-1989 e jogando em casa em 1991, não conseguiu chegar ao tri. Os brasileiros começaram a desenhar a vitória aos cinco minutos com um gol de Oscar, que acabou com a invencibilidade do goleiro Mika em uma cobrança de falta sofrida por Casemiro. O volante colorado chutou e a bola desviou levemente na cabeça de um português. Os lusitanos reagiram rapidamente e aos nove minutos igualaram o marcador com um gol de Alex, após receber um passe açucarado de Nelson Oliveira, que avançou com velocidade pelo lado direito. Uma jogada parecida ocorreu no segundo tempo aos 14 minutos, quando o lusitano avançou pela direita passando pelo Juan em um contra-ataque e virou para 2-1 com um chute quase sem ângulo, que o goleiro Gabriel aceitou, deixando a bola passar embaixo do seu corpo. Mas Oscar voltou a aparecer aos 33 minutos da etapa complementar para empatar novamente em 2-2 ao arrematar uma bola que Mika soltou para o meio da área, após uma finalização do incansável Dudu. O Brasil fez o 3-2 graças à categoria misturada com uma boa dose de sorte do iluminado Oscar, que aos 6 minutos do segundo tempo da prorrogação encobriu Mika de longe em um disparo da direita. O jogo diante de cerca de 36.000 torcedores foi incrivelmente disputado, com grande chances de gol para ambos os lados. O habilidoso Nelson Oliveira levava sempre muito perigo à meta de Gabriel, mas os brasileiros chegavam com força com o artilheiro da noite, Oscar, e com Dudu. Aos 44 do primeiro tempo, Juan acertou uma bomba que passou muito perto do gol de Mika, que se manteve imbatível por 575 minutos. Aos 9 do segundo tempo, foi a vez de Nelson Oliveira acertar um chutaço de fora da área, que Gabriel defendeu bem. Dudu deixou escapar uma grande chance aos 26 da segunda etapa ao não chegar a tempo para concluir um cruzamento da esquerda. Já no final da prorrogação, o artilheiro Henrique, que terminou a competição com cinco gols, perdeu um gol cara a cara, após receber uma grande bola de Dudu em um contra-ataque brasileiro. Em sua caminhada, o Brasil de Ney Franco empatou com o Egito (1-1) e derrotou Áustria (3-0) e Panamá (4-0) na primeira fase. Venceu a Arábia Saudita (3-0) nas oitavas de final e a Espanha nas quartas (4-2 nos pênaltis após 1-1 nos 90 minutos e 2-2 na prorrogação) e o México (2-0) nas semifinais

sábado, 20 de agosto de 2011

Mundial Sub-20 Colombia 2011 Mundial Sub-20 Colombia 2011

La selección colombiana no consiguió llegar la última jornada del Mundial Sub 20 de fútbol, pero eso no significa que el país no se esté jugando nada en la final de este sábado.

Mientras Brasil y Portugal se enfrenten por el título, el país anfitrión hará todo lo posible para que el cierre del torneo confirme la excelente impresión que Colombia ha causado entre jugadores, periodistas y visitantes.

"Definitivamente Colombia hizo un mundial al nivel de las grandes competiciones de la FIFA", dijo el viernes el presidente de la Federación Internacional de Fútbol Asociado, Sepp Blatter.

"Confirmo que, efectivamente, a la fecha, este es el mejor (Mundial Sub 20 de la historia)", dijo por su parte el presidente del comité organizador, Rafael Salguero.

Y para un país obsesionado por reparar una imagen dañada por un conflicto armado de décadas y por el flagelo del narcotráfico, un torneo exitoso no podía ser más importante.

De hecho, en Colombia muchos todavía no superan la decepción causada por la decisión del presidente Belisario Betancourt de renunciar, en 1982, a la organización del Mundial de mayores de 1986, que eventualmente tuvo lugar en México.

Betancourt estimó en ese momento que el país tenía otras prioridades, y Colombia se consoló con el premio Nobel de Literatura otorgado poco antes a Gabriel García Márquez y con la idea de que ya se presentarían nuevas oportunidades.

La intensificación del conflicto armado y de la violencia asociada al narcotráfico, sin embargo, pronto hicieron que esa posibilidad se volviera impensable.

