segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

eterno amante...



A volubilidade dos homens com o requinte da poesia.
- artigo do ilhabrasil.net

Ele deixou o Rio mais bonito. Ele deixou o amor e a suas dores mais bonitos. Deixou o samba mais bonito e ajudou a inventar a bossa nova para deixar mais bonita também. Deixou Ipanema, Itapuã e a R. Nascimento Silva 107 mais bonitas. Até a Helô Pinheiro ele deixou mais bonita. Embelezou a boemia, o “cachorro engarrafado” e uma simples banheira; a capoeira e uma casa de brinquedos, ou mesmo uma casa sem teto nem nada. Ele descobriu o Toquinho e nos apresentou o Tom Jobim. Enfim, Vinicius de Moraes deixou o país inteiro um pouquinho mais belo.
Mas, sabendo do seu dom de deixar as coisas mais bonitas, foi especialmente espertinho com uma delas: o machismo.
É, porque ser machista é fácil, mas ser machista e, ainda assim, galante, não é para qualquer um. Concordemos que não devem ser muitas as mulheres que negariam um versinho de Vinicius, que se incomodariam em ser musa inspiradora de um poeta renomado ou de se sentir a coisa mais linda quando passa.
Mas se pegas por debaixo dos floreios de suas rimas, algumas das coisas ditas pelo escritor perderiam muito do gracejo que o consagrou.
A começar por um clássico creditado a ele e que, verbalizado na boca de uma autoridade poética, pode ser um perigo para o bem-estar feminino: “As feias que me desculpem, mas beleza é fundamental”.
Ok, vamos entrar na brincadeira e ver até onde ele consegue chegar. Suponhamos que as feias desculpem e não se importem em serem sumariamente excluídas das possibilidades de serem amadas. Já é meio caminho andado para as bonitas.
Claro que um poeta não decepcionaria assim tão rápido, exigindo apenas beleza física como critério de seu amor. Não, que mesquinharia. “Senão é como amar uma mulher só linda. E daí?”. Pois é, e daí?! Um consolo para as feias, já enxotadas da fila. “Uma mulher tem que ter qualquer coisa além da beleza, qualquer coisa de triste (...). Um molejo de amor machucado, uma beleza que vem da tristeza de se saber mulher, feita apenas para amar, para sofrer pelo seu amor e para ser só perdão”?.
Tão machista que dá até para preferir estar entre as feias descartadas. Mas assim, nessas palavras, declamadas carinhosamente entre uma estrofe e outra de Samba da Benção, a intolerância já baixa um pouco a guarda.
De qualquer forma, não basta ser só bonita e triste. Para ser a namorada do poeta “tem que fazer um juramento de só ter um pensamento, ser só minha até morrer (...), e de repente fazer muito carinho e chorar bem de mansinho sem ninguém saber porquê”. E isso só para ser a namorada. Porque para ser a amada, mas amada mesmo, pra valer, pelo amor predestinada, a primeira-dama da poesia nacional, a história muda um pouco. Além de bonita, triste, não pensar em nada que não seja ser dele até morrer, ficar fazendo carinho gratuito a toda hora e dar umas choradas de vez em quando, “você tem que vir comigo em meu caminho”. Ele se curvar ao caminho dela ou a um caminho feito pelos dois, nem pensar. Sem contar que “talvez o meu caminho seja triste pra você”?, ele já alerta de início.
E como ele mesmo descreve a reação da cortejada a isso tudo? “Meu poeta, eu hoje estou contente, todo mundo de repente ficou lindo de morrer. Eu hoje estou me rindo, nem eu mesma sei de quê, porque eu recebi uma cartinhazinha de você”?.
Pelo menos uma coisa "unissexamente" correta ele defende: “Quem é homem de bem não trai o amor que lhe quer seu bem”?, afinal, “para viver um grande amor há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fieldade (...). Pois quem trai seu amor por vanidade é desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor”. Sim, vai, pode suspirar, é bonito.
Então você não resiste, perdoa as caretices, compra uns discos do Vinicius e bota para ouvir. É quando ouve ele cantando, suplicando: “Ah, minha amada, me perdoa, pois embora ainda te doa a tristeza que causei, eu te suplico, não destruas tantas coisas que são suas...”. Aí você começa a especular que talvez até o amor do que tinha a fórmula para viver um grande amor tem lá os seus deslizes.
