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Artigo de Opinião de : Alberto João Jardim
                          | Já nem preciso de repisar o passado.
 Toda a gente sabe as razões de o grupo Blandy’s, desde que em 1974 
apareci na política, sempre me ter feito guerra, a qual chegou ao 
radicalismo dos últimos tempos.
 Radicalismo extremado desde o aparecimento em cena do actual líder (?) 
do grupo, menos preparado do que os anteriores, logo evidentemente mais 
nas mãos de capatazes sinistros.
 Obsessão pessoal contra mim que não encontra paralelo em relação a 
qualquer outra pessoa, movimentos ou ideias, durante a Democracia em 
Portugal.
 No quadro de poder que o grupo dispõe na Madeira, obviamente que avulta o
 “diário de notícias”, onde foi incutida uma cultura de obsessão para 
destruir a minha pessoa.
 E não só. Outros alvos, inclusive empresários, escolhidos cirurgicamente
 para serem abatidos ao sabor dos mais variados critérios, que vão desde
 a concorrência a eliminar, à inveja e até  às medíocres vingançazinhas 
pessoais, nalguns casos a ver com a liberdade de ser ou não cliente 
disto ou daquilo.
 Vinganças reles às vezes nem sequer propriamente de interesses do grupo proprietário se tratando.
 Mas de outros afins.
 Na cultura de obsessão contra a minha pessoa e tudo o que me esteja 
ligado, facilmente inculcada numa redacção cujo posicionamento 
político-ideológico está nos antípodas do meu, redacção 
maquiavelicamente escolhida para tal efeito, nesta obsessão que hoje 
está claramente marcada por uma certa patologia, o grupo Blandy’s fez 
crer aos seus empregados que haveria uma intenção de “fechar” aquele que
 foi um diário respeitável e hoje não passa de um panfleto alimentado e 
pago para destruir.
 É mentira qualquer nossa intenção de querer fechar o “diário de 
notícias” do Funchal. O grupo Blandy’s é que está contra o “Jornal da 
Madeira”, pretendendo ficar com o monopólio da imprensa diária na 
Madeira, um monopólio de opinião que estabeleceria um poder 
anglo-socialista.
 Ninguém que se preze, pode alimentar um panfleto que quase todos os dias
 é desmentido – autêntico recorde         nacional – ninguém que preze a
 ética, a liberdade de imprensa e o seu princípio do contraditório, 
ninguém que preze a verdade, pode pagar para todos os dias se defrontar 
com sujeiras que visam a sua própria destruição.
 O grupo Blandy’s tem o poder do dinheiro.
 Tem o poder de, com esse dinheiro, poder sustentar um panfleto quotidiano destrutivo.
 Mas não tem o poder de obrigar quem quer que seja, a se imolar suicidamente.
 E porque para certa gente, da qual evidentemente me quero de fora, o 
“deus dinheiro” é que conta, obviamente que não aceitam que alguém lhes 
deixe de pagar para, ao mesmo tempo, continuar a ser ofendido e 
destruído.
 Esta situação agravou-se quando, em coerência com o que pensamos sobre a
 Madeira do passado e sobre o comportamento do grupo Blandy’s, nos 
recusámos a participar numas “comemorações” do seu centenário.
 E pior ainda ficou com as últimas eleições regionais, quando eu disse 
que uma vitória do Partido Social Democrata da Madeira seria a 
demonstração de que, em Portugal, era possível derrotar os poderes 
ocultos que controlam o País num capitalismo selvagem.
 Era a demonstração de que era possível derrotar os poderes centralizados
 em Lisboa, dos quais o “d.n.” é colaboracionista desde o início da 
Autonomia.
 Todos sabem a conjugação insólita de forças a que assistimos nessas 
eleições, os Madeirenses e os Portossantenses são inteligentes, não 
estão a dormir, compreenderam os porquês.
 Sabem também que a humilhação dessa gente ao ser derrotada, não se fica 
quieta, é assim em todas as partes do mundo onde exercem poder, só a 
ignorância ou a má-fé é que dirão se tratar de alucinações.
 Mas não tenho medo, embora consciente dos riscos que assumi.
 Daí o novo refrão, de um Governo recém-eleito democraticamente é que 
deve se demitir. Daí, após as eleições, o constante metralhar agressivo 
de uma comunicação social lisboeta quase completamente dominada, para a 
qual, cá e lá, a receita que os desespera, é o desprezo aliado ao humor 
com que se a pode e deve caricaturar.
 O panfleto dos Blandy’s passou décadas a “exigir”, a “reivindicar”, que se fizesse isto e mais aquilo.
 Fomos zurzidos por não concretizar tais delírios atrás de delírios, os quais teriam ainda aumentado muito mais a dívida pública.
 Fizemos tudo o que era oportuno fazer, sabendo aproveitar as conjuntura anteriores.
 Fizemo-lo sem o dinheiro da República Portuguesa.
 Mesmo sem embarcar nas “exigências” e “delírios” quotidianos do panfleto
 Blandy’s, obviamente que foi preciso estabelecer uma dívida pública, 
sem a qual não teríamos a qualidade de vida que hoje desfrutamos.
 Mas o panfleto de Michael Blandy e de José Câmara – aquele é que paga, 
evidentemente – esquece, qual ilusionista, tudo o que muito mais  
diariamente “exigia”, e vem agora aproveitar as dificuldades 
internacionais, nacionais e da Banca, para sem novidade atacar o se ter 
conseguido uma solução com a República Portuguesa que não está para nos 
pagar e separa Continente e Madeira em termos de soluções financeiras, 
quais países diferentes.
 Mas, com tal ataque, o “d.n.” precisamente contesta a solução que sustenta financeiramente o futuro da Autonomia Política.
 Fosse qual fosse o acordo estabelecido, tal ataque existiria sempre.
 Todos o sabem.
 Não é jornalismo. É um nojo!
 E quando no futuro, uma vez mais, ficar demonstrado que esta era a 
solução certa e possível nas circunstâncias presentes, o grupo Blandy’s 
esquecerá o que de reles agora diz no seu panfleto, e continuará com 
outras e novas enormidades. O mesmo nojo!
 O problema, para eles, será não haver “fim da História”.
 Porque, principalmente a partir de agora, vamos demonstrar que o Povo 
Madeirense afinal pode e deve resolver os seus problemas sozinho, na 
comunidade mundial em que vivemos.
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