Y la organización, casi tres décadas más tarde, de la competencia que según Sepp Blatter es "la segunda en importancia de la FIFA", es un poderoso testimonio de lo mucho que han cambiado las cosas en el país en los últimos diez años.

Vitrina al mundo

Colombia espera además que el Mundial Sub 20 le ayude a hacer que el mundo reconozca esos cambios.

"Me encantó (que Colombia fuera sede del Mundial), porque eso atrae muchos extranjeros", le dijo a BBC Mundo Shirley Flores, una bogotana de 33 años.

"La imagen que tenemos en el extranjero no es la mejor, pero así pueden ver el don de gentes que tienen los colombianos", agregó.

En términos similares se expresó Juan Rodríguez, de 62 años, a pesar de que no le gusta el fútbol.

"Así se dan cuenta de que no somos tan violentos, tan pobres, y que tenemos gente que sirve para todo", afirmó.

Y a juzgar por la experiencia de David Novo, periodista del diario deportivo Record de Portugal, la estrategia parece estar funcionando.

"Antes tenía la idea de que era un país con poca seguridad, pero cambié de idea totalmente", le dijo a BBC Mundo después de la conferencia de prensa de Sepp Blatter.

"He visto mucha seguridad y pude comprobar que es un país muy hospitalario. Sólo tengo cosas buenas que decir del país. Voy a recomendar que las personas vengan a Colombia", afirmó.

Y algo parecido le ocurrió a Carlo Pizzigoni, quien llegó a Colombia para cubrir el torneo para la revista Il Guerin Sportivo y para el canal de televisión Sky Italia.

"Francamente tenía muchos prejuicios. Pero ninguno sobrevivió a este viaje. El torneo estuvo muy bien organizado y me sentí muy a gusto con la gente, pues todos son muy amables".

Legado

Obviamente, el nivel de exposición que garantiza un Mundial Sub 20 no se puede comparar con el que genera el torneo de mayores.

Mientras este último es visto en todo el mundo, los mundiales juveniles atraen sobre todo a los estudiosos del fútbol -interesados en conocer a las estrellas del mañana- y a los fanáticos de los países participantes.

E incluso en este caso, el nivel de atención por lo general está supeditado a los resultados.

"Ahora como estamos en la final le dan más importancia, pero al inicio en Portugal no creían mucho en la selección, entonces empezamos con una cobertura un poco más sencilla", le dijo a BBC Mundo Novo.

"Pero con los buenos resultados ahora hay un gran entusiasmo", explicó.

Aún así, el impacto sobre la imagen de Colombia en el extranjero probablemente será la principal herencia de un Mundial que también se tradujo en un pequeño aumento en el número de turistas.

Según las autoridades migratorias, entre el 10 de julio y el 15 de agosto ingresaron a Colombia 73.681 nacionales de los países participantes, lo que representa un aumento de 11,58% con relación al mismo periodo el año pasado.

Y el legado mundialista también incluye ocho estadios completamente remodelados, que hasta antes de la final habían recibido a más de 1,2 millones de fanáticos, para romper el récord histórico de asistencia de los Mundiales Sub 20.

Las instalaciones comparten además una característica impensable hace algunos años: carecen de vallas para separar a los espectadores del terreno de juego.

Es, tal vez, sólo un pequeño detalle.

Pero también un buen símbolo de cómo Colombia está cambiando

El Amazonas

El gran río de los mitos

WILLIAM OSPINA 20/08/2011

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En las novelas que transcurren en el Amazonas la tierra no es paisaje, sino el personaje más poderoso. A los 500 años del nacimiento de Francisco de Orellana, su descubridor, recorremos su cuenca como inspiración para escritores, pintores, músicos y cineastas

La literatura del mundo amazónico ha sido en cinco siglos un largo diálogo de mitologías. Las que concibieron en centenares de lenguas los diez millones de nativos que habitaban sus orillas a la llegada de los europeos, y las que aportaron el español y el portugués, que se consolidaban entonces y que con la aventura americana se convirtieron en grandes lenguas planetarias. Hay que leer El hablador, de Mario Vargas Llosa, o Macunaíma, de Mario de Andrade, para sentir la complejidad de los mitos indígenas y el modo libre, audaz y conmovedor como la sensibilidad mestiza los interroga y los transforma en inquietantes parábolas de la modernidad. "Una lengua", escribió Jorge Luis Borges, "es una tradición, un modo de sentir la realidad, no un arbitrario repertorio de símbolos". Los mayores idiomas nativos de la región son el ticuna, el shipibo-conibo, el guahibo y el warao, pero, aunque decrecientes en términos demográficos, ahí están el tupí-guaraní, el mbyá, el kaiwá, el pai tavytera, el chiripá, el omagua, el ñengatú, las lenguas boras como el muinane y el miraña, y las huitoto como el ocaina, el nipode, el meneca, el murui, el nonuya y el coixoma.