Depois ele sofre, jura que “sem você eu não sou ninguém”, e que “sem ela não pode ser”, promete que se ela voltar dará “mais beijinhos que os peixinhos a nadar no mar” , e diz que a luz dos olhos dele e a dos dela precisam se casar, e mais um monte de lararará... Então a amada não resisti, volta para seus braços e ganha um samba de presente: “Você voltou, meu amor, que alegria que me deu... (...) É verdade, eu reconheço, eu tantas fiz, mas agora tanto faz”.
Claro que tanto faz, porque ele já tinha deixado claro antes que a função da mulher é “sofrer pelo seu amor e ser só perdão”. Podem checar alguns parágrafos acima se quiserem.
Mas também, como não se render? “Até o amor que não compensa é melhor que a solidão”. Além do mais, ele vai pegar o violão e cantar baixinho ao pé do ouvido dela: “Eu sei que vou te amar por toda a minha vida”, “eu prometo ser somente teu e amar-te como nunca ninguém jamais amou”. Lerá uma crônica jurando que “minhas pernas andaram muitas léguas de mulher até te descobrir” e, num arremate final, sussurrará só mais um versinho: “eu sei e você sabe que todo grande amor só é bem grande se for triste. Por isso, meu amor, não tenha medo de sofrer, que todos os caminhos me encaminham pra você”. Vai, pode suspirar de novo.
Daí o tempo vai passando e ele começa com uns papos de “por que será que o nosso assunto já se acabou, que o que era junto se separou, que o que era grande definhou? (...) É muito triste quando se sente tudo morrer. E ainda existe o amor que mente pra esconder que o amor presente não tem mais nada pra dizer”.
E é assim que um poeta dá o fora.
(Viu, não falei? Até os foras dele ficam mais bonitos.)
E depois sabe o que ele faz para explicar aquela coisa mal jurada de “eu sei que vou te amar...” e para evitar toda aquela histeria feminina de mulher abandonada? Entrega humildemente um bilhetinho derradeiro em que se lê: “que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure”.
Então, a ex-amada – depois de ter sido triste, feito juramentos, não tendo pensado em nada que não fosse ele, ter feito muito carinho gratuito, chorado muito pranto mansinho, ter seguido o caminho dele e todas aquelas exigências empoladas para ser só dele até morrer –, fica toda feliz por estar levando um pé na bunda, porque acabou de inspirar um dos versos mais bonitos que a literatura brasileira já conheceu. E volta sozinha para seu caminho satisfeita, convencida de que “a vida só se dá pra quem se deu, pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu”.
Talvez tenha sido assim com as oito esposas que ele teve.
O fato é que, concordando ou não com a sua linha de raciocínio, não há que se negar que ele soube como verbalizá-la. Então os brios femininos descobrem horrorizados que machismo com poesia vira cavalheirismo. E ainda está para nascer a feminista militante que, do fundo de sua condição injustiçada, abra realmente mão do “mulheres e crianças primeiro”, e de um bom e educado machista que lhe abra a porta do carro, puxe a cadeira, carregue as malas, mate as baratas, empreste o casaco em um dia de frio e pague a conta no final.
Mas, um alerta: elogiar Vinicius não é fazer uma apologia ao machismo. Não é só rimar “amor” com “dor” e sair por aí achando que já pode casar oito vezes ou ficar conquistando fêmeas descartáveis. Abaixem a crista que não é assim tão simples. Ou então, sigam em frente alimentando sua prepotência desengonçada enquanto o Vinicius, de seu trono de poeta, ri da sua cara: “Você que está aí com a boneca do lado, crente que é amo e senhor do material, pode estar redondamente enganado. No mais das vezes ela anda distante, num mundo lírico e confuso, cheio de aventura e magia, e você nem sequer toca a sua alma”.
Pois é, a fórmula do poeta é muito mais refinada do que parece. E para poucos, muito poucos. Deve ser por isso que ele é poeta. E lembrado até hoje. E um ícone do que a poesia faz de melhor: falar de amor.

