Últimas tendências no regime internacional dos preços de transferência
Cesar Garcia Novoa
Catedrático de
Direito Financeiro e Tributário – Universidade de Santiago de Compostela
i.
Introdução
ii.
O regime de preços de transferência como
princípio de distribuição do poder de tributar entre os Estados
iii.
A função anti-elisão(?)
iv.
A função da luta contra a dupla imposição
v.
Métodos de valoração. A crise do comparável livre
vi.
Preços de Transferência e Distribuição de Riscos
em operações de reestruturação
I.
Introdução
Não há nenhuma dúvida de que o
regime dos preços de transferência, as remunerações das operações entre partes vinculadas
e empresas afiliadas, é uma questões de maior importância no que diz respeito à
gestão da tributação internacional. Principalmente por causa de sua importância
prática, uma vez que, como constam das Diretrizes
Aplicáveis para Preços de Transferência a Empresas Multinacionais e
Administrações Tributárias, em sua
versão atualizada até 1999, aprovadas pelo Centro da Organização de
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) no México para a América Latina,
mais de 60% do comércio mundial ocorre dentro de empresas multinacionais, isto
é, entre partes que não são independentes.
A tributação dos preços de
transferência se fundamenta no princípio arm’s
length ou princípio da plena concorrência e consiste, essencialmente, em
que as operações realizadas por partes não independentes ou partes vinculadas sejam quantificadas tributariamente
a valores de mercado.
É por isso que, em primeiro
lugar, temos de perceber quais são as distintas funções que este princípio de
plena concorrência e a regra do arm’s
length desempenham na atualidade, para em seguir ver as tendências mais
atuais de sua regulamentação internacional.
II. O regime de preços de transferência como princípio de
distribuição do poder de tributação entre os Estados.
Em primeiro lugar, o princípio da livre concorrência, que inspira
a regulamentação internacional dos preços de transferência constitui um
princípio de distribuição do poder de tributar (competência tributária?) entre
os Estados. Estaríamos assim ante uma regra de alocação de renda (allocate the
income where it belongs) para a
distribuição do poder de tributar, patrocinada pela Comissão dos Assuntos
Fiscais da OCDE através de genuínos instrumentos de soft law.
No ordenamento tributário internacional vige o princípio de tributação
das empresas no seu país de residência de acordo com a regra da empresa
separada. E a residência das empresas se vincula à constituição das mesmas de
acordo com as normas do país. A partir daí, dependerá se a norma doméstica de
cada Estado contém o princípio da renda
mundial (world wide income) ou a mera tributação territorial. Sendo a opção
prioritária em matéria de tributação das empresas residentes a tributação por
renda mundial, esta supõe, entre outras
coisas, a tributação no Estado de constituição da empresa por toda a sua renda,
independentemente de onde a fonte está localizada. Este seria o modelo atual de
imposto sobre as sociedades vigente em países como os Estados Unidos: princípio
de renda mundial combinado com o diferimento do imposto, que supõe que o
resultado da filial não se tributa no Estado de residência da matriz, contanto
que não se distribua como dividendo.
A renda mundial se contextualiza pelo princípio da independência, que é um
elemento essencial na regra da empresa separada. De acordo com esta regra, uma
subsidiária constituída em outro país é um ente independente que se tributa no Estado
de constituição. É tributada por toda a
renda mundial no Estado onde resida a
empresa mas só pela renda atribuível à empresa constituída no país em questão. Se
a sociedade é parte de um grupo, e é mais uma subsidiária de um conglomerado (que
pode ser uma holding), a regra de renda em todo o mundo não é levada às suas últimas
conseqüências. Isso ocorre porque o princípio
world wide income não implica numa
consolidação tributária mundial.
Em suma, a regra de independência e da empresa separada
condicionam o princípio da renda
mundial, excluindo uma tributação consolidada do grupo de sociedades. A ausência de um regime de consolidação supõe
que as transações entre controladora e controlada e vice-versa, têm, necessariamente, relevância tributária. Acaso
fosse assumido um regime de consolidação fiscal a nível mundial, as operações
da matriz e subsidiárias não seriam consideradas. Como isto não ocorre, tais
operações são valoradas e tal valoração se fará em condições normais de
independência. Desta forma, a regra
arm’s length se configura, fundamentalmente, como um princípio de distribuição
internacional do poder de tributar e
onerar os grupos de sociedades, de acordo com um modelo de tributação
internacional criado pelas organizações internacionais e, em particular, pela OCDE.