"Las poblaciones y lenguas del río llegaron del mar. Lo narran los distintos pueblos en el mito compartido de las grandes anacondas"

Innumerables son las recopilaciones que se han hecho de tradiciones, relatos, mitos y sueños indígenas, pero podemos mencionar Los piros, relatos recopilados en el Perú por el sacerdote español Ricardo Álvarez en 1960; los Mitos e historias aguarunas, recopilados por José Jordana Laguna en 1974; La verdadera biblia de los cashinahuas, cuentos recopilados por el antropólogo francés André Marcel d'Ans en 1975, que ha sido llamada "Las mil y una noches del mundo indígena amazónico"; El universo sagrado, recopilado y reelaborado por Luis Urteaga Cabrera, de Cajamarca, quien convivió diez años con los indígenas shipibos; y las recopilaciones Yaunchuck I y II que recoge la literatura oral de los jíbaros huambisa, publicadas en 1994.

En la región brasileña y venezolana, el etnógrafo alemán Koch-Gruneberg recogió las leyendas e historias de los indígenas taulipangues y arecunás, que dieron a conocer un mundo rico de imaginación y de conocimientos e inspiraron en Brasil a Mario de Andrade, en una semana inolvidable de 1928, su novela Macunaíma. Es una rapsodia que mezcla el espíritu de los romances medievales y la atmósfera de las ciudades fantásticas con el ritmo de la novela picaresca para producir una de las grandes fusiones literarias contemporáneas. Su decurso es ejemplar por los rumbos que abre para la imaginación: el héroe Macunaíma, de la tribu de los tapanhumas, vence a Cí, la reina de las amazonas, la convierte en su esposa, y se apodera de la Muiraquitá, la piedra en forma de caimán que da la felicidad. Un traficante de São Paulo, Venceslau Pietro Pietra (que es en realidad el monstruoso gigante Piaimá), roba el talismán y hace que Macunaíma y sus hermanos Maanepe y Jiqué vayan a la ciudad a buscarlo y allí lo derroten. El héroe recupera el talismán, pero al volver no encuentra ya su aldea, que ha sido devastada. Le cuenta toda su historia a un papagayo, antes de convertirse en una de las estrellas de la Osa Mayor, y el narrador confiesa al final que es aquel papagayo quien se la ha contado.

Ya el nombre del Amazonas logra ser testimonio suficiente de esa tradición de desplazamientos míticos. Que unas mujeres guerreras de Tracia o de Mitilene, que lucharon con Aquiles y con los centauros, hayan terminado dando su nombre al otro lado del mar al mayor río del planeta es indicio suficiente de cómo desde hace cinco siglos se funden nuestros símbolos, de cómo se condensan en nuevos relatos y metáforas las memorias de dos hemisferios incomunicados por treinta mil años.

La selva es un laberinto insondable, pero el río es un camino abierto, una inmensa vía de comunicación que unió desde siempre a los pueblos de la cuenca, y comunicó al mundo del Caribe con las regiones andinas. Las poblaciones y las lenguas del río llegaron del mar, y así lo narran los distintos pueblos en el mito compartido de las grandes anacondas que entraron por la desembocadura y remontaron los cauces de agua.

Esta inmensa cuenca que hoy se reparten ocho países es un gran país en sí misma, el mayor sistema de aguas dulces del planeta, y es comprensible que en el Amazonas todo sea superlativo: sus mil tributarios, su extensión, su caudal, el territorio que abarca y la selva que nutre. La cantidad de agua que mueve es una suerte de océano circulante; porque es una décima parte del mundo que contiene sin embargo la mitad de su patrimonio biológico.