sábado, 29 de dezembro de 2012

Metade trabalha...


 


Metade trabalha a outra metade recebe




Muito tem falado o primeiro-ministro em equidade para justificar o corte proposto no OE nas reformas dos portugueses. O país que não ata nem desata tem à volta de dez milhões de seres humanos. Portugueses bons e maus, cidadãos íntegros, competentes, corajosos e capazes de administrar com justiça, equidade e com verdade.
As estatísticas provam que são à volta de 4 milhões e 700 mil empregados entre homens e mulheres. O que significa que não é preciso ser economista, como o primeiro-ministro, para saber que metade da nação trabalha para que a outra metade receba. Só que o primeiro-ministro está obcecado pelos dinheiros fáceis de obter, como faziam os salteadores noutro tempo. As reformas dos trabalhadores estão a dar-lhe dor de cabeça.
Nesta como em muitas outras decisões legislativas, o primeiro-ministro de Portugal não tem razão. E pior do que isso, é esconder de quem paga os impostos e a austeridade, a verdade sobre a Segurança Social. E é simples verificar porquê? Lembro-me de alguém ter escrito, não sei quem foi, mas reporta-se ao governo de Sócrates e Teixeira dos Santos, que a Segurança Social tinha depósitos no BPN de muitos milhões de euros.
Lembro-me ainda de ter visto escrito algures, não sei por quem, nem se tem fundamento ou não, que a Segurança Social aplicou em acções, uma soma de muitos milhões. Ora o primeiro-ministro de Portugal fala sempre que os actuais trabalhadores se calhar não vão ter reforma e que não é verdade que cada um de nós, descontou para a sua própria reforma.
Senhor primeiro-ministro diga ao país, qual é a receita actual da segurança social respeitante aos descontos dos 4 milhões e 700 mil trabalhadores? Porque escondem estes valores? Aonde são aplicados? Como fazem a equitativa distribuição desse dinheiro? É só em reformas? E não chega? Com milhões de pessoas a receber entre os 200 e os 1.000 euros de pensão? Há uma verdade não mora aqui. É a de saber qual a receita!
Recordo-me do percurso enquanto jornalista e trabalhador por conta de outrém. Os jornalistas foram os primeiros a ser sacrificados com a extinção da sua Caixa de Previdência cujo processo remonta ao consulado de Durão Barroso. Para fazerem o frete aos comilões dos patrões, que estavam engasgados pelo facto de 1% das receitas da publicidade serem obrigatoriamente destinados à Caixa dos Jornalistas. Extinguiram-na!
Quem faz os jornais, as rádios e as televisões, as revistas, terem a projecção que têm, são os jornalistas com a sua investigação, estudo e criatividade. Só que a mentalidade, o egoísmo, a ânsia de ganhar dinheiro, de certos senhores que vivem como nababos, na qualidade de empresários da comunicação social, levou-os a pressionar os fracos governantes que tivémos nos últimos trinta anos, até conseguirem retirar direitos aos jornalistas que, ilusoriamente, acham que são algum poder em Portugal.
Jornalistas que correm riscos de vida, em delicadas missões, em busca da notícia, da novidade que prestigia e enriquece o conteúdo dos órgãos de comunicação social; que laboram sem horário e com remunerações incrivelmente baixas, face ao que efectivamente produzem. Usam e abusam dos seus textos em várias publicações.
Os jornalistas e as suas famílias perderam um sem número de direitos particularmente na assistência na doença, semelhantes a outros subsistemas que sobreviveram e ainda estrebucham por lhes retirarem. Começa assim a destruição da segurança social, para encher os bolsos dos empresários que agora até nem são conhecidos, tal é o manancial que dá este sector. Não tenham pena deles ou da baixa de publicidade!
E se bem me lembro, quando o socialista Ferro Rodrigues assumiu a pasta do “Social” como agora querem dizer, foi longe demais. Decretou que quem quisesse reformar-se com qualquer idade, podia comprar anos de serviço à Segurança Social, e passar a estender-se ao Sol com uma boa reforma. Conheço casos em que o número de anos comprados, foram tantos que essas pessoas ainda estavam no berço e já trabalhavam.
Que gestão é esta? Tapou-se o “crime” com o Rendimento Social de Inserção, justamente atribuído a muita gente necessitada, mas também consentido a muitos golpistas. Esta ilusão dum Estado servido por políticos com esta vesga visão, concorreu para o caos social. Ou já se esqueceram que houve donas de casa que passaram a ser empregadas domésticas dos maridos e dos filhos com direito a pensão? Porque não os responsabiizam?
Foram todos estes voluntarismos socialistas e restante família social-democrata e democrata cristã, agregados por conveniências de poder que conduziram o país para um abismo financeiro. Como diziam os madeirenses de antanho, “vão roubar aos presos da cadeia”e deixem-nos em paz, cacem os responsáveis por gestões danosas, que, ainda por cima, foram premiados com tachos no estrangeiro.
Senhor primeiro-ministro revele a receita da Segurança Social, desmistifique de uma vez por todas, se ocorreram os factos que alegadamente foram veiculados pela comunicação social, verifique da bondade ou maldade financeira das leis de Ferro Rodrigues e outros, e depois agarre-se à refundação do Estado. Proponha um corte para 100 deputados na República, e para 20, nas Regiões Autónomas. Acabe com reguladores que são meros observadores, vire das avessas, fundações e institutos que gastam e nada produzem. Suba o imposto do álcool, do tabaco, e dos robalos que servem de ofertas sem deitar mau cheiro. Haja saúde no ano que vai entrar! Revisão Constitucional? Sim! Urgente!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Ai, Brasil....

Ai Brasil, Brasil...

 
Guadêncio Figueira
Vou falar-vos de um tema que, nestes tempos hedonistas, é encarado como lixo que se esconde debaixo do tapete. Discordo em absoluto. Acho que tudo quanto atinge dimensão social merece atenção.
Entre os dias onze e catorze de Maio p.p., um dos principais Estados Federados Brasileiros - S. Paulo - foi notícia em todo o Mundo.
O PCC - primeiro comando da capital -, fundado em 31 de Agosto de 1993, e, dizem, usando no seu discurso terminologia identificada com a extrema-esquerda latino-americana, virou do avesso S. Paulo. Decorreram treze anos desde a sua constituição e o lançamento desta espectacular operação. Não se pense, porém, que aqueles 'meninos do coro' estiveram inactivos todo este tempo. Em 2003 efectuaram 51 ataques com dez mortos. Ao Estado, desde a mega-rebelião de Fevereiro de 2001, já não lhe restava dúvida de que o monopólio do uso da força não era mais seu. Surge, agora, a confirmação com os 800 autocarros incendiados, 180 ataques a esquadras e quartéis e 40 guardas mortos a sangue frio.
A última desobediência cívica foi terrível. Os media brasileiros equipararam a situação vivida à do Iraque. A população calejada - se algum dia acreditou - descrê das verborreias eleitoralistas sobre segurança pública. Quem teve acesso à imprensa brasileira leu que os poderes do Estado esbarraram na impossibilidade de silenciar telemóveis localizados no interior das prisões. Porquê? Desconcerto entre a justiça! Deste partiremos, sem dificuldade, para outros porquês. Treze anos não é tempo para se ultrapassar alguma desinteligência jurídico-policial, restituindo ao Estado a sua dignidade?
A organização criminosa (PCC) procura difundir a ideia de que tem poder político. O Estado - afirma o jornal Estado de S. Paulo - negociou, através de três representantes seus, com o 'comandante' Marcola (petit nom do prisioneiro Marcos Williams Herbas Camacho) do PCC, o fim das hostilidades. Novos desenvolvimentos, de Maio até agora, provam actividade. O PCC quer eleger, em Outubro, um deputado federal e um estadual, contando para tal com receitas de 225 mil euros/mês para financiar a campanha. Quão baixo chegou o Estado!


