terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Entrar em acordo...


 


Romper!



Aquilo a que agora assistimos, são as forças ocultas do capitalismo selvagem que dominam os partidos políticos – maçonaria e outras – avançar com a sua pretendida “nova ordem mundial”.

As questões são simples.
O caminho para a recuperação de Portugal implica políticas de crescimento económico, mais emprego e mais receita pública, e só assim se poderão honrar os compromissos de dívida pública.
O caminho para a consolidação do projecto europeu passa por uma maior solidariedade entre seus Estados-membros, nunca esta agiotagem de a Banca dos países mais ricos estar a ganhar com a carga fiscal crescente nos países mais pobres. A moeda única implica mais federalismo, mais políticas orçamentais e sociais comuns.
O caminho futuro da Madeira implica uma maior, muito maior Autonomia Política claramente definida em termos constitucionais, a fim de o Povo Madeirense ter nas mãos os meios adequados para articular com sucesso o saldar dos compromissos da Região Autónoma com um novo surto de crescimento económico.
Tudo isto significa políticas diferentes na União Europeia que permitam Portugal encontrar as saídas adequadas que, com certeza, não são as actuais. E que, de uma vez por todas, a República Portuguesa, em relação à Madeira, se deixe de caprichos e prepotências colonialistas e, de acordo com a Democracia comum à civilização ocidental, permita ao Povo Madeirense autodeterminar o rumo que pretende.
O que forçosamente não tem a ver com “independência”. Passa por uma solução portuguesa que só não acontecerá se Lisboa não quiser e, na sua proverbial cegueira histórica e incompetência política, com injustiças nos empurrar para outros caminhos.
O que está a suceder na Europa é uma perfeita antítese dos objectivos que nos trouxeram à União Europeia. Esta assenta na coesão económica, na coesão social e na coesão territorial (coisa que a República Portuguesa também não pratica, violando o nosso Estatuto Político-Administrativo e até a própria Constituição, sempre que lhe interessa).
Portugal e outros países do sul europeu endividaram-se para atingir a tal coesão económica, social e territorial que nos foi prometida pela União Europeia.
Se não foi assim, então que se demonstre onde e quando os dinheiros não se aplicaram com esse fim.
Aquilo a que agora assistimos, são as forças ocultas do capitalismo selvagem que dominam os partidos políticos – maçonaria e outras – avançar com a sua pretendida “nova ordem mundial”.
Os países europeus mais pobres endividaram-se para cumprir os desígnios europeus. Agora o grande capital europeu puxa-nos o tapete, sujeita-nos a sacrifícios insuportáveis e sem termo à vista, destrói as nossas classes médias, suportes do conceito e vivência clássicos da Democracia, para melhor dominar à escala planetária.
O controlo da Opinião Pública é feito por esses poderes do grande capitalismo, através da propriedade de quase todos os grandes meios de comunicação social, numa camuflagem que envolve mercenários com estatuto de “jornalistas”, travestidos de “esquerda” e de “contestatários” para enganar os que a tal se deixam.
Políticos ou meios de comunicação social que denunciem tudo isto, são para abater, em nome da imposição de um adequado “pensamento único”.
O escândalo reside precisamente na docilidade com que os “políticos” dos países em dificuldade, aceitam esta pouca-vergonha. Os ditos de “esquerda”, os ditos do “centro” e os ditos de “direita”!
O escândalo reside na resistência que toda esta chusma opõe a qualquer mudança constitucional, na Europa ou no País. Todos feitos com o Sistema e atribuindo a outros, “sistemas” inexistentes.
A Madeira também se desenvolveu, porque tinha esse Direito.
Endividou-se para se infraestruturar, para aproveitar ao máximo os Fundos Europeus, e para sobreviver sempre que Governos socialistas da República Portuguesa, bem como alguns outros, por razões políticas tentaram rebentar connosco.
Se tivéssemos caído na esparrela do “equilíbrio orçamental”, estaríamos tão atrasados, ou mais, do que há trinta anos. Se tivéssemos ido na esparrela de não fazer dívida “por causa das gerações seguintes”, então nem a nossa, nem qualquer das próximas por causa do mesmo argumento, beneficiaria do que agora podemos usufruir e já ninguém nos tira.
Que fez a República Portuguesa?
Primeiro, nem um tostão por cá investiu, limitando-se a pagar as Forças Armadas, as Polícias, os Tribunais e outros pouquíssimos serviços que por cá tenha, violando escandalosamente a Constituição nas responsabilidades com a Educação e a Saúde.
Segundo, recusou-nos sempre a Autonomia no seio da Pátria portuguesa, a que pretendemos e temos Direito.
Terceiro, cúmplice, deixou alimentar campanhas mentirosas contra a Região Autónoma e o seu Povo, lançando assim, irresponsavelmente, Portugueses contra Portugueses.
Quarto, por razões partidárias – e não só dos socialistas, o CDS sabe-o – impôs-nos garrotes financeiros, numa vergonhosa e anti-democrática instrumentalização do Estado.
Quinto, agora impõe-nos um lote de dificuldades crescentes, cada vez mais insuportáveis, ao ponto de suspeitarmos que andam nisto questões de “sociedades secretas” e partidárias.
Temos aturado tudo!
Mas chegou o momento de dizer BASTA!
Basta desta política europeia! Basta desta política portuguesa! Basta de a Madeira ser tratada desta maneira!
É preciso mudar!
E nas circunstâncias presentes, de sistemas montados aos diversos escalões, é preciso romper!
Não é esta mediocridade de se andar a discutir o Coelho, o sr. Rodrigues, o Blandy e os seus asseclas, o “padre Edgar”, os socialistas, os “pavões” e oportunistas partidários, etc., todas essas menoridades que, de propósito para abandalhar a vida madeirense, foram transformadas em “figuras públicas”.
Não!
O caminho é outro.
É de ruptura