Motores de busca  obrigam cérebro a pensar  de maneira diferente
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             Os motores de busca e as bases de dados online  transformaram-se numa espécie de "memória externa" do nosso cérebro,  mudando a forma como aquele órgão organiza e retém informação, defendem  os autores de um estudo da Columbia University.
A análise "Google Effects on Memory: Cognitive Consequences of Having  Information at Our Fingertips", publicada na revista Science, defende  que, desde o advento dos motores de busca, estamos a reorganizar a forma  como recordamos as coisas.
Mais especificamente, os autores do estudo sugerem que o nosso cérebro  "confia" na Internet da mesma maneira que confiamos na memória de um  amigo, colega de trabalho ou familiar.
Por outras palavras, escreve a Cnet, a Internet transformou-se naquilo a  que os psicólogos chamam de "memória transaccional", recordações  guardadas externamente que vamos "buscar" quando precisamos.
A análise sugere que esquecemos as coisas que estamos certos de  encontrar online, e temos mais tendência para recordar coisas que  achamos que não.
A preocupação com a possibilidade de o Google estar a tornar-nos seres  mais "estúpidos" não é de agora e foi colocada, pela primeira vez, por  Nicholas Carr, num artigo publicado em 2009.
Em 2010 o Pew Internet & American Life Project replicava a questão  no 4º inquérito ao "Futuro da Internet". Apesar de reconhecerem as  distracções associadas à navegação Internet, a falta de profundidade de  muitos conteúdos e a limitação à capacidade de concentração, os  utilizadores que responderam acreditavam que o cenário mais provável é  que até 2020 a disponibilidade de informação na Internet permitisse às  pessoas tornarem-se mais inteligentes e fazer melhores escolhas.
in sapo.pt/TEK