Como foi tudo isto possível? As elites políticas terão estado à altura das circunstâncias? A elas cabe, na sua condição de defensoras do interesse colectivo e público, colocar as Polícias e as Forças Armadas - monopolistas da violência de Estado - ao serviço de todos os cidadãos mas, sempre, na dependência hierárquica de eleitos que determinam o momento do uso e intensidade da Força.
Há relatos de negócios de droga a financiar campanhas eleitorais de cidadãos que, em campanha eleitoral, juram defender o interesse público e colectivo. Uma vez eleitos, leis negociadas, onde avultam os respectivos interesses pessoais e particulares, fazem esquecer compromissos eleitorais. Sobra disto um grande vazio. Preenche-o o Estado penal - polícias, tribunais e sistema judiciário - como único instrumento de controlo da criminalidade, distribuição de riqueza e combate à pobreza urbana.
A um eleito não basta que o vejamos pelo belo fato que usa nem pela limousine que o transporta. Exige-se que, ao elaborarem-se leis, nas respectivas Câmaras, elas não sejam feitas a pensar na gestão dos lobbies que os próprios representam. Assim a vida colectiva torna-se insuportável e as explosões sociais não vão parar de acontecer.
Aos que tiveram a paciência de ler o texto, digo-vos a terminar: as mesmas causas, em idênticas circunstâncias, têm os mesmos efeitos.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Violación de la ley electoral

Venezuela: Hugo Chávez viola lei e convoca eleitores durante votaçãoUma mensagem do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, convocando os venezuelanos, mas principalmente “os patriotas”, a votar foi transmitida ontem em rede nacional, uma hora e meia antes do fechamento das urnas.

O chamamento ao voto em um candidato durante o sufrágio é proibido na Venezuela. Uma hora antes da mensagem de Chávez ser divulgada, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) havia determinado que o vice-presidente, Nicolás Maduro, interrompesse uma entrevista coletiva em que falava das conquistas da revolução e da  do voto para mantê-las. “Isso é um chamado a inclinar o voto por uma opção política, o que é uma violação da lei eleitoral”, afirmou o presidente do CNE, Vicente Díaz, após determinar o fim do ato.
A mensagem de Chávez, lida pelo ministro de  e Tecnologia, Jorge Arreaza, chamava os eleitores, “especialmente aos patriotas, a exercer o dever e o direito a ir a votar para consolidar os espaços ganhos sociais”. “Há 20 anos, não tínhamos pátria. Hoje há ação coletiva que comparte um projeto de país”, dizia a mensagem lida por Arreaza, que sugeriu aos chavistas participarem “para dar uma alegria ao comandante, uma alegria que permita acelerar o processo de melhoria”. O uso da doença de Chávez nos comícios durante a campanha foi frequente.
“Ele está muito atento às eleições, com a confiança de que vamos confirmar esta democracia”, acrescentou Arreaza, de Chávez. O ministro ainda deu atualizações sobre o estado de saúde do bolivariano, recapitulando a recuperação desde terça-feira, quando foi feita a operação. “O processo foi complicado. O presidente teve um sangramento que a equipe médica atendeu. Isso foi revertido e a tensão baixou. Desde anteontem (sexta-feira), o presidente passou a se comunicar, a instruir, a governar”, concluiu Arreaza.
Embora a boca de urna seja proibida na Venezuela, caminhões com caixas de som e adesivos eram comuns perto dos locais de votação. Os meios de comunicação públicos cobriram o voto exclusivamente dos candidatos chavistas a governador do chavismo – assim como os canais privados cobriram o voto dos candidatos da oposição.
Posse – Ontem, membros da oposição e especialistas rejeitaram a hipótese de que Chávez tome posse em Cuba caso não se recupere até o dia 10 de janeiro.
Para o professor de direito público da Universidade Central da Venezuela, o presidente tem que tomar posse diante da Assembleia. “Não é algo constitucional. A interpretação seria irregular. Mas se Assembleia a considerar adequada a situação, seria uma decisão da Assembleia”, afirmou ao Estado. A Assembleia é presidida por Diosdado Cabello, um dos mais próximos de Chávez.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Presidente Chavez

