sábado, 21 de maio de 2022
Promontório da Saudade (Ponta do Pargo)
Qual navio enorme
enfrentando tempestades, ergue-se, impávido, o Promontório.
Do alto, o farol incandescente deixa no ar um brado intermitente exalando saudades!...
Saudades que moram além do mar
para lá do horizonte
com seus medos
e seus mistérios
que se querem postergar...
Ah! Minha terra querida, repousas em meu coração,
em meus sonhos e pensamentos vejo-te em imagem garrida,
em lágrimas incontidas, desafiando os meus tormentos.
Será que terei a felicidade
de desatar o encanto
de rever-te, minha terra,
e de aí enxugar o meu pranto?
Ah! Saudade,
que me queres matar!
Eleutério Sousa