terça-feira, 28 de julho de 2009

O ALFABETO SEMÍTICO

Os semitas das grandes civilizações estavam satisfeitos com seus sistemas de escrita. De um lado, no nordeste da África, predominava o sistema egípcio, e do outro, na Mesopotâmia, o sistema cuneiforme. Acontece, porém, que entre esses dois pólos de civilização viviam povos que não estavam comprometidos demais com essas culturas, mas que eram grandes comerciantes no Mediterrâneo. Eles logo perceberam que os silabários cuneiformes eram muito práticos (com poucos caracteres escrevia-se qualquer palavra) mas que a escrita egípcia tinha uma forma gráfica mais atraente para ser escrita e lida, útil sobretudo nas necessidades do dia-adia. Surgiu, então, uma escrita com caracteres egípcios para línguas do Oriente Médio. Como eram línguas que estavam sendo escritas pela primeira vez; nada mais conveniente do que unir as vantagens gráficas dos caracteres egípcios às vantagens funcionais da escrita cuneiforme que, há muito, já abandonara a maioria dos caracteres ideográficos em favor de um silabário com poucos caracteres. Os documentos mais antigos que nos chegaram dessa nova escrita foram descobertos em 1904-1905 pelo arqueólogo britânico Flinders Petrie, em Serabq el Khadin, no Sinai. Essas inscrições, chamadas de proto-sinaíticas, datavam de cerca de 1500 a.C. e foram estudadas minuciosamente pelo grande egiptólogo, também britânico, Alan Gardiner, que demonstrou sua ligação com os hieróglifos egípcios. A escrita proto-sinaítica certamente influenciou o que veio depois, mas faltam-nos documentos para estabelecer as pontes nos tempos e lugares corretos. No outro extremo do Oriente Médio os fenícios tinham na escrita um instrumento importante de sua atividade comercial ao redor do Mediterrâneo. Se, por um lado, quando viajavam valia a pena seguir cultura dos ricos egípcios, assírios e babilônicos, em casa a nova escrita era mais prática e, portanto, mais útil. Ao que tudo indica, a escrita fenícia já estava estabelecida no século XIII a.C., época dos documentos mais antigos. Os mais importantes são as inscrições do sarcófago do rei Ahiirâm de Biblos, que datam de cerca de 1300 a.C., e os da pedra Moabita, do rei Mesa, que datam de 842 a.C. No século XI a.C., o sistema utilizado na escrita fenícia já tinha passado por várias modificações e se fixado numa forma definitiva, com 22 letras apenas. Ela está na origem de muitas outras escritas, como a árabe, a hebraica, a aramaica, a tamúdica, a púnica (de Cartago) e, sobretudo, a escrita grega, da qual se derivou a latina, origem do alfabeto que hoje usamos. Os semitas do Oriente Médio puseram em prática aquela idéia de formar uma escrita com poucos caracteres e com formas gráficas de fácil desenho. Para isto, fizeram uma lista de palavras, de tal modo que cada uma delas começasse pelo som de uma consoante diferente, e sua sucessão representasse toas asconsoantessemitas das grandes civilizações estavam satisfeitos com seus sistemas de escrita. De um lado, no nordeste da África, predominava o sistema egípcio, e do outro, na Mesopotâmia, o sistema cuneiforme. Acontece, porém, que entre esses dois pólos de civilização viviam povos que não estavam comprometidos demais com essas culturas, mas que eram grandes comerciantes no Mediterrâneo. Eles logo perceberam que os silabários cuneiformes eram muito práticos (com poucos caracteres escrevia-se qualquer palavra) mas que a escrita egípcia tinha uma forma gráfica mais atraente para ser escrita e lida, útil sobretudo nas necessidades do dia-adia. Surgiu, então, uma escrita com caracteres egípcios para línguas do Oriente Médio. Como eram línguas que estavam sendo escritas pela primeira vez; nada mais conveniente do que unir as vantagens gráficas dos caracteres egípcios às vantagens funcionais da escrita cuneiforme que, há muito, já abandonara a maioria dos caracteres ideográficos em favor de um silabário com poucos caracteres. Os documentos mais antigos que nos chegaram dessa nova escrita foram descobertos em 1904-1905 pelo arqueólogo britânico Flinders Petrie, em Serabq el Khadin, no Sinai. Essas inscrições, chamadas de proto-sinaíticas, datavam de cerca de 1500 a.C. e foram estudadas minuciosamente pelo grande egiptólogo, também britânico, Alan Gardiner, que demonstrou sua ligação com os hieróglifos egípcios. A escrita proto-sinaítica certamente influenciou o que veio depois, mas faltam-nos documentos para estabelecer as pontes nos tempos e lugares corretos. No outro extremo do Oriente Médio os fenícios tinham na escrita um instrumento importante de sua atividade comercial ao redor do Mediterrâneo. Se, por um lado, quando viajavam valia a pena seguir cultura dos ricos egípcios, assírios e babilônicos, em casa a nova escrita era mais prática e, portanto, mais útil. Ao que tudo indica, a escrita fenícia já estava estabelecida no século XIII a.C., época dos documentos mais antigos. Os mais importantes são as inscrições do sarcófago do rei Ahiirâm de Biblos, que datam de cerca de 1300 a.C., e os da pedra Moabita, do rei Mesa, que datam de 842 a.C. No século XI a.C., o sistema utilizado na escrita fenícia já tinha passado por várias modificações e se fixado numa forma definitiva, com 22 letras apenas. Ela está na origem de muitas outras escritas, como a árabe, a hebraica, a aramaica, a tamúdica, a púnica (de Cartago) e, sobretudo, a escrita grega, da qual se derivou a latina, origem do alfabeto que hoje usamos. Os semitas do Oriente Médio puseram em prática aquela idéia de formar uma escrita com poucos caracteres e com formas gráficas de fácil desenho. Para isto, fizeram uma lista de palavras, de tal modo que cada uma delas começasse pelo som de uma consoante diferente, e sua sucessão representasse todas asconsoantes