El presidente Chávez

Fernando Ravsberg | 2012-12-13, 9:47

Conocí a Hugo Chávez en el año 1994, apenas salido de la prisión visitó Cuba y Fidel Castro lo recibió con honores de Jefe de Estado. Mientras lo oía hablar en la Universidad de La Habana, trataba de entender que se traía entre manos el líder cubano.
Chávez era un militar que intentó dar un Golpe de Estado contra un gobierno democráticamente electo. Además recuerdo que manejaba un lenguaje no muy socialista, aunque hacía constantes referencias a la justicia social y al nacionalismo.
El costo político de recibir a un golpista era demasiado alto para hacerlo sin un propósito, así que traté de averiguar que había detrás de esa nueva amistad de Fidel. Para empezar me enteré de que el golpe había sido mucho más que una intentona militar.

Supe que participaron civiles, entre ellos algunos viejos guerrilleros que en el pasado estuvieron muy ligados a Cuba y que sin dudas debían ser una valiosa fuente de información para La Habana sobre la personalidad e ideas políticas del militar venezolano.
Pero más allá de cualquier cosa que le hubiesen informado a uno sobre el otro, entre Chávez y Fidel surgió un amor a primera vista. Llevo dos décadas en Cuba y nunca he visto al Comandante reír a carcajadas como lo hacía cuando lo visitaba el venezolano.
Castro encontró a su continuador en América Latina y Chávez a un zorro político cuyos consejos le allanaron el camino en más de una ocasión. Y se salvaron mutuamente, Cuba recibió petróleo y Venezuela médicos y maestros para las misiones sociales.
La primera vez que visité Caracas una amiga venezolana que participaba en las negociaciones bilaterales me confesó que Fidel Castro quería mandar los médicos gratuitamente pero entonces resultaba imposible equilibrar la balanza comercial.
Tiempo después ella misma me explicó que Chávez presionó al presidente cubano para que este aceptara intercambiar la atención médica por petróleo porque las leyes venezolanas no le permitían enviar el crudo a Cuba por pura solidaridad.
Que yo sepa, el único juego sucio que hubo entre ambos lo protagonizó Fidel Castro. Chávez lo retó a un partido de béisbol entre veteranos y el Comandante lo enfrentó a los jugadores de la selección nacional cubana disfrazados de ancianitos.
Durante el Golpe de Estado del 2002 informé a través de la cadena televisiva Telemundo de EEUU sobre una entrevista a la hija de Chávez, donde aseguraba que su padre nunca había renunciado al cargo como decían los golpistas para justificar su derrocamiento.
Telemundo se ve en Venezuela y creo que con ese reportaje de alguna forma contribuimos a revelar lo que estaba ocurriendo porque unos días después fuimos convocados a Caracas y el Presidente Chávez nos da la primera entrevista de prensa tras su liberación.
El encuentro fue en el Palacio de Miraflores y hablamos de su detención, del intento de formar otro gobierno por la fuerza, del papel de la prensa en el golpe, de sus relaciones con EEUU y España. Estaba muy sereno y menos belicoso que en sus discursos.
Recuerdo que hizo mucho hincapié en el mensaje que recibió de Fidel en Miraflores, durante los primeros momentos del golpe. Castro le recomendaba no hacerse matar, evitar un sacrificio inútil y conservar la vida para continuar la lucha después.
Chávez me pareció un hombre bastante sencillo, nos trató con deferencia, tomamos café juntos, nos hicimos fotos y nos regaló a cada miembro del equipo un ejemplar de su segunda biblia, la Constitución de la Republica firmada por el mismo.
Habíamos esperado todo el día en Miraflores a que terminara de despachar y la entrevista acabó a medianoche. Salimos corriendo a enviar cortes por satélite para que la cadena empezara a anunciar que tendríamos al presidente venezolano en exclusiva.
Estábamos agotados y de regreso con mi camarógrafo, Víctor Buttari, olvidamos en el taxi los casetes originales. Increíblemente pudimos recuperarlos en Caracas a las 3 de la madrugada, para abordar el avión rumbo Miami a las 6 am.
Este fin de semana Cuba entera se quedó sin aliento al escuchar la despedida de Chávez, varios de mis amigos me llamaron emocionados para avisarme. Oyéndolo recordé algunas anécdotas y poco después me puse a escribir este post para compartirlas.
Fernando Ravsberg | 2012-12-13, 9:47

Conocí a Hugo Chávez en el año 1994, apenas salido de la prisión visitó Cuba y Fidel Castro lo recibió con honores de Jefe de Estado. Mientras lo oía hablar en la Universidad de La Habana, trataba de entender que se traía entre manos el líder cubano.
Chávez era un militar que intentó dar un Golpe de Estado contra un gobierno democráticamente electo. Además recuerdo que manejaba un lenguaje no muy socialista, aunque hacía constantes referencias a la justicia social y al nacionalismo.
El costo político de recibir a un golpista era demasiado alto para hacerlo sin un propósito, así que traté de averiguar que había detrás de esa nueva amistad de Fidel. Para empezar me enteré de que el golpe había sido mucho más que una intentona militar.

