domingo, 1 de março de 2015

Irmãos...mais ou menos!

ugueses?
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Parece ser uma relação de amor/ódio aquela que une os nossos povos irmãos. A opinião dos brasileiros sobre Portugal e sobre os portugueses varia muito consoante a descendência dos brasileiros e as vivências ou contactos que eles tiveram com portugueses. No fundo, existe quem ama Portugal com todo o coração e o associe aos seus antepassados, quem olha para Portugal lhe chama carinhosamente de "terrinha". São muito comuns e fortes os laços familiares existentes entre os 2 povos. Raros são os portugueses que não têm família no Brasil. Os brasileiros, quando visitam Portugal, costumam ficar admirados com a simpatia do povo, a limpeza das ruas, os imponentes monumentos, os belos palácios e até com as casinhas de pedra tão típicas das nossas aldeias. Mas depois há quem tenha alguns sentimentos negativos em relação aos portugueses. Os Brasileiros têm ainda hoje uma imagem pouco moderna do Português. “Terrinha e cafezinho” são exemplos das palavras que lhes invadem o imaginário quando pensam no mundo Português. As anedotas sobre os Portugueses têm um conteúdo similar às anedotas, nem sempre caridosas, que os “Tugas” contam sobre os alentejanos. Enfim, nada de muito gratificante! Acima de tudo, caricaturas de gente pouco inteligente, pouco mundana, pouco esclarecida e com pouca influência no mundo em geral. Além disso, existe sempre a velha questão do ouro brasileiro, sobre a qual ninguém se entende. Muitos brasileiros pensam que o Brasil será sempre pobre porque Portugal roubou o seu ouro. Os portugueses, por seu lado, acham que apenas estavam a explorar um recurso natural numa terra que naquela época lhes pertencia, além de que apenas 20% do ouro brasileiro veio para Portugal, sendo que os restantes 80% foram investidos na construção de cidades, acessos, aquedutos, igrejas, conventos, etc, um pouco por todo o Brasil. E se em relação ao ouro não há entendimento possível, numa questão parecem estar todos de acordo: Portugal fez um bom trabalho na gestão do território brasileiro, fazendo com que o país ficasse com o dobro do tamanho daquilo que estava estipulado no tatado de Tordesilhas e que, por isso, seja hoje a maior potência da América Latina. A história do Português no Brasil é muito diferente, porque, em última instância, colonizador será sempre colonizador. É como o Pai amigo. Pode ser companheiro e “porreiro”, mas não deixa de ser Pai. Podemos sentir, de forma inconfessável, orgulho, respeito, medo, vergonha. Mas teremos sempre profundos e intensos sentimentos, mesmo que não queiramos falar deles.