segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A Pátria é a familia amplificada

O sentimento que divide, inimiza, retalia, detrai, amaldiçoa, persegue, não será jamais o da pátria. A Pátria é a família amplificada.

E a família, divinamente constituída, tem por elementos orgânicos a honra, a disciplina, a fidelidade, a benquerença, o sacrifício. É uma harmonia instintiva de vontades, uma desestudada permuta de abnegações, um tecido vivente de almas entrelaçadas. Multiplicai a célula, e tendes o organismo.

Multiplicai a família, e tereis a pátria. Sempre o mesmo plasma, a mesma substância nervosa, a mesma circulação sangüínea. Os homens não inventaram, antes adulteraram a fraternidade, de que Cristo lhes dera a fórmula sublime, ensinando-os a se amarem uns aos outros: “Diliges proximum turum sicut ipsum”.

Dilatai a fraternidade cristã, e chegareis das afeições individuais às solidariedades coletivas, da família à nação, da nação à humanidade. Objetar-me-eis com a guerra!

Eu vos respondo com o arbitramento. O porvir é assaz vasto para comportar esta grande esperança. Ainda entre as nações, independentes, soberanas, o dever dos deveres está em respeitar nas outras os direitos da massa.

Aplicai-o agora dentro das raias desta: é o mesmo resultado; benqueiramo-nos uns aos outros, como nos queremos a nós mesmos. Se o casal do nosso vizinho cresce, enrica e pompeia, não nos amofine a ventura, de que não compartimos. Bendigamos, antes, na rapidez de sua medrança, no lustre da sua opulência, o avulsar da riqueza nacional, que se não pode compor da miséria de todos.

Por mais que os sucessos nos elevem, nos comícios, no foro, no parlamento, na administração, aprendamos a considerar no poder um instrumento de defesa comum, a agradecer nas oposições as válvulas essenciais da segurança da segurança da ordem, a sentir no conflito dos antagonismos descobertos a melhor garantia da nossa moralidade.

Não chamemos jamais de inimigos da pátria aos nossos contendores. Não averbemos jamais de traidores à pátria os nossos adversários mais irredutíveis.

A pátria não é ninguém: são todos; e cada qual tem no seio dela o mesmo direito à idéia, à palavra, à associação.

A pátria não é um sistema, nem é uma seita, nem um monopólio, nenhuma forma de governo: é o céu, o solo, o povo, tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade. Os que a servem são os que não invejam, os que não inflamam, os que não conspiram, os que não sublevam, os que não desalentam, os que não emudecem, os que não se acobardam, mas resistem, mas ensinam, mas esforçam, mas pacificam, mas discutem, mas praticam a justiça, a admiração, o entusiasmo. Porque todos os sentimentos grandes são benignos e residem originariamente no amor. No próprio patriotismo armado o mais difícil da vocação, e a sua dignidade não está no matar, mas morrer. A guerra, legitimamente, não pode ser o extermínio, nem a ambição: é, simplesmente, a defesa. Além desses limites, seria um flagelo bárbaro, que o patriotismo repudia.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Motivos Das Navegações Portuguesas

Portugal logo percebeu que o seu futuro não estava no comércio terrestre, obstruído pela Espanha - em luta contra os árabes e governada por um inimigo, o Mediterrâneo se achava inteiramente dominado pelos italianos (venezianos e genoveses), que monopolizam o comércio das especiarias com os árabes, ampliando sempre mais suas rotas marítimas e terrestres, na distribuição dos produtos orientais. Os portos lusitanos, entre os quais Sagres, Lisboa e Porto, simplesmente tornava-se escala importantes das expedições marítimas quer realizam o tráfico das especiarias orientais entre o Mediterrâneo e o Norte da Europa. Para Portugal só restavam os caminhos do mar. Somente vencendo a barreira do Atlântico poderia expandir seu comércio. A saída natural para o avanço do comércio marítimo lusitano seria a exploração da Costa Africana mais próxima, onde se encontravam algumas cidades árabes de importância comercial, entre as quais sobressai a cidade de Ceuta, cidade do norte africano, em frente a Gibraltar, seria o primeiro trampolim: abriria aos portugueses as portas do Mediterrâneo. Em 1415, Ceuta foi vencida, Tânger, Arzila e Alcácer, novas conquistas portuguesa no litoral africano. Sua importância comercial era o marfim, ouro e escravo. Mas a África era apenas o começo. A verdadeira riqueza estava nas Índias, de onde vinham, além de ricas sedas e brocados, as especiarias: pimenta, canela, cravo, gengibre, noz-moscada, essenciais para o sabor e conservação dos alimentos. Tudo isso rendia um bom dinheiro aos mercadores árabes que as forneciam e às cidades italianas que as negociavam com o resto da Europa.Em 1453, os turcos penetram na Europa, tomam Constantinopla, e avançam até Alexandria e bloqueiam todo o comércio das especiarias, com o rompimento das linhas de abastecimento, surge a crise no mercado europeu. Impõe-se, com urgência descobrir um novo caminho para o Oriente. Para dominar esse rico mercado das especiarias e eliminar os intermediários muçulmanos, passa a ser o grande alvo da expansão marítima portuguesa. E o jeito era descobrir um caminho direto para chegar as Índias.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

O ALFABETO ROMANO DEPOIS DO LATIM

A EXPANSÃO DAS LÍNGUAS LATINAS
A forma misturada de dizer o nome das letras em latim passou, mais tarde, para as línguas neolatinas, como o português. Essa mudança alterou, em parte, o princípio acrofônico. Posteriormente, com a introdução de novas letras, o princípio acrofônico nem sempre foi respeitado. Assim a letras H, que os romanos chamavam de adspiratio, passou a se chamar agá em português. Desde sua origem mais remota, ela tem sido usada como uma espécie de “curinga”, representando sons diversos ou, mais freqüentemente, modificando o valor fonético da letra anterior e formando dígrafos. A letra W, em Portugal chamada A Origem do Alfabeto Luiz Carlos Cagliari 7 de “duplo vê” e no Brasil de “dábliu”, já aparece em documentos insulares em 692 e veio, como o nome português indica, da escrita de dois V. Sua difusão deve-se ao extenso uso que teve em manuscritos da Alemanha nos séculos XI e XII. No século XVII, passou a representar uma consoante diferente, tornandose assim uma letra a mais no alfabeto. A letra J é também uma invenção da Idade Média. Surgiu quando os escribas perceberam que, escrevendo dois ii góticos juntos, pareciam estar escrevendo um H. Para distinguir os dois casos, o segundo I da seqüência passou a ser grafado com uma pequena curva virada para a esquerda, originandose assim a letra J. O pingo do J começou a aparecer no século XIV, tornando essa letra mais fácil de ser reconhecida na escrita gótica. Foi Louis Meigret quem colocou no alfabeto francês o J como letra independente, em 1542. A escrita minúscula passou a ter a barra vertical do t aumentada, cortando a barra horizontal, em 1467. O alfabeto inglês antigo tinha duas letras novas, o thorn ð e o winn þ. A letra winn veio do alfabeto rúnico, também derivado do romano, e apareceu pela primeira vez num documento do ano de 811. A letra C representava o som inicial da palavra child, escrita cild. A letra S passou a ter duas formas gráficas: ƒ e S, e as duas formas amalgamadas aparecem na escrita alemã fracture como ß. A letra Ç surgiu na península Ibérica, quando as línguas neolatinas começavam a ser escritas, para representar o mesmo som grafado pelos antigos ingleses com as letras thorn e wynn. A forma gráfica mais antiga do Ç era um C com um pequeno Z subscrito. Algumas línguas procuraram modificar a forma gráfica básica de certas letras para obter novos caracteres e assim representar sons que não tinham letras próprias no alfabeto romano. O tcheco, por exemplo, incluiu letras como C C; o rumeno, T; o norueguês, Æ Ø; o sueco, Ä Å; o espanhol, Ñ etc. O uso dos acentos para diferenciar qualidades vocálicas diferentes em português vem da influência árabe e já aparece no português arcaico. Convém lembrar também que os alfabetos de algumas línguas deixaram de lado certas letras do alfabeto romano. O italiano não possui as letras J, K, W, X e Y. O iorubá não tem as letras C, Q, V e Z. Finalmente, as letras do alfabeto romano foram assumindo estilos diferentes, com a produção de livros manuscritos e, sobretudo, depois do surgimento das tipografias (1456). A forma gráfica das letras foi se modificando criando-se, assim, novos alfabetos. A escrita monumental romana deu origem às letras de forma maiúsculas e a escrita carolíngia deu origem às letras de forma minúsculas, no século IX. No século XII, surgiram as letras góticas (ou pretas) e as escritas cursivas caligráficas. Folheando-se, hoje, uma página de jornal ou de revista, constatamos uma infinidade de alfabetos. Mas o princípio alfabético permanece constante: a ortografia define o valor funcional das letras, mesmo quando o aspecto gráfico vai gerando novos alfabetos que, por serem usados para transcrever uma mesma língua e valerem como substitutos do alfabeto romano primitivo (letras de forma maiúsculas), são, para nós, simples variantes de um mesmo alfabeto. Na verdade, no mundo de escrita em que vivemos, lidamos com inúmeros alfabetos, além de contarmos, ainda, com caracteres não alfabéticos, como os pictogramas modernos, a escrita A Origem do Alfabeto Luiz Carlos Cagliari 8 ideográfica dos números, das abreviaturas, siglas, logotipos e inúmeras marcas e sinais que completam o nosso sistema de escrita. O alfabeto, hoje, é apenas uma parte do sistema de escrita que usamos, mas as letras ainda são a parte mais importante deste sistema.

domingo, 16 de agosto de 2009

Uma flor preciosa

Aldeia natal de Eleutério Sousa
A Saudade me traz, de longe,
Devagar, bem de mansinho,
O perfume das flores da minha terra!...
....Ah!, que felicidade,
A ternura que se esconde
Num doce carinho
E o sentimento que nele se encerra!....
Das varandas da minha terra,
Por entre as flores,
Vislumbram-se o aconchego da paisagem
E a magia do céu profundo!...
Ao longe, o mar,
De um azul misterioso,
Que se dilui
Em lágrimas de Saudade....
...Os olhos, fitos no horizonte,
São os da minha terra;
Entre as flores,
Ela é a rainha,
Cujo perfume se sente,
Único, especial...
...É o perfume de saudades
De outrora,
Por quem meu coração chora....
Ah!, Que falta me faz
Meu torrão natal!...

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O ALFABETO ROMANO

Os etruscos instalaram-se no centro da Itália por volta do ano 1000 a.C. Uma das poucas coisas que se conhece deste povo é sua escrita, baseada no alfabeto grego. Por volta de 700 a.C., os etruscos começaram a escrever, adaptando à sua língua o alfabeto grego de 21 caracteres que, com o tempo, chegou a ter 26 letras. O documento mais antigo que deixaram é o Cippus Perusianus, do século V a.C. Aos etruscos sucederam os romanos. Roma foi fundada em 753 a.C. e desde sempre manteve vínculos com os gregos. A República Romana começou em 509 a.C. e, em 451 a.C., foi escrita a Lei das Doze Tábuas. A mais antiga inscrição conhecida em latim foi feita em bustrofedom e gravada na “Pedra Preta” do Fórum Romano, por volta do ano 600 a.C. Dos 26 caracteres etruscos, os romanos passaram a usar apenas 21 letras. Algumas sofreram modificações na forma gráfica e, sobretudo, no valor fonético. Depois que houve uma mudança fonética A Origem do Alfabeto Luiz Carlos Cagliari 6 significativa no latim, distinguindo fonemicamente os sons k e g, a letra C, que originariamente representava o g, passou a representar o k; a letra K, que representava o k, caiu em desuso e foi substituída pela letra C. Para representar, então, o som de g, os romanos passaram a anotar a letra C com uma pequena barra vertical na parte inferior, no final da curva, dando origem, assim, à letra G. A invenção do G foi atribuída a Spurius Carvilius Ruga (230 a.C.), Do ipsilon grego, os romanos ficaram apenas com a forma V, representando um segmento labial consonantal ou vocálico. Posteriormente, com a distinção fonêmica entre estas duas realizações, a letra V ficou para o segmento consonantal e a forma arredondada U para a vogal. A forma grega do Y limitou-se à escrita de palavras de origem grega. Alguns eruditos e até imperadores, como Cláudio, tentaram inventar letras para se tornarem famosos, mas nenhuma dessas tentativas deu certo. Os romanos usavam um diacrítico chamado apex para marcar vogais ou consoantes longas (geminadas). Tal uso não era, porém, obrigatório. Esse diacrítico era um acento ou uma vírgula sobre a letra: Í = ii, S = ss. A partir do século II torna-se mais comum o uso da compendia, ou seja, da ligadura para unir duas letras, como A+E – Æ, O + E – OE. As formas gráficas da escrita cursiva desenvolvida pelos romanos alteraram bastante as letras capitais de seus monumentos. Documentos com esse tipo de escrita, chamado pugillares, foram encontrados em Pompéia em 1875. Em 1973, muitas tabuinhas com a mesma forma de escrita foram descobertas no poço de um forte romano em Vindolândia, no norte da Inglaterra. Com o objetivo de seguir o princípio acrofônico já mencionado, os romanos modificavam os nomes das letras. Se a chave para a decifração das letras está em seus nomes, uma vez perdido totalmente o caráter icônico das formas gráficas, já não se precisava mais de nomes com significados especiais para as letras, como no alfabeto dos semitas. Por outro lado, não havia necessidade de adaptar esses nomes à língua, como fizeram os gregos. O mais prático era designar as letras por monossílabos iniciados com o som mais representativo de cada uma delas. Foi assim que as letras passaram a se chamar a, bê, cê, dê, etc. e o alfabeto passou a ter outro nome, em português: “abecê”. Na época de varrão (116-27 a.C.), havia duas maneiras de dizer os nomes de algumas letras: a antiga e uma nova, com um E inicial, seguindo-se o som da consoante, como em EF, EL, EM, EN, ER e ES.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

UM IMPASSE NA ESCRITA ALFABÉTICA

Alguns dos povos semitas, como os egípcios, os assírios e os babilônicos, tinham uma grande civilização e contaram com sistema de escrita próprios e bem estabelecidos. Outros povos menores, que viviam no Oriente Médio, passaram a escrever somente depois do surgimento da escrita alfabética. A adaptação do sistema existente a essas línguas ágrafas procurava manter as funções das letras, com variações locais na forma gráfica de alguns caracteres, mas sem grandes modificações, como as que ocorreram entre os gregos. Em ambos os casos, entretanto, os usuários da escrita tiveram que enfrentar o sério problema dos dialetos. As diferenças dialetais da língua grega podiam ser reunidas em grandes grupos: o arcádio, da Arcádia e de Chipre; o eólio da Tessália, Beócia e do Norte; o Jônico, da Ática; e o dórico, do Peloponeso (exceto Árcadia) e Creta. Por sua importância histórica e cultural, o dialeto ático, próprio de Atenas, prevaleceu e passou a ser conhecido como koiné, ou seja, “língua comum”. Posteriormente, a palavra koiné passou a representar apenas a linguagem do povo, por oposição à da elite. Diante de tal diversidade lingüística, o alfabeto parecia fadado a desaparecer, pois já não podia ser um sistema de escrita útil para uma sociedade com tanta variação dentro de uma mesma língua. Mas a escrita acabou sendo salva pela ortografia. Com a introdução da noção de ortografia na escrita alfabética, as palavras passaram a ser escrita apenas de uma forma e foi possível neutralizar as variantes dialetais. Obviamente, a ortografia de uma língua depende, basicamente, do seu prestígio. A língua passa a ter uma ortografia mais regular e estável quando surge uma obra clássica modelar. Foi o que aconteceu com o grego antigo e, muitos anos depois, com as línguas derivadas do grego e do latim.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O Alfabeto Grego

Segundo Heródoto, um fenício chamado Cadmos insta lou-se na Boécia, onde fundou Tebas e começou a escrever grego com 16 caracteres fenícios. Conta-se também que, durante a guerra de Tróia, surgiram quatro novas letras, introduzidas por Palamedes. O alfabeto grego teria sido completado pelo poeta Simônides de Ceos (556-468 a.C.) com mais quatro letras. É difícil distinguir a história da lenda. O fato de colocar letras representando consoantes e vogais, umas ao lado das outras, compondo as sílabas, deu ao sistema de escrita o verdadeiro alfabeto. É por isso que muitos estudiosos dizem que o alfabeto propriamente dito foi inventado pelos gregos. Esta afirmação dá ênfase à função das letras na representação dos segmentos das sílabas e deixa de lado, de certo modo, a própria natureza das letras, tal qual existia na escrita semítica. São duas concepções diferentes do que é uma escrita alfabética. No esforço para adaptar à sua língua o sistema de escrita já estabelecido para os fenícios, os gregos seguiram o mesmo princípio acrofônico da escrita fenícia. Começaram adaptando os nomes das letras lendo-os à moda grega. Assim, ale passou a se chamar alfa, beth passou a se chamar beta, e assim por diante. O conjunto das letras recebeu um nome composto pela soma das duas primeiras, ou seja, alfabeto. Algumas letras dos fenícios representavam sons inexistentes em grego. Passaram então, a representar sons que existiam em grego mas não nas línguas semíticas. As novas letras inventadas baseavam-se no estilo gráfico das já existentes. O alfabeto grego passou mesmo a ter letras para mais de um segmento fonético das sílabas, como _ = [dz], _ =[ts], _ = [ks], _ [ps]. É curioso notar que o grego arcaico começou distinguindo a aspiração de sua não-ocorrência através de dígrafos, escrevendo __ para [th] e somente depois a letra _ passou a representar sozinha o som [th], ficando a letra _ para representar [t]. A distinção entre _ e _ diferenciava [k] e [kh]. Sutilezas fonéticas também surgiram nas vogais, com letras diferentes para as breves _ e as longas _ _. O documento mais antigo que temos é a inscrição no vaso Dipylon (entre os séculos IX e X a.C.). Outros exemplos são as inscrições de Yehimelek, Tera, Melos e Creta. Somente no século IV a.C. foram uniformizados os diferentes usos das letras num alfabeto de 24 letras, com uma ortografia estabelecida, formando a escrita do grego clássico. As marcas de acento e alguns sinais de pontuação, acompanhando a escrita das palavras, foram introduzidas por Aristófanes de Bizâncio (250-180 a.C.) e pelo grande Aristarco. O documento mais antigo com essas marcas é o papiro Bacchylides, que data do século I a.C., mas os sinais diacríticos só se tornariam obrigatórios na escrita a partir do século IX de nossa era. O tipo atual dos caracteres gregos foi lançado em 1660 por Wetstein na Antuérpia. Os antigos costumavam escrever as palavras sem separação, emendando umas nas outras. Para evitar ambigüidades, ou simplesmente destacar palavras, usavam um ponto separando-as. Os semitas escreviam em geral da direita para a esquerda. Os gregos começaram a escrever na forma bustrofedom (em grego, “caminho do boi”), compondo uma linha da esquerda para a direita e a seguinte da direita para a esquerda, invertendo a direção dos caracteres, e assim sucessivamente a cada nova linha.