Supe que participaron civiles, entre ellos algunos viejos guerrilleros que en el pasado estuvieron muy ligados a Cuba y que sin dudas debían ser una valiosa fuente de información para La Habana sobre la personalidad e ideas políticas del militar venezolano.
Pero más allá de cualquier cosa que le hubiesen informado a uno sobre el otro, entre Chávez y Fidel surgió un amor a primera vista. Llevo dos décadas en Cuba y nunca he visto al Comandante reír a carcajadas como lo hacía cuando lo visitaba el venezolano.
Castro encontró a su continuador en América Latina y Chávez a un zorro político cuyos consejos le allanaron el camino en más de una ocasión. Y se salvaron mutuamente, Cuba recibió petróleo y Venezuela médicos y maestros para las misiones sociales.
La primera vez que visité Caracas una amiga venezolana que participaba en las negociaciones bilaterales me confesó que Fidel Castro quería mandar los médicos gratuitamente pero entonces resultaba imposible equilibrar la balanza comercial.
Tiempo después ella misma me explicó que Chávez presionó al presidente cubano para que este aceptara intercambiar la atención médica por petróleo porque las leyes venezolanas no le permitían enviar el crudo a Cuba por pura solidaridad.
Que yo sepa, el único juego sucio que hubo entre ambos lo protagonizó Fidel Castro. Chávez lo retó a un partido de béisbol entre veteranos y el Comandante lo enfrentó a los jugadores de la selección nacional cubana disfrazados de ancianitos.
Durante el Golpe de Estado del 2002 informé a través de la cadena televisiva Telemundo de EEUU sobre una entrevista a la hija de Chávez, donde aseguraba que su padre nunca había renunciado al cargo como decían los golpistas para justificar su derrocamiento.
Telemundo se ve en Venezuela y creo que con ese reportaje de alguna forma contribuimos a revelar lo que estaba ocurriendo porque unos días después fuimos convocados a Caracas y el Presidente Chávez nos da la primera entrevista de prensa tras su liberación.
El encuentro fue en el Palacio de Miraflores y hablamos de su detención, del intento de formar otro gobierno por la fuerza, del papel de la prensa en el golpe, de sus relaciones con EEUU y España. Estaba muy sereno y menos belicoso que en sus discursos.
Recuerdo que hizo mucho hincapié en el mensaje que recibió de Fidel en Miraflores, durante los primeros momentos del golpe. Castro le recomendaba no hacerse matar, evitar un sacrificio inútil y conservar la vida para continuar la lucha después.
Chávez me pareció un hombre bastante sencillo, nos trató con deferencia, tomamos café juntos, nos hicimos fotos y nos regaló a cada miembro del equipo un ejemplar de su segunda biblia, la Constitución de la Republica firmada por el mismo.
Habíamos esperado todo el día en Miraflores a que terminara de despachar y la entrevista acabó a medianoche. Salimos corriendo a enviar cortes por satélite para que la cadena empezara a anunciar que tendríamos al presidente venezolano en exclusiva.
Estábamos agotados y de regreso con mi camarógrafo, Víctor Buttari, olvidamos en el taxi los casetes originales. Increíblemente pudimos recuperarlos en Caracas a las 3 de la madrugada, para abordar el avión rumbo Miami a las 6 am.
Este fin de semana Cuba entera se quedó sin aliento al escuchar la despedida de Chávez, varios de mis amigos me llamaron emocionados para avisarme. Oyéndolo recordé algunas anécdotas y poco después me puse a escribir este post para compartirlas.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Tres de cada mil adolescentes brasileños son asesinados antes de los 19 años Los agentes ingresaron a la barriada apoyados por blindados de la Marina Barriada en Rio de Janeiro En algunas ciudades, como Itabuna, en el estado de Bahía, el índice aumentó a 10,59 1 Enviar por mail Imprimir Rectificar EFE 13 de diciembre 2012 - 12:24 pm Tres de cada mil adolescentes brasileños son asesinados antes de cumplir los 19 años, según un estudio elaborado por el Gobierno en asociación con la Unicef y divulgado hoy en Río de Janeiro. De acuerdo con proyecciones elaboradas por los autores del estudio, al menos 36.735 brasileños de entre 12 y 18 años serán asesinados hasta 2016, en su mayoría por arma de fuego, en caso de que se mantenga el actual ritmo de violencia contra los jóvenes. El estudio de la Secretaría de Derechos Humanos de la Presidencia de la República, el Fondo de las Naciones Unidas para la Infancia (Unicef) y la organización no gubernamental Observatorio de Favelas mostró que el Índice de Homicidios de Adolescentes (IHA) subió un 14 por ciento en un año, desde 2,61 jóvenes muertos por cada mil en 2009 hasta 2,98 en 2010. Se trata del mayor nivel desde que el índice comenzó a ser medido en 2005, cuando la tasa era de 2,75 adolescentes asesinados por cada mil. La tasa fue calculada por investigadores del Laboratorio de Análisis de la Violencia (LAV) de la Universidad del Estado de Río de Janeiro (Uerj) a partir de los índices de criminalidad regionales y de estadísticas del Ministerio de Salud en las 283 ciudades brasileñas con más de 100.000 habitantes. El estudio concluyó que el homicidio es la principal causa de muerte de los adolescentes en Brasil, con el 45,2 por ciento de los casos. Los jóvenes entre 12 y 18 años representan casi el 13 por ciento de la población brasileña. Para la población en general, el homicidio es la causa del 5,1 por ciento de las muertes en el país. "En los últimos años se mantuvo el contraste entre la tendencia a reducción del número de homicidios entre la población brasileña en general y el aumento del número de homicidios de adolescentes", denunció el sociólogo Ignacio Cano, investigador del LAV y uno de los autores del informe. La investigación mostró igualmente que los varones y los negros son la mayor parte de las víctimas de la violencia contra los jóvenes, en un país en que poco más de la mitad de la población se declara descendiente de africanos. Según los datos de 2010, la posibilidad de que un joven de sexo masculino sea asesinado en Brasil es 11,5 veces superior a la de una mujer de la misma edad. De la misma forma, la posibilidad de que un joven negro sea asesinado es 2,78 veces superior a la de un joven blanco. Los adolescentes tienen 5,6 veces más posibilidades de morir por armas de fuego que por otro tipo de arma. La investigación también constató una diferenciación según la ciudad y la región en donde la víctima vive, con un mayor número de homicidios en regiones más pobres. El índice de homicidios de adolescentes fue de 0,94 por cada mil en Sao Paulo, el estado más rico y poblado de Brasil, y de 9,07 por cada mil jóvenes en Alagoas, uno de los estados más pobres. En algunas ciudades, como Itabuna, en el estado de Bahía, el índice fue de 10,59 adolescentes asesinados por cada mil. En Maceió, la capital de Alagoas, la tasa fue de 10,15 muertes, y en Salvador, capital de Bahía, de 8,89 muertes. "La región nordeste se consolida como el mayor polo de preocupación en el país", afirmó Cano.