Este modelo se inclui no Guia da OCDE, como expressão da soft law ( legislação
flexível), de modo que essas regras são introduzidas
na referência internacional para a
adaptação das normas nacionais em um contexto de globalização econômica.
Portanto, o sistema de preços de transferência também tem um efeito colateral importante,
que afeta o próprio sistema das fontes do Direito Tributário: os preços de
transferência são a matéria que tem sido,
por excelência, de regulação por meio de instrumentos de soft law e tem servido
para atribuir relevância ao direito brando, que é um dos sinais de distinção do
poder de tributar no século XXI.
Mas convém não esquecer que a consagração desta regra internacional
de distribuição do poder de tributar é realizada, precisamente, com relação a determinados contribuintes como as sociedades
que integram um grupo multinacional cujas circunstâncias especiais de dependência
ou vinculação lhes permite uma alteração na imputação ou atribuição de rendas,
em comparação com o que acontece com relação à situação na qual se encontram os
contribuintes não vinculados. E, embora
a aplicação do princípio de plena concorrência não requeira a verificação de
uma situação abusiva, artificial ou fraudulenta,
a origem da regra contempla um fator elisão em potencial que deve ser levado em conta
III. A função anti-elisão.
No entanto, parece óbvio que a proliferação de disposições
em matéria de preços de transferência nas diretrizes da OCDE tem um significado fundamental: os preços
de transferência são regulados porque os
mesmos são um instrumento para alcançar
certas vantagens fiscais não desejadas pelo ordenamento fiscal. Isso ocorre
porque os preços de transferências são uma forma de provocar situações elisão
tributária.
Últimas tendencias en el
régimen internacional de los precios de transferência.
César García Novoa
Catedrático de Derecho
Financiero y Tributario - Universidad de Santiago de Compostela
i. Introducción
ii. El régimen de precios de
transferencia como principio de distribución de la potestad tributaria entre
los Estados
iii. La función anti-evasión
(?)
iv. La función de la lucha
contra la doble imposición
v. Métodos de valoración. La
crisis comparable gratuita
vi. Precios de Transferencia
y Distribución de riesgos en operaciones de reestructuración
I. Introducción
No hay duda de que el
sistema de precios de transferencia, la remuneración de las transacciones entre
partes relacionadas y compañías afiliadas, es una serie de cuestiones más
importantes en relación con la gestión de la fiscalidad internacional.
Principalmente debido a su importancia práctica, ya que, tal como figuran las
directrices aplicables para las multinacionales Precios de Transferencia de
Negocios y Administración Tributaria, en la versión actualizada hasta el año
1999, aprobada por la Organización del Centro para la Cooperación y el
Desarrollo Económico (OCDE) en México para América Latina, más del 60% del
comercio mundial se realiza dentro de las empresas multinacionales, es decir,
entre las partes que no son independientes.
La imposición de los precios
de transferencia se basa en el principio de plena competencia o principio de
plena competencia y consiste esencialmente en las operaciones realizadas por
las partes que no son partes independientes o relacionados son los valores de
mercado tributariamente calculados.
Por eso, primero tenemos que
entender cuáles son las diferentes funciones de ese principio de plena
competencia y el Estado de juego longitud actual de la mano, para ver de seguir
las últimas tendencias de su regulación internacional.
II. El régimen de precios de
transferencia como un principio de la distribución de la potestad tributaria
entre los Estados.
En primer lugar, el
principio de la libre competencia, que inspira la regulación internacional de
los precios de transferencia es un principio de distribución de la potestad
tributaria (impuestos a poder?) Entre Unidos. Así que estaríamos en una regla
de asignación de ingresos (destinar los ingresos que le corresponde) para la
distribución de la potestad tributaria, patrocinado por la Comisión de Asuntos
Fiscales de la OCDE a través de soft law genuino.
