terça-feira, 15 de janeiro de 2013

mentiras da política

As mentiras do sr. Rodrigues



Fernão de Ornelas teve de sair da Madeira, apesar da Obra que ergueu, porque o “cambão” – os “interesses” estabelecidos, mormente os poderes económicos – não desistiu sem o eliminar, até com o recurso sujo a questões privadas, porque Ele havia tocado nos “donos” do arquipélago.

O sr. Rodrigues encaixou-se no Forte de S. Tiago e anunciou-se candidato à presidência da Câmara Municipal do Funchal.
Nada de novo. O sr. Rodrigues, megalomanamente, sem ter a noção das suas capacidades, desde há muitos anos é candidato a tudo e a mais alguma coisa que houver.
É assim, desde que foi debulhando outros camaradas de partido até chegar à liderança do CDS, já lá vão muitos anos, sem vergonha apesar das derrotas acumuladas.
É assim.
Agora é o Forte S. Tiago, amanhã porventura o Palácio de S. Lourenço, quiçá ainda o Pico Ruivo, e upa, upa, vaidade e penacho sob obsessão permanente.
O homem é assim, não venha mal maior ao mundo.
Porém o ridículo agrava-se, a roçar a interrogação bem madeirense do “estará bom da cabeça?”, quando na sua pompa taberneira se apresenta como “continuador” do Dr. Fernão de Ornelas! Já que outras afinidades também entoadas não as discuto, quer na sua natureza política, quer nas cenas que se viram nas eleições regionais de Outubro de 2011 e, ainda mais recentemente, no interior do PSD.
Agora, o sr. Rodrigues, “continuador” de Fernão de Ornelas, esta ultrapassa tudo!
Aprendi sobre o que foi o período Dr. Fernão de Ornelas, porque o meu Avô, Tenente Domingos Cardoso, foi sempre seu Vereador, e porque me faltou o Pai muito cedo fui também educado pelo meu Avô.
O Dr. Fernão de Ornelas e as suas Vereações realizaram uma obra fantástica ao âmbito do Concelho do Funchal, tanto quanto permitiam os condicionalismos da época, então também muitas vezes à revelia de Lisboa e contra o “cambão” dos “interesses” locais instalados, sem hesitar em fazer dívida pública.
Mas é preciso lembrar que é Dele a frase “o madeirense é o maior inimigo do madeirense”, tal como eu constatei até nas nossas Comunidades Emigrantes, bem como o poder económico inglês o percebeu e alimenta.
Fernão de Ornelas teve de sair da Madeira, apesar da Obra que ergueu, porque o “cambão” – os “interesses” estabelecidos, mormente os poderes económicos – não desistiu sem o eliminar, até com o recurso sujo a questões privadas, porque Ele havia tocado nos “donos” do arquipélago.
É a tragédia histórica da Madeira, que acaba por se repetir sempre, dado que parece existir uma característica genética de desorientação colectiva em determinados momentos.
E é o sr. Rodrigues e o seu partideco, exemplares activos do negativismo e da mediocridade doméstica, da inveja, da mentira e da bilhardice como instrumentos de política, à espera de usufruir das repetidas fatalidades históricas, é esta gente que se atreve a “herdeiros” de Fernão de Ornelas!
É demais!...
Depois, não hesitam na deturpação da História, à boa maneira estalinista como os empregados na comunicação social do Blandy.
O sr. Rodrigues, pateticamente e patetamente, sonhando com “coligações” futuras em que ele ainda não percebeu que nunca seria o “chefe” que tanto gosta de ser, pura e simplesmente falseia a História que até não tem currículo para conhecer, eliminando os dois grandes Presidentes da Câmara Municipal do Funchal post-Autonomia, Virgílio Pereira e João Dantas, qualquer deles com uma Obra notável, desde o social e o cultural, ao infraestruturado.
Homens que para afirmar o Seu Valor, nunca precisaram de recorrer a publicidade “comprada” na comunicação “social”.
Mas percebe-se a intenção rodrigalmente foleira.
Até apaga o muito que os sucessivos Governos Regionais fizeram no Concelho do Funchal!
E a gravíssima deturpação dos factos pelo farisaísmo que tem o descaramento de se autonomear de “partido cristão”, ao mesmo tempo que se coliga com socialistas e comunistas, vai ao ponto de atingir a honra do Dr. Bruno Pereira, candidato social-democrata.
Afinal, quem “traiu” quem?
De certeza que não foi o Dr. Bruno Pereira, que se manteve leal e coerente com a direcção político-partidária que integrava e que o havia candidatado a mandatos na Câmara do Funchal.
De certeza que não foi o Dr. Bruno Pereira que traíu o voto democrático do Povo Madeirense, inequivocamente manifestado um ano antes.
A verdade é que o Dr. Bruno Pereira foi traído pelos que o consideravam o candidato ideal e, só porque não pactuou com irresponsabilidades, lhe retiraram o ganha-pão.
Como é verdade que, ao contrário de outros, o Dr. Bruno Pereira nunca andou em exibicionismos, como necessidade para se afirmar.
Afinal, é evidente quem “traiu” quem.
E se o sr. Rodrigues e outros seus compinchas às claras ou às escondidas, pensam que vão dividir o PSD, enganam-se.
Interna e democraticamente, discutiu-se e decidiu-se o que havia para discutir e decidir. Agora, todos juntos, vamos às eleições autárquicas com o espírito de sempre.
Só se divide, aquilo que é passível de divisão. E o PSD/Madeira sempre foi suficientemente forte e SEGURO, para legal e legitimamente não manter nas suas fileiras tais agentes de divisão.
E percebam aqueles “partidos” e “jornalismos” que reduziram a POLÍTICA, a política doméstica e a garotice.
Nós, autonomistas sociais-democratas, estamos do outro lado.
Somos os vossos adversários.