Tres de cada mil adolescentes brasileños son asesinados antes de los 19 años

Los agentes ingresaron a la barriada apoyados por blindados de la Marina
Barriada en Rio de Janeiro
En algunas ciudades, como Itabuna, en el estado de Bahía, el índice aumentó a 10,59
Tres de cada mil adolescentes brasileños son asesinados antes de cumplir los 19 años, según un estudio elaborado por el Gobierno en asociación con la Unicef y divulgado hoy en Río de Janeiro.
De acuerdo con proyecciones elaboradas por los autores del estudio, al menos 36.735 brasileños de entre 12 y 18 años serán asesinados hasta 2016, en su mayoría por arma de fuego, en caso de que se mantenga el actual ritmo de violencia contra los jóvenes.

El estudio de la Secretaría de Derechos Humanos de la Presidencia de la República, el Fondo de las Naciones Unidas para la Infancia (Unicef) y la organización no gubernamental Observatorio de Favelas mostró que el Índice de Homicidios de Adolescentes (IHA) subió un 14 por ciento en un año, desde 2,61 jóvenes muertos por cada mil en 2009 hasta 2,98 en 2010.

Se trata del mayor nivel desde que el índice comenzó a ser medido en 2005, cuando la tasa era de 2,75 adolescentes asesinados por cada mil.

La tasa fue calculada por investigadores del Laboratorio de Análisis de la Violencia (LAV) de la Universidad del Estado de Río de Janeiro (Uerj) a partir de los índices de criminalidad regionales y de estadísticas del Ministerio de Salud en las 283 ciudades brasileñas con más de 100.000 habitantes.

El estudio concluyó que el homicidio es la principal causa de muerte de los adolescentes en Brasil, con el 45,2 por ciento de los casos.

Los jóvenes entre 12 y 18 años representan casi el 13 por ciento de la población brasileña.

Para la población en general, el homicidio es la causa del 5,1 por ciento de las muertes en el país.

"En los últimos años se mantuvo el contraste entre la tendencia a reducción del número de homicidios entre la población brasileña en general y el aumento del número de homicidios de adolescentes", denunció el sociólogo Ignacio Cano, investigador del LAV y uno de los autores del informe.

La investigación mostró igualmente que los varones y los negros son la mayor parte de las víctimas de la violencia contra los jóvenes, en un país en que poco más de la mitad de la población se declara descendiente de africanos.

Según los datos de 2010, la posibilidad de que un joven de sexo masculino sea asesinado en Brasil es 11,5 veces superior a la de una mujer de la misma edad.

De la misma forma, la posibilidad de que un joven negro sea asesinado es 2,78 veces superior a la de un joven blanco.

Los adolescentes tienen 5,6 veces más posibilidades de morir por armas de fuego que por otro tipo de arma.

La investigación también constató una diferenciación según la ciudad y la región en donde la víctima vive, con un mayor número de homicidios en regiones más pobres.

