|                                                                                                                        | O Partido Social Democrata da Madeira  concretizou a sua quadragésima quarta vitória eleitoral, desde a sua  fundação há trinta e sete anos.
Contribuiu assim para a vitória nacional do Partido, a qual permite a  Pedro Passos Coelho formar um novo Governo da República, em coligação.
O PSD/Madeira manteve os seus quatro Deputados, o dobro dos dois que os doze Partidos da Oposição conseguiram eleger.
O facto do PS e do CDS terem eleito esses dois Deputados, um cada, nem  por isso estabelece qualquer deles como «alternativa» ao PSD, pois não  há qualquer proximidade entre os cinquenta por cento sociais-democratas e  os quinze e catorze por cento do PS e do CDS respectivamente.
Mantém-se, portanto, uma Oposição madeirense inflacionada num invulgar  número de Partidos, continuando estilhaçada e sem um único projecto  alternativo credível.
Aliás, o único denominador comum aos Partidos da Oposição, na Madeira, é  ser anti-PSD, desde a extrema-direita e direita até aos socialistas e  comunistas.
Esta Oposição mistura no seu anti-PSD, desde visões de sociedade  fascista ou conservadora até às socialistas «caviar» e comunistas.
O que lhes torna impossível apresentar ao eleitorado qualquer coisa  mínima de alternativa aos autonomistas sociais-democratas, pois não  existe na História e no mundo qualquer modelo político que corresponda a  uma salada como esta.
Aliás, é grotesca a forma de todos estes Partidos da Oposição madeirense  se referirem à longevidade da governação social-democrata. Como se a  vontade soberana do Povo, ao eleger, estivesse subordinada a prazos  (está anti-democraticamente no caso dos Autarcas), e como se o que  contasse, fosse o «tempo de serviço» e não a obra incontestavelmente  feita, quer no campo das infraestruturas, quer no campo do social, quer  na educação, desporto e cultura.
E, a acentuar mais o ridículo da Oposição na Madeira, está o facto de  aqueles que criticam a longevidade da governação autonomista  social-democrata, estarem praticamente à frente dos respectivos  Partidos, tanto quanto os dirigentes do PSD.
Ou melhor, enquanto nos Partidos da Oposição não há renovação porque os  seus conhecidos e estafados dirigentes não querem largar o tacho, apesar  de derrotas umas atrás das outras, e desta maneira impedem um arejar  necessário, positivo e inadiável nos respectivos Partidos, é no Partido  Social Democrata da Madeira que, apesar de poder, até se assiste a uma  maior e frequente renovação de Quadros.
Se não é de esperar que a Oposição mude alguma coisa nos próximos quatro  meses que faltam para as  eleições regionais, aposto que mesmo depois  destas, continuaremos a aturar as mesmas carinhas sustentadas pelo  «partido da comunicação social», este lóbi de políticos travestidos de  «jornalistas», a prestar um grande serviço ao Partido Social Democrata,  sem dar por isso.
E explico porquê, embora o atavismo político desses travestidos,  geralmente derivado de razões traumáticas do foro psíquico, também  esteja convencido de que anda a fazer um grande «papel».
É que os estilhaços que são a Oposição na Madeira, tornam-se sobejamente  fragmentados a fim de poder haver lugar para tantos candidatos a  «políticos importantes».
Ora, quando o «partido da comunicação social» omite propositadamente o  Princípio da Proporcionalidade e o Princípio do Contraditório, para já  nem sequer falar das violações sujas que fazem dos Princípios da  Objectividade, da Verdade e do Interesse Público, Princípios que são  praticados nas Democracias civilizadas, mas não na comunicação «social»  esquerdóide do arquipélago, quando, tontinhos, se metem ufanos nestas  diabruras, mais não fazem do que promover toda a mediocridade que marca a  Oposição madeirense.
Desde tresloucados, a palhaços, a analfabetos e a incultos, mesmo que  alguns apareçam bem vestidinhos e com ar sério, o «partido da  comunicação social» faz o favor de promover tal tipo de gente todos os  dias e até à exaustão, suscitando o repúdio das pessoas civilizadas,  nomeadamente élites regionais, inclusive mesmo de aqueles que não se  revejam no Partido Social Democrata.
Ou não andará por aqui, parte das explicações para o exagerado nível de abstenção na Madeira?...
Faltam quatro meses para as eleições regionais, em Outubro.
Apesar de já não haver tempo para que mudanças nos dirigentes dos  Partidos da Oposição local, criem qualquer problema ao Partido Social  Democrata, este não pode se deixar adormecer.
Também para nós faltam só quatro meses.
Cada eleição é diferente de outra.
Daqui até Outubro, partimos do ponto zero.
Temos todos de estar já a trabalhar.
Sobretudo conversar com aqueles que ainda não perceberam o seu erro em  se abster e, desta forma, arriscando-se a destruir trinta e cinco anos  de mudança única na Madeira, para A entregar ao que representa a maior  falta de nível e de responsabilidade na comunidade madeirense.
Já bastam aqueles que, rafeiros, só lhes interessa o bota-abaixo e se  agradam com a covardia das insinuações caluniosas e injuriosas que,  reles, nada provam.
É disto que as pessoas estão à mercê injustamente... dada a «justiça» que temos! |  
                                                 
                          Artigo de Opinião de : Alberto João Jardim |