Alimentação saudável não compensa consumo de lixo alimentar
Não é segredo para ninguém que em muitos países do mundo, tanto desenvolvidos quanto em desenvolvimento, as pessoas se alimentam de enorme porções de comidacheias de gordura, açúcar e sal – além de aditivos tóxicos – levando obesidade e uma série de outras doenças a níveis epidêmicos. Há dietas alternativas de todo o tipo, mas não são suficientes.
De qualquer modo, até agora dados não eram suficientes para avaliar em detalhe a situação. Sabe-se muito mais sobre segurança alimentar e a fome. Agora, uma equipe de pesquisadores terminou a dura tarefa de reunir informações de 88,7% da população adulta de 325 estudos, avaliando se as dietas melhoraram ou pioraram de 1990 a 2010.
As notícias não são no geral boas. Algumas pessoas – mais velhas, mulheres e parte dos habitantes do mundo desenvolvido – aumentaram seu consumo de dez alimentos e substâncias saudáveis, mas este efeito foi ultrapassado pelo crescimento da ingestão de sete alimentos não saudáveis, particularmente entre os mais jovens, homens, populações de média renda e moradores de países pobres, segundo o trabalho publicado semana passada no Lancet Global Health.
“Os programas internacionais de alimentos têm focado tradicionalmente a insegurança alimentar e a deficiência de micronutrientes, mas os problemas causados à saúde pordoenças crônicas não comunicáveis estão agora ultrapassando a subnutrição em quase todas as regiões do mundo”, escreveram os autores.
Os dez alimentos saudáveis são grãos integrais, frutas, vegetais, peixes, castanhas e sementes, feijão e legumes, leite, fibras, gordura polinsaturada e omega. Os não saudáveis são bebidas adoçadas, carnes vermelhas não processadas, carnes processadas, gorduras saturadas, gorduras trans, colesterol e sódio.
Algumas das melhoras mais notáveis foram observadas na Mongólia, América Latina e Caribe. Há problemas sérios na Bósnia, Armênia e República Dominicana, informa o
US News and World Report.
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