Grandes hechos de la historia suelen ser inesperados y pasar casi inadvertidos. Fray Gaspar de Carvajal no se habría atrevido a compararse con los altos autores del Siglo de Oro español, pero es hoy el símbolo de la curiosidad con que la lengua española registró el descubrimiento del río más largo y caudaloso del mundo y de la selva que lo ciñe. Fray Gaspar no era un literato; sólo su afición a registrar todo lo que ocurría lo convirtió en cronista accidental de una expedición fabulosa, la de Gonzalo Pizarro en busca del País de la Canela más allá de los montes nevados de Quito. Los infinitos caneleros no existían, y en vez de un bosque rojo de una sola especie los viajeros encontraron la selva amazónica, la mayor variedad de plantas del mundo, pero en aquellos tiempos esa no era una buena noticia: necesitaban oro, metálico o vegetal, y lo necesitaban enseguida.

Orellana fue desde entonces uno de los personajes de la literatura amazónica, y su carácter ha oscilado en las letras entre el héroe abnegado y sutil, conocedor de lenguas y gran caudillo de hombres del relato de Carvajal, hasta el villano que premeditadamente traiciona a Pizarro y huye con el barco de la expedición llevándose cien mil pesos de oro, la paga de los soldados, y las piedras preciosas que habían obtenido por las montañas, en crónicas como la Historia del reino de Quito de Juan de Velasco.

Veinte años después del viaje de Orellana vino la expedición al Amazonas de Pedro de Ursúa, que dio origen al ciclo literario de Lope de Aguirre. El navarro Ursúa, quien había guerreado diez años en tierras de lo que hoy es Colombia, intentó en 1561 repetir la aventura de Orellana y buscar el país del hombre de oro, pero cometió dos errores, llevarse en su expedición a la mujer más bella del Perú, la mestiza Inés de Atienza, con sus doncellas, y reclutar, entre otros villanos, a Lope de Aguirre, quien encabezó la sublevación que dio muerte a los dos amantes, se apoderó de la expedición, hizo un viaje sanguinario, y provocó libros como La aventura equinoccial de Lope de Aguirre, de Ramón J. Sender; Lope de Aguirre, príncipe de la libertad, de Miguel Otero Silva; El camino de El Dorado, de Arturo Uslar Pietri; Los marañones de Ciro Bayo, y películas como Aguirre, la cólera de Dios, de Werner Herzog, o El Dorado, de Carlos Saura. Ursúa y Aguirre tuvieron sus cronistas: Francisco Vásquez, Pedrarias de Almesto, Toribio de Ortiguera, Custodio Hernández, Pedro de Munguía y Gonzalo de Zúñiga, quien también escribió un poema, La jornada del Marañón.

Algunos de estos episodios fueron versificados temprano en el poema más extenso de la lengua española, Elegías de varones ilustres de Indias, de Juan de Castellanos, la más vasta y ambiciosa crónica de la conquista americana, el poema que descubrió América para la poesía, y una de las obras más singulares de la literatura universal. De este gran poema se han nutrido por siglos cronistas e historiadores como fray Pedro Simón en sus Noticias historiales, y fray Pedro de Aguado, cuya reconstrucción del ciclo de Ursúa y Aguirre ocupa cuatrocientas páginas de su Recopilación historial. Existe también la obra inédita El Marañón, de Diego de Aguilar y Córdoba, 1578, y el Nuevo descubrimiento del Amazonas, 1641, de Cristóbal de Acuña.

Los ocho países de la cuenca tienen cada uno una notable literatura amazónica. Baste mencionar la novela Doña Bárbara (1929) de Rómulo Gallegos, cuyo tema no es la selva y el río, pero sí la lucha entre la fuerza incontrolable de la naturaleza y el esfuerzo humano por someterla a sus leyes. No es extraño que en su personaje central se sienta vagamente volver la leyenda de la amazona, dominadora de hombres. Un lugar destacado ocupa la novela La vorágine (1924), de José Eustasio Rivera, cuyo escenario sí es la selva, pero cuyo infierno son menos los laberintos vegetales que el horror de las caucherías donde las fuerzas del progreso masacraron a centenares de miles de indígenas. Larga es la lista de novelas, relatos y poemas que giran sobre el poder de la selva, pero el tema volvió renovado en La casa verde, de Mario Vargas Llosa, cuya prosa densa, abigarrada, cambiante, es como esa maraña en la que ocurren intempestivamente las cosas; donde formas, colores, temperaturas, aromas, seres, gestos y pensamientos se organizan y fluyen haciendo del lenguaje un tejido poderoso y orgánico. Hay en esta obra un esfuerzo evidente por lograr que la realidad de la selva se apodere del lenguaje, y allí, en vigoroso contrapunto, el río y la selva son lo sucesivo y lo simultáneo, lo uno y lo múltiple, lo homogéneo y lo diverso, lo que avanza hacia un fin y lo que siempre se repite, camino y laberinto, historia y mito.