En el sistema fiscal
internacional prevalece el principio de la fiscalidad de las empresas en su
país de residencia, según la regla de la compañía separada. Y la residencia de
las empresas está vinculada a la creación de mismo de acuerdo con las normas
nacionales. A partir de ahí, depende de si la norma nacional de cada estado
contiene el principio de renta mundial (ingresos en todo el mundo) o la mera
imposición territorial. Al ser la primera opción en la tributación de las
sociedades residentes al impuesto sobre la renta en todo el mundo, esto
presupone, entre otras cosas, a la imposición en el Estado de constitución de
la empresa para todos sus ingresos, independientemente de donde se encuentra la
fuente. Este sería el modelo actual de impuesto sobre sociedades que prevalece
en países como los Estados Unidos: el principio de renta mundial combinada con
el diferimiento de impuestos, en el supuesto de que el resultado de la rama no
se gravan en el Estado de residencia de la matriz, siempre y cuando no
distribuir como dividendo.
El ingreso mundial se
contextualiza por el principio de la independencia, que es un elemento esencial
en la regla compañía separada. De acuerdo con esta regla, una filial
constituida en otro país es una entidad independiente que se da en la
constitución del estado. Se grava todo el ingreso mundial en el Estado donde la
empresa reside sino sólo el resultado atribuible a la sociedad constituida en
el país. Si la empresa es parte de un grupo, y es una subsidiaria de un
conglomerado (que puede ser una sociedad de cartera), regla de los ingresos en
todo el mundo no es llevado a sus últimas consecuencias. Esto se debe a que los
ingresos de ancho del primer mundo no implica una consolidación fiscal en todo
el mundo.
En resumen, la regla de la
independencia y de la empresa separada condicionar el principio de renta
mundial, con exclusión de un grupo de consolidación fiscal de las empresas. La
ausencia de un régimen de consolidación supone que las transacciones entre la
sociedad matriz y filial, y viceversa, han impuesto necesariamente relevancia.
Oportunidad de ser tomado en un régimen de consolidación fiscal en todo el
mundo, las operaciones de la sede y las filiales no se considerarían. Como esto
no ocurre, dichas transacciones son valorados y dicha valoración deberá hacerse
en condiciones normales de independencia. Por lo tanto, la longitud de la regla
del brazo está configurado principalmente como un principio de la distribución
internacional de la potestad tributaria y la carga de los grupos de sociedades,
de acuerdo con un modelo de tributación internacional creado por las
organizaciones internacionales y en particular la OCDE. Este modelo se incluye
en la Guía de la OCDE como una expresión de soft law (legislación flexible),
por lo que se hacen estas reglas para la referencia internacional para la
adaptación de las normas nacionales en un contexto de globalización económica.
Por lo tanto, el sistema de precios de transferencia también tiene un efecto
secundario importante, que afecta el sistema de fuentes del derecho tributario:
Los precios de transferencia son la materia que ha sido por excelencia de la regulación
por medio de los instrumentos y de soft law Ha servido para asignar relevancia
a la ley blanda, que es una de la potencia de los signos de distinción a
impuestos en pleno siglo XXI.
Pero no debe olvidarse que
la consagración de este imperio internacional de la distribución de la potestad
tributaria se realiza precisamente con respecto a ciertos contribuyentes y las
empresas en un grupo multinacional cuyas circunstancias de dependencia o
vinculación especial les permite un cambio en la distribución o asignación los
ingresos en comparación con lo que ocurre en relación con la situación en la
que no están obligados por los contribuyentes. Y a pesar de la aplicación del
principio de plena competencia no requiere verificación de una situación de
abuso, artificial o fraudulenta, el origen de la norma contempla un factor de
evasión potencial que hay que tener en cuenta
III. La función
anti-evasión.
Sin embargo, parece evidente
que la proliferación de las normas sobre precios de transferencia en las
directrices de la OCDE tiene un significado fundamental: los precios de
transferencia se encuentran regulados, ya que son un instrumento para lograr
ciertas ventajas fiscales no deseadas por la planificación fiscal. Esto se debe
a los precios de transferencia son una manera de provocar situaciones de
evasión fiscal.