|                                                                                                 |                                                     |  E  a questão fundamental que se põe ao Povo Madeirense, é se aceita os  objectivos realistas,  verdadeiros e de bom-senso, com que, como desde  sempre, o PSD se propõe enfrentar a presente situação para onde fomos  arrastados pela e com a República Portuguesa. |  |                                                      | Quando defini os quatro grandes  objectivos imediatos futuros para a Madeira, regeneração financeira,  conclusão das obras já comprometidas, manutenção do Estado Social e  alargamento das competências autonómicas, obviamente que sei tal não  estar na linha daquilo que “o povo gosta de ouvir” e que os partidos da  oposição exploram sem um mínimo de vergonha.
Essa de “o povo gosta de ouvir”, é uma expressão que acaba por não ser  verdadeira, mesmo que, também e infelizmente, alguns Companheiros de  Partido compartilhem dessa ideia que, temerosos, me lembram ao ouvido.
Há Povo e há povo.
Há o Povo que trabalha, que está atento a tudo o que o rodeia, que é bem  formado, que sabe que não “caiem franguinhos do céu”, que é  inteligente.
E há o “poôve” que não gosta de trabalhar, que não liga pevide às suas  responsabilidades de cidadania, que é invejoso, bilhardeiro e má-língua,  que entende que os outros é que têm de sustentá-lo, trabalhando por  eles, e que por não dever muito à mioleira desleixou a sua vida, às  vezes ao ponto de degradá-la.
Conclusão: este último “poôve”, que não merece ser Povo no sentido  institucional de soberania cívica e democrática, só gosta de ouvir  “promessas” – mesmo quando até talvez nelas não acredite – enfia o  barrete em tudo quanto de facilidades lhe anunciam.
O Leitor, farto, apesar de tudo vai tornar a ver disto nas próximas eleições regionais de Outubro.
E o mais grave, é que os dirigentes dos partidos da oposição que temos  na Madeira, são tão fracos que nem são capazes de o perceber. Insistem  nos mesmos hábitos, cujos resultados são nulos apesar da frequência com  que surgem e são apoiados no “partido da comunicação social”. Este  odeia-me e ao PSD, não apenas por razões de diferenças  político-ideológicas, mas também porque na Madeira e ao contrário do  “politicamente correcto” do Retângulo, não nos subordinámos ao absurdo  anti-democrático da tese do “quarto poder”, antes o enfrentamos e  denunciámos sempre que necessário.
Mas, voltando à oposição e aos que “compram” as “banhas de cobra” desses  partidos, mesmo no fundo também neles desacreditando, mas para “se  vingar” do PSD – de quê?!... – o certo é que vai começar por aí mais um  folclore de “promessas” impossíveis, de “obras” e de “subsídios” para os  quais não há dinheiro.
E a questão fundamental que se põe ao Povo Madeirense, é se aceita os  objectivos realistas,  verdadeiros e de bom-senso, com que, como desde  sempre, o PSD se propõe enfrentar a presente situação para onde fomos  arrastados pela e com a República Portuguesa.
Ou se a população, absurdamente, vai enfiar as “promessas”, os  “subsídios”, as “isenções”, os “apoios” que a oposição se vai fartar de  anunciar, sem que haja um chavo para tal.
Pior. Se a população vai punir quem defendeu sempre a Madeira de toda a  pouca-vergonha socialista, nalguns casos com a cumplicidade do seu  “aliado” local, o CDS, vai punir quem foi fazendo tudo o que era  possível, mesmo contra a vontade e a força exterior dos partidos da  oposição.
Acho que seria muito injusto para o PSD.
E o Povo Madeirense, que na sua Sabedoria não é de concordar com tudo de uma forma cega, no entanto é Justo.
Porque seria um absurdo, um enlouquecimento colectivo, pôr no Governo  Regional precisamente aqueles que tanto mal e tantos danos nos causaram,  em especial os que foram, com Lisboa, os artífices e organizadores do  roubo às finanças regionais e dos calotes que a República nos deve –  estará, ainda, em condições de pagar?... – o que levou ao agravamento da  dívida pública da Região.
Agravamento, acentuado pela despesa com a reconstrução das estruturas  destruídas pelos aluviões de Fevereiro de 2010, pois o dinheiro vindo de  fora ficou muito aquém do necessário.
Agravamento, cuja alternativa seria parar, com as terríveis consequências económicas, culturais e sobretudo sociais.
Vem o candidato socialista, ex-comunista, dizer que aquilo que a  República nos fez não foi um roubo (!!) e que “roubo” seria as obras  públicas não terem “retorno”.
Estranho “socialismo”, mais a mais de um ex-comunista!...
Ora as obras são PÚBLICAS, não são investimentos privados, PRECISAMENTE PORQUE NÃO SE DESTINAM A RETORNO FINANCEIRO.
Mas têm sempre retorno social e às vezes cultural, bem como, por serem  estruturantes e sustentáveis do desenvolvimento e da iniciativa privada,  TÊM SEMPRE RETORNO INDIRECTAMENTE.
E quando este defensor do capitalismo liberal e selvagem – para alegria  do parceiro Pereirinha e de outros, cá, da “esquerda caviar” –  travestido de “socialista” e ex-comunista quer acabar com o futebol  profissional, incoerente ou ignorantemente esquece que é o principal  sector desportivo que dá apreciável retorno financeiro ao Orçamento  Regional e à Segurança Social, e dando, todos, retorno social e algum  financeiro indirecto.
Vejam como essa gente quer morder o Povo Madeirense!.... |  
                                                 
                          Artigo de Opinião de : Alberto João Jardim  |