Os semitas das grandes
civilizações estavam satisfeitos com
seus sistemas de escrita. De um lado,
no nordeste da África, predominava o
sistema egípcio, e do outro, na
Mesopotâmia, o sistema cuneiforme.
Acontece, porém, que entre esses
dois pólos de civilização viviam povos
que não estavam comprometidos
demais com essas culturas, mas que
eram grandes comerciantes no
Mediterrâneo. Eles logo perceberam
que os silabários cuneiformes eram
muito práticos (com poucos
caracteres escrevia-se qualquer
palavra) mas que a escrita egípcia
tinha uma forma gráfica mais
atraente para ser escrita e lida, útil
sobretudo nas necessidades do dia-adia.
Surgiu, então, uma escrita com
caracteres egípcios para línguas do
Oriente Médio. Como eram línguas
que estavam sendo escritas pela
primeira vez; nada mais conveniente
do que unir as vantagens gráficas dos
caracteres egípcios às vantagens
funcionais da escrita cuneiforme que,
há muito, já abandonara a maioria
dos caracteres ideográficos em favor
de um silabário com poucos
caracteres.
Os documentos mais antigos
que nos chegaram dessa nova escrita
foram descobertos em 1904-1905
pelo arqueólogo britânico Flinders
Petrie, em Serabq el Khadin, no
Sinai. Essas inscrições, chamadas de
proto-sinaíticas, datavam de cerca de
1500 a.C. e foram estudadas
minuciosamente pelo grande
egiptólogo, também britânico, Alan
Gardiner, que demonstrou sua
ligação com os hieróglifos egípcios. A
escrita proto-sinaítica certamente
influenciou o que veio depois, mas
faltam-nos documentos para
estabelecer as pontes nos tempos e
lugares corretos.
No outro extremo do Oriente
Médio os fenícios tinham na escrita
um instrumento importante de sua
atividade comercial ao redor do
Mediterrâneo. Se, por um lado,
quando viajavam valia a pena seguir
cultura dos ricos egípcios, assírios e
babilônicos, em casa a nova escrita
era mais prática e, portanto, mais
útil. Ao que tudo indica, a escrita
fenícia já estava estabelecida no
século XIII a.C., época dos
documentos mais antigos. Os mais
importantes são as inscrições do
sarcófago do rei Ahiirâm de Biblos,
que datam de cerca de 1300 a.C., e
os da pedra Moabita, do rei Mesa,
que datam de 842 a.C.
No século XI a.C., o sistema
utilizado na escrita fenícia já tinha
passado por várias modificações e se
fixado numa forma definitiva, com 22
letras apenas. Ela está na origem de
muitas outras escritas, como a árabe,
a hebraica, a aramaica, a tamúdica, a
púnica (de Cartago) e, sobretudo, a
escrita grega, da qual se derivou a
latina, origem do alfabeto que hoje
usamos.
Os semitas do Oriente Médio
puseram em prática aquela idéia de
formar uma escrita com poucos
caracteres e com formas gráficas de
fácil desenho. Para isto, fizeram uma
lista de palavras, de tal modo que
cada uma delas começasse pelo som
de uma consoante diferente, e sua
sucessão representasse toas asconsoantessemitas das grandes
civilizações estavam satisfeitos com
seus sistemas de escrita. De um lado,
no nordeste da África, predominava o
sistema egípcio, e do outro, na
Mesopotâmia, o sistema cuneiforme.
Acontece, porém, que entre esses
dois pólos de civilização viviam povos
que não estavam comprometidos
demais com essas culturas, mas que
eram grandes comerciantes no
Mediterrâneo. Eles logo perceberam
que os silabários cuneiformes eram
muito práticos (com poucos
caracteres escrevia-se qualquer
palavra) mas que a escrita egípcia
tinha uma forma gráfica mais
atraente para ser escrita e lida, útil
sobretudo nas necessidades do dia-adia.
Surgiu, então, uma escrita com
caracteres egípcios para línguas do
Oriente Médio. Como eram línguas
que estavam sendo escritas pela
primeira vez; nada mais conveniente
do que unir as vantagens gráficas dos
caracteres egípcios às vantagens
funcionais da escrita cuneiforme que,
há muito, já abandonara a maioria
dos caracteres ideográficos em favor
de um silabário com poucos
caracteres.
Os documentos mais antigos
que nos chegaram dessa nova escrita
foram descobertos em 1904-1905
pelo arqueólogo britânico Flinders
Petrie, em Serabq el Khadin, no
Sinai. Essas inscrições, chamadas de
proto-sinaíticas, datavam de cerca de
1500 a.C. e foram estudadas
minuciosamente pelo grande
egiptólogo, também britânico, Alan
Gardiner, que demonstrou sua
ligação com os hieróglifos egípcios. A
escrita proto-sinaítica certamente
influenciou o que veio depois, mas
faltam-nos documentos para
estabelecer as pontes nos tempos e
lugares corretos.
No outro extremo do Oriente
Médio os fenícios tinham na escrita
um instrumento importante de sua
atividade comercial ao redor do
Mediterrâneo. Se, por um lado,
quando viajavam valia a pena seguir
cultura dos ricos egípcios, assírios e
babilônicos, em casa a nova escrita
era mais prática e, portanto, mais
útil. Ao que tudo indica, a escrita
fenícia já estava estabelecida no
século XIII a.C., época dos
documentos mais antigos. Os mais
importantes são as inscrições do
sarcófago do rei Ahiirâm de Biblos,
que datam de cerca de 1300 a.C., e
os da pedra Moabita, do rei Mesa,
que datam de 842 a.C.
No século XI a.C., o sistema
utilizado na escrita fenícia já tinha
passado por várias modificações e se
fixado numa forma definitiva, com 22
letras apenas. Ela está na origem de
muitas outras escritas, como a árabe,
a hebraica, a aramaica, a tamúdica, a
púnica (de Cartago) e, sobretudo, a
escrita grega, da qual se derivou a
latina, origem do alfabeto que hoje
usamos.
Os semitas do Oriente Médio
puseram em prática aquela idéia de
formar uma escrita com poucos
caracteres e com formas gráficas de
fácil desenho. Para isto, fizeram uma
lista de palavras, de tal modo que
cada uma delas começasse pelo som
de uma consoante diferente, e sua
sucessão representasse todas asconsoantes