segunda-feira, 27 de junho de 2011

Jornal da Madeira / Opinião / Data de Publicação: 2011-06-27
ALBERTO JOÃO JARDIM Defender o Estado Social e não embarcar nas aldrabices covardes
Defender o Estado Social, implica manter e aperfeiçoar todos os cuidados que são prestados à Terceira Idade.
Não há dúvidas de que, face à situação a que os socialistas trouxeram Portugal, bem como as tonterias que toda a Esquerda, em geral, espalhou ao longo destes anos, tudo isto, nos próximos anos da Madeira, obriga a uma defesa prioritária do Estado Social. Defender o Estado Social, afinal é procurar manter e aperfeiçoar, tanto quanto possível, o Sistema Regional de Saúde, quer ao âmbito hospitalar, quer dos Centros de Saúde, quer no quadro da medicina convencionada, quer na complementaridade da medicina e cuidados de saúde privados, quer ainda na estratégia do médico de família. E tudo isto sem submeter o Bem Comum a interesses particulares, nem pressões corporativas, nem chantagens do tipo capitalismo selvagem. Defender o Estado Social, significa manter e aperfeiçoar, tanto quanto possível, os apoios sociais e de solidariedade que a Região Autónoma presta, mas não pactuando com as fraudes daqueles que de facto não necessitam de apoios, nem com ameaças e pressões de certas entidades que julgam «ter a faca e o queijo na mão», esquecendo que a lei prevê remédios duros para solucionar tais atentados contra o Bem Comum. Defender o Estado Social, implica manter e aperfeiçoar todos os cuidados que são prestados à Terceira Idade. Aliás, nos domínios da Saúde, da Solidariedade Social e da política de Terceira Idade, os Governos sociais-democratas da Madeira orgulham-se de ter sido os pioneiros de muitas medidas que hoje são adoptadas na generalidade do território nacional, adoptadas no todo ou em parte. Porém, defender o Estado Social, implica também um enorme esforço de remar contra as tendências crescentes de desemprego, fenómeno não apenas localizado na Madeira, mas espalhado, ainda com maior gravidade, no restante espaço nacional e em toda a Europa. Mas, também, não pactuar com quem não quiser trabalhar. As pessoas interrogam-se como vai ser possível à pequenina e débil Madeira, continuar a lutar para manter o seu Estado Social, que ergueu com grande esforço e muito orgulho. Como vai ser possível, nas presentes condições a que lamentavelmente a República Portuguesa chegou. Trata-se de um desafio. De um desafio absolutamente prioritário. De um desafio que tem de mobilizar os Madeirenses e os Portossantenses. Onde a dificuldade maior estará em conseguir manter meios financeiros, quer através de políticas cá e com Lisboa, quer de incentivo às actividades económicas privadas. Os autonomistas sociais-democratas conseguiram aquilo que há trinta e cinco anos ninguém acreditava. Transformar uma Madeira de economia ruralizada, dominada pelos capitalistas ingleses cá residentes, numa Madeira de economia europeizada, liderada por Empresários madeirenses, e moderna sob o ponto de vista cultural e civilizacional. Isto foi conseguido, indo de encontro aos sentimentos pacíficos e de equilíbrio da população do arquipélago. Com a eficiência que socialistas e comunistas não têm, mormente por causa do respectivo radicalismo, os autonomistas sociais-democratas, sempre postados ao Centro, fizeram vingar Valores na sociedade madeirense, que desmantelaram a estrutura social arcaica, injusta e reaccionária da Direita e da extrema-direita. Ao mesmo tempo impediram que o arquipélago se afundasse num modelo catastrófico de sociedade socialista, ou no modelo fascista do comunismo. É por aqui que continuaremos a ir. Precisamente porque é também o Estado Social na Madeira, que está em jogo. Todos sabem que tal prioridade vai principalmente depender dos meios financeiros a obter, mais do que da boa-vontade que já existe. Todos sabem que tal prioridade é impossível se o Povo Madeirense escolher voltar aos tempos injustos da Direita e da extrema-direita. Todos sabem que, de certeza, tal prioridade é impossível, se a Madeira vier a ser entregue àqueles mesmos socialistas que, para além de não terem agora qualquer crédito junto da República Portuguesa, são as mesmíssimas pessoas que, cá na Madeira, urdiram com Sócrates o roubo financeiro que bem nos desgraçou. E deixemo-nos de tretas. Se o sector empresarial privado for abaixo, o Estado Social é impossível. Todos os Empresários que façam crescer a Madeira e descer o desemprego, estamos de braços abertos para eles. É tempo de acabar com esse ridículo bilhardeiro, feito de invejas, de que todos os Empresários que, trabalhando com a Autonomia desenvolvimentista, fizeram crescer a Madeira, são os «maus», os «ladrões», os «corruptos». Esse ridículo e maldade vergonhosa que é a covardia de acusar, sem provas, os Empresários madeirenses que cresceram, criaram Empregos e desenvolveram a Madeira, destina-se a cobrir os Empresários socialistas, os quais seriam os únicos «bonzinhos». E, sobretudo, para fazer crer que os antigos dominadores ingleses, no meio da miséria da Madeira de então, é que seriam os com «virtude»! Estão a perceber como se tenta enganar e virar a Opinião Pública da nossa terra?!..