Lo mismo puede decirse de la obra monumental de Euclides da Cunha, Los sertones, de 1902. Libros donde la tierra no es paisaje sino un personaje más poderoso que los otros, una fuerza que invade la lengua y le da su textura y su poder, de modo que lo que ocurre no puede separarse jamás de cómo ocurre. Novelas mestizas y mulatas como las de Faulkner, novelas río llenas de savia y sangre, de la vegetación macerada y los enigmas de la tierra fecunda, donde casi no alcanzan los tropos literarios de la tradición para dar cuenta de un mundo inabarcable, de fecundidad destructora.

Los sertones es la historia de cómo treinta mil hombres asediados por la sequía, maltratados por la pobreza y humillados por los señores, se atrincheraron en la región de Canudos y vivieron en comunidad esperando el fin del mundo bajo los sermones inspirados del predicador campesino Antonio Conselheiro, y fueron masacrados por el ejército de la joven república acusados de pretender restaurar la monarquía, cuando no eran más que pobres exaltados y místicos excluidos por una sociedad despiadada. Este mismo tema de la aventura de Conselheiro fue recreado en La guerra del fin del mundo, de Mario Vargas Llosa.

Ya el Amazonas no es sólo tema de historias locales sino escenario de una gran literatura mundial. Desde los primeros cronistas del siglo XVI, pasando por los misioneros del XVII, exploradores del XVIII y el XIX como Alejandro de Humboldt, que combinaron la curiosidad de la Ilustración con la pasión del Romanticismo, novelistas como Julio Verne, Ramón J. Sender y Hartzell Spence, hasta antropólogos, etnólogos, geógrafos y botánicos del siglo XX, como Wade Davis, autor de la monumental obra El río, el mundo amazónico se ha convertido en un gran tema de estudio y reflexión a medida que la degradación de la naturaleza planetaria y el cambio climático lo señalan como la gran reserva de respuestas para los desafíos de la época.

La Amazonia

- La cuenca se expande por Bolivia, Brasil, Colombia, Ecuador, Guyana, Guyana francesa, Perú, Suriname y Venezuela.

- Es el río más largo del mundo (6.800 kilómetros) -según las últimas mediciones- y más caudaloso (230.000 metros cúbicos por segundo).

- Proporciona la quinta parte de toda el agua dulce mundial, más que las del Misisipi, el Nilo y el Yangtze juntos. Cuenta con 1.100 ríos tributarios de importancia.

- Su área es de aproximadamente 7.989.000 kilómetros cuadrados, un 40% de la extensión de Sudamérica.

- Alberga la décima parte de todos los bosques del planeta.

Diario de la Amazonía. Roger Casement. Edición de Angus Mitchell y traducción de Sonia Fernández (Ediciones del Viento). Diario del Amazonas. Roger Casement. Traducción de Cristina Oñoro y Stella Ramos (Funambulista). William Ospina (Padua, Colombia-1954) ganó en 2009 el premio Rómulo Gallegos con El País de la Canela (Belacqua, 2009), segundo tomo de su trilogía sobre los viajes en el Amazonas del siglo XVI, que abrió con Ursúa y se completará con La serpiente sin ojos

Hugo Chávez

Norberto Ceressole, probablemente el primer asesor de medios y escritor del guion de la revolución bolivariana, perfiló el formato mediático de un albur neofascista. Una vez asaltados los medios de comunicación se establecería una relación íntima desde el poder entre Hugo Chávez y los demás a través de las pantallas, de las primeras planas de los periódicos y de la entonces incipiente Internet; se encuadraría el vínculo emocional entre el caudillo, el Ejército y el pueblo. El teniente coronel, protagonista de dos cruentas asonadas militares y un proceso electoral exitoso, asumiría la dirección y la actuación de una telenovela épica.

    Hugo Rafael Chávez Frías

    Hugo Chávez

    A FONDO

    Nacimiento:
    28-07-1954
    Lugar:
    Sabaneta

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En Caracas, se vive la atmósfera de las Bolsas, cada uno da su diagnóstico: próstata, intestino...

Antes de Hugo la verdad era la primera víctima del poder absoluto; ahora, la aceptación de la mentira

Innumerable han sido los capítulos. En solo una década se transmitieron 1995 cadenas de radio y televisión. La revolución venezolana no tuvo una entrada triunfal en Caracas ni asaltó el Cuartel de Invierno de los Romanov. La gesta popular desde un primer momento se expresó en vivo y en directo en un estudio abierto y se le encuadró para la emisión de un espectáculo eterno; escena tras escena. La revolución bonita gana las mediciones y aviva la dialéctica melodramática entre individualidades, partidos políticos, religiosos, dueños de medios, empresarios, jefes de Estado, amas de casa, militares, actores y directores de Hollywood -Sean Penn, Oliver Stone, Danny Glover, etcétera-, y con esa entelequia llamada pueblo. Todos caben en lo que comienza a llamarse el gran culebrón bolivariano.

Podrían resaltarse algunos de sus célebres capítulos: La Constituyente. Los hermanos traidores. El golpe. El regreso. La huelga. Estás despedido. Militares en la plaza. Fidel y el mar de la felicidad. Referéndum. ¿Fraude? Bonanza. Irán y yo. Aquí huele a azufre. Plebiscito.

El encuadre más reciente lleva por nombre Cáncer.

Exterior día: el presidente sale de gira, se despide a las puertas de su avión, agita su inmensa humanidad ante las cámaras. Segundo encuadre: viaje por Sudamérica. Tercer encuadre: corta escala en La Habana para saludar a Fidel.

Mientras, lejos de las cámaras: Venezuela está sumida en una desproporcionada crisis de electricidad, desabastecimiento. Crímenes violentos y motines en las cárceles.

Argumento en La Habana: la visita de unas horas se convierte en la desaparición del héroe. Los ministros van a La Habana y regresan a Caracas, no ocultan un sesgo de preocupación, a alguien se le escapa la palabra enfermedad. El ministro de Información niega el rumor en las redes sociales: "Chávez está como una uva". Basta la afirmación anterior para que del murmullo noticioso sobre su salud replique caótica-mente. Unos diputados del partido de Gobierno lo admiten, otros lo niegan.

La primera verdad: Fidel da un parte; el presidente comandante ha sido operado de urgencia de un absceso pélvico. Con oportunidad se filtra desde la nada la palabra cáncer y borbotea por todas las grietas del show nacional. Se vive la atmósfera de una casa de Bolsa. Cada quien le juega a su diagnóstico: próstata, intestino; metástasis.

Apertura de inciso dramático: desmentido oficial. El presidente está sano. Se exige un parte médico en medio de una estampida reactiva. El ámbito oficial mantiene la ambigüedad, pero deja entrever una disputa por la sucesión. Adán, el hermano del presidente, llama a una lucha que trascienda el terreno electoral; la oposición señala un vacío de poder y reclama apego a la Constitución; el país hace aguas como si nada, escasez, inseguridad, lo de siempre como telón de fondo.

Segunda verdad y prognosis: Fidel aparece de nuevo en escena y sentencia: Hugo Chávez tiene un cáncer y vencerá. La exaltación es general, nadie desea quedarse sin opinar, todas las plataformas mediáticas se activan. Los entusiastas dicen que por primera vez en muchos años el país se atreve a pensar en una realidad sin Chávez. Los encuestadores sostienen que la ausencia mediática del presidente lo dañará irremisiblemente. (Aparte: Venezuela arde).

Tercera verdad: aparece Hugo Chávez. Poco queda de aquel corpulento y entusiasta comandante. Ha perdido kilos y está demacrado. Viste chándal como su mentor; reconoce estar librando una batalla contra la terrible enfermedad. El hombre que clamaba socialismo o muerte, a pesar de sus circunstancias puntualiza que la consigna es la vida. ¡Viviré; viviremos! (Compasión Unánime).