El índice de homicidios de adolescentes fue de 0,94 por cada mil en Sao Paulo, el estado más rico y poblado de Brasil, y de 9,07 por cada mil jóvenes en Alagoas, uno de los estados más pobres.

En algunas ciudades, como Itabuna, en el estado de Bahía, el índice fue de 10,59 adolescentes asesinados por cada mil.

En Maceió, la capital de Alagoas, la tasa fue de 10,15 muertes, y en Salvador, capital de Bahía, de 8,89 muertes.

"La región nordeste se consolida como el mayor polo de preocupación en el país", afirmó Cano.
Los agentes ingresaron a la barriada apoyados por blindados de la Marina
Barriada en Rio de Janeiro
En algunas ciudades, como Itabuna, en el estado de Bahía, el índice aumentó a 10,59

Tres de cada mil adolescentes brasileños son asesinados antes de cumplir los 19 años, según un estudio elaborado por el Gobierno en asociación con la Unicef y divulgado hoy en Río de Janeiro.
De acuerdo con proyecciones elaboradas por los autores del estudio, al menos 36.735 brasileños de entre 12 y 18 años serán asesinados hasta 2016, en su mayoría por arma de fuego, en caso de que se mantenga el actual ritmo de violencia contra los jóvenes.

El estudio de la Secretaría de Derechos Humanos de la Presidencia de la República, el Fondo de las Naciones Unidas para la Infancia (Unicef) y la organización no gubernamental Observatorio de Favelas mostró que el Índice de Homicidios de Adolescentes (IHA) subió un 14 por ciento en un año, desde 2,61 jóvenes muertos por cada mil en 2009 hasta 2,98 en 2010.

Se trata del mayor nivel desde que el índice comenzó a ser medido en 2005, cuando la tasa era de 2,75 adolescentes asesinados por cada mil.

La tasa fue calculada por investigadores del Laboratorio de Análisis de la Violencia (LAV) de la Universidad del Estado de Río de Janeiro (Uerj) a partir de los índices de criminalidad regionales y de estadísticas del Ministerio de Salud en las 283 ciudades brasileñas con más de 100.000 habitantes.

El estudio concluyó que el homicidio es la principal causa de muerte de los adolescentes en Brasil, con el 45,2 por ciento de los casos.

Los jóvenes entre 12 y 18 años representan casi el 13 por ciento de la población brasileña.

Para la población en general, el homicidio es la causa del 5,1 por ciento de las muertes en el país.

"En los últimos años se mantuvo el contraste entre la tendencia a reducción del número de homicidios entre la población brasileña en general y el aumento del número de homicidios de adolescentes", denunció el sociólogo Ignacio Cano, investigador del LAV y uno de los autores del informe.

La investigación mostró igualmente que los varones y los negros son la mayor parte de las víctimas de la violencia contra los jóvenes, en un país en que poco más de la mitad de la población se declara descendiente de africanos.

Según los datos de 2010, la posibilidad de que un joven de sexo masculino sea asesinado en Brasil es 11,5 veces superior a la de una mujer de la misma edad.

De la misma forma, la posibilidad de que un joven negro sea asesinado es 2,78 veces superior a la de un joven blanco.

Los adolescentes tienen 5,6 veces más posibilidades de morir por armas de fuego que por otro tipo de arma.

La investigación también constató una diferenciación según la ciudad y la región en donde la víctima vive, con un mayor número de homicidios en regiones más pobres.

El índice de homicidios de adolescentes fue de 0,94 por cada mil en Sao Paulo, el estado más rico y poblado de Brasil, y de 9,07 por cada mil jóvenes en Alagoas, uno de los estados más pobres.

En algunas ciudades, como Itabuna, en el estado de Bahía, el índice fue de 10,59 adolescentes asesinados por cada mil.

En Maceió, la capital de Alagoas, la tasa fue de 10,15 muertes, y en Salvador, capital de Bahía, de 8,89 muertes.

"La región nordeste se consolida como el mayor polo de preocupación en el país", afirmó Cano.

sábado, 8 de dezembro de 2012

O Poder das Palavras...

O Poder das Palavras

 Palavras, soltas ao vento, voam pra qualquer canto,
 Transformam a vida alheia;
Algumas, em pranto puro, “alg'outras,” até amadas!...
Palavras atravessam séculos, milênios; 
Curam, matam, destroem, edificam, 
Dão vida, unem e desunem....
Há palavras que ferem, atordoam, algumas até ecoam!...

Outras soam tão baixinho...é assim com as verdadeiras...
Já as falsas!... Às vezes convencem,,, 
São atônitas, flexíveis, insistentes e fazem valer....
Pois é! Porque tem de ser assim?
A mentira se envaidece... A Verdade enfraquece,
Abaixa o tom!... 
A mentira toma corpo, vai em frente, 
“ Inté” parece serpente!...

A Verdade acabrunhada, calada... sem dizer nada, 
Até parece coitada!
Mas se todas as palavras assim procederem,
 A "outra" desarvorada sempre vai  vencer!....

Martha Rosa

Cambará