segunda-feira, 11 de julho de 2011

À espreita!...

ALBERTO JOÃO JARDIM Loucos para morder!...
E a questão fundamental que se põe ao Povo Madeirense, é se aceita os objectivos realistas, verdadeiros e de bom-senso, com que, como desde sempre, o PSD se propõe enfrentar a presente situação para onde fomos arrastados pela e com a República Portuguesa.
Quando defini os quatro grandes objectivos imediatos futuros para a Madeira, regeneração financeira, conclusão das obras já comprometidas, manutenção do Estado Social e alargamento das competências autonómicas, obviamente que sei tal não estar na linha daquilo que “o povo gosta de ouvir” e que os partidos da oposição exploram sem um mínimo de vergonha. Essa de “o povo gosta de ouvir”, é uma expressão que acaba por não ser verdadeira, mesmo que, também e infelizmente, alguns Companheiros de Partido compartilhem dessa ideia que, temerosos, me lembram ao ouvido. Há Povo e há povo. Há o Povo que trabalha, que está atento a tudo o que o rodeia, que é bem formado, que sabe que não “caiem franguinhos do céu”, que é inteligente. E há o “poôve” que não gosta de trabalhar, que não liga pevide às suas responsabilidades de cidadania, que é invejoso, bilhardeiro e má-língua, que entende que os outros é que têm de sustentá-lo, trabalhando por eles, e que por não dever muito à mioleira desleixou a sua vida, às vezes ao ponto de degradá-la. Conclusão: este último “poôve”, que não merece ser Povo no sentido institucional de soberania cívica e democrática, só gosta de ouvir “promessas” – mesmo quando até talvez nelas não acredite – enfia o barrete em tudo quanto de facilidades lhe anunciam. O Leitor, farto, apesar de tudo vai tornar a ver disto nas próximas eleições regionais de Outubro. E o mais grave, é que os dirigentes dos partidos da oposição que temos na Madeira, são tão fracos que nem são capazes de o perceber. Insistem nos mesmos hábitos, cujos resultados são nulos apesar da frequência com que surgem e são apoiados no “partido da comunicação social”. Este odeia-me e ao PSD, não apenas por razões de diferenças político-ideológicas, mas também porque na Madeira e ao contrário do “politicamente correcto” do Retângulo, não nos subordinámos ao absurdo anti-democrático da tese do “quarto poder”, antes o enfrentamos e denunciámos sempre que necessário. Mas, voltando à oposição e aos que “compram” as “banhas de cobra” desses partidos, mesmo no fundo também neles desacreditando, mas para “se vingar” do PSD – de quê?!... – o certo é que vai começar por aí mais um folclore de “promessas” impossíveis, de “obras” e de “subsídios” para os quais não há dinheiro. E a questão fundamental que se põe ao Povo Madeirense, é se aceita os objectivos realistas, verdadeiros e de bom-senso, com que, como desde sempre, o PSD se propõe enfrentar a presente situação para onde fomos arrastados pela e com a República Portuguesa. Ou se a população, absurdamente, vai enfiar as “promessas”, os “subsídios”, as “isenções”, os “apoios” que a oposição se vai fartar de anunciar, sem que haja um chavo para tal. Pior. Se a população vai punir quem defendeu sempre a Madeira de toda a pouca-vergonha socialista, nalguns casos com a cumplicidade do seu “aliado” local, o CDS, vai punir quem foi fazendo tudo o que era possível, mesmo contra a vontade e a força exterior dos partidos da oposição. Acho que seria muito injusto para o PSD. E o Povo Madeirense, que na sua Sabedoria não é de concordar com tudo de uma forma cega, no entanto é Justo. Porque seria um absurdo, um enlouquecimento colectivo, pôr no Governo Regional precisamente aqueles que tanto mal e tantos danos nos causaram, em especial os que foram, com Lisboa, os artífices e organizadores do roubo às finanças regionais e dos calotes que a República nos deve – estará, ainda, em condições de pagar?... – o que levou ao agravamento da dívida pública da Região. Agravamento, acentuado pela despesa com a reconstrução das estruturas destruídas pelos aluviões de Fevereiro de 2010, pois o dinheiro vindo de fora ficou muito aquém do necessário. Agravamento, cuja alternativa seria parar, com as terríveis consequências económicas, culturais e sobretudo sociais. Vem o candidato socialista, ex-comunista, dizer que aquilo que a República nos fez não foi um roubo (!!) e que “roubo” seria as obras públicas não terem “retorno”. Estranho “socialismo”, mais a mais de um ex-comunista!... Ora as obras são PÚBLICAS, não são investimentos privados, PRECISAMENTE PORQUE NÃO SE DESTINAM A RETORNO FINANCEIRO. Mas têm sempre retorno social e às vezes cultural, bem como, por serem estruturantes e sustentáveis do desenvolvimento e da iniciativa privada, TÊM SEMPRE RETORNO INDIRECTAMENTE. E quando este defensor do capitalismo liberal e selvagem – para alegria do parceiro Pereirinha e de outros, cá, da “esquerda caviar” – travestido de “socialista” e ex-comunista quer acabar com o futebol profissional, incoerente ou ignorantemente esquece que é o principal sector desportivo que dá apreciável retorno financeiro ao Orçamento Regional e à Segurança Social, e dando, todos, retorno social e algum financeiro indirecto. Vejam como essa gente quer morder o Povo Madeirense!....

Artigo de Opinião de : Alberto João Jardim