Tras un corto periodo de incertidumbre, de alzas y bajas en los rumores, se rompe la unanimidad compasiva y Venezuela acusa malestar al sentir a La Habana como nuevo asiento del poder. Fidel sorprende y declara: Chávez les va a dar una sorpresa a los venezolanos. El presidente Chávez arriba al aeropuerto Simón Bolívar en horas de la madrugada, allí lo espera una multitud de cámaras y micrófonos, se dirige al Balcón del Pueblo en el palacio presidencial donde es televisado ante las multitudes y cuenta su verdad. En su narrativa hará coincidir cada momento crucial de su lucha por la vida con los eventos bicentenarios de la independencia, superpondrá una simbología individual a las claves de la emancipación.

Enflaquecido pero enérgico cuenta cómo el 24 de junio, día de la batalla de Carabobo, él libraba en el quirófano la batalla por su vida; el 5 de julio, día de la firma del acta de la independencia, manifiesta su necesidad de vivir en el poder hasta el 2031, porque la revolución apenas ha comenzado. Sustituye consignas y cuestiona al color rojo como único símbolo de su revolución. Las tres fases de su proceso de sanación coinciden con las fases de la consolidación del proceso liberador que dirige. Como Bolívar en Pativilca ha decidido levantarse y vencer. La multitud grita: ¡descanse presidente! Los ministros lloran, las celebraciones bicentenarias de la Independencia comienzan, pero desaparece la emancipación como figura central del espectáculo. Las cámaras se centran en registrar las procesiones marciales, épicas, los holocaustos nacionalistas, las recreaciones de los grandes momentos de la patria en torno a la figura de un Bolívar reencarnado en las contiendas del comandante Hugo Chávez en contra de su mal.

Regresa a La Habana a recibir una dosis de quimioterapia. Héroes y villanos sacan sus cuentas. Al regresar declara que Fidel le dijo, "chico, ya tú no tienes nada, te vas a salvar". (Ovación). "Fui escaneado por un aparato espectacular y no se me encontró ni una célula maligna" (más ovaciones). Desde ese momento retoma los medios (¿alguna vez los abandonó?). A través de cadena nacional de medios de comunicación realizará sus ejercicios, tomará sus píldoras a mitad de unas letanías piadosas, muestra su espíritu de lucha atacando la unidad de los opositores: reta al imperialismo, promueve la lucha contra el sectarismo, tiende puentes a la clase media y fractura la lógica de sus aduladores: "Me han obligado a vestirme de rojo y eso es sospechoso". La audiencia recibe una nueva, está "botando" el cabello. Dos secuencias adelante, aparece rapado y le coquetea al imperio su nuevo look.

Cáncer se convierte en una pésima telenovela de alto rating universal.

Una revolución menesterosa de épica muestra los apuros de su caudillo. Su lucha contra la oligarquía, los golpes, un cólico, el imperio y ahora la olímpica contienda contra una enfermedad terminal. El arte enfermo de gobernar. El gobernante confunde el yo social consigo mismo, se convierte en el creador de la realidad. Quiebra la razón, rompe los pactos de verosimilitud sin consecuencias de aceptación. Deja de importar la verdad e interesa lo que acontece en torno a una verdad suspendida, una verdad que nunca se sabrá, una verdad, indefinible, pospuesta. Hugo Chávez ha agregado técnicas a la manipulación e integración de los mensajes: el caudillo cabalga sobre las nuevas plataformas comunicacionales, fractura el lóbulo frontal de su audiencia e inyecta el suspenso emocional en las zonas límbicas del cerebro colectivo.

Aún quedan por vivirse muchos capítulos del teleculebrón. Vendrán nuevas sesiones de quimioterapia y tardes en La Habana junto a Fidel; ambos considerarán el montaje de una agonía gloriosa, comentarán a Nietzsche y acariciarán la idea del renacimiento de Zaratustra. Antes de Hugo, la verdad era la primera víctima del poder absoluto, ahora él ha movido paradigma, la finalidad del melodrama ya no será la revelación de una verdad sino la aceptación de la mentira. La verdad subyacerá como un detalle mientras existan un guionista y un actor diestro para banalizarla y dispersarla en miles de farsas.

Israel Centeno es